O que é craniotomia, para que serve e recuperação

Atualizado em fevereiro 2020

A craniotomia é uma cirurgia em que se retira uma parte do osso do crânio para operar partes do cérebro, sendo que depois essa parte é colocada novamente. Esta cirurgia pode ser indicada para retirar tumores cerebrais, reparar aneurismas, corrigir fraturas do crânio, aliviar a pressão intracraniana e remover coágulos do cérebro, em caso de acidente vascular cerebral, por exemplo. 

A craniotomia é um procedimento complexo que dura em média 5 horas, é feito sob anestesia geral e requer que a pessoa fique internada por 7 dias, em média, para receber os cuidados médicos e seguir em observação quanto às funções do corpo coordenadas pelo cérebro, como fala e movimentos do corpo. A recuperação depende do tipo de cirurgia realizada e a pessoa precisa ter cuidados com o curativo, mantendo o local limpo e seco.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A craniotomia é uma cirurgia realizada no cérebro e pode ser indicada para as seguintes condições:

  • Retirada de tumores cerebrais;
  • Tratamento de aneurisma cerebral;
  • Remoção de coágulos na cabeça;
  • Correção de fístulas de artérias e veias da cabeça;
  • Drenagem de abscesso cerebral;
  • Reparar fraturas do crânio;

Esta cirurgia também pode ser indicada por um neurologista para aliviar a pressão intracraniana causada pelo traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral, e assim reduzir o inchaço dentro do cérebro.

A craniotomia pode ser usada para colocação de implantes específicos para o tratamento de doença de Parkinson e epilepsia, que é uma doença do sistema nervoso caracterizada por diversas descargas elétricas involuntárias e que levam ao surgimento de movimentos involuntários do corpo. Entenda o que é epilepsia, quais são os sintomas e o tratamento.

Como é feita

Antes do início da craniotomia é indicado que a pessoa fique de jejum por pelo menos 8 horas e depois deste período seja encaminhada para o centro cirúrgico do hospital. A cirurgia de craniotomia é feita sob anestesia geral, dura em média 5 horas e é feita por uma equipe de médicos cirurgiões em que farão cortes na cabeça para retirar partes do osso do crânio, com objetivo de ter acesso ao cérebro.

Durante a cirurgia os médicos obterão imagens do cérebro em telas de computadores, através da realização de tomografia computadorizada e ressonância magnética e isto serve para dar a localização exata da parte do cérebro que precisa ser operada. Após a operação no cérebro a parte do osso do crânio é colocada novamente e são feitos pontos cirúrgicos na pele.

Recuperação após a craniotomia

Depois da realização da craniotomia é necessário a pessoa ficar em observação na UTI, e depois é encaminhada para o quarto do hospital, em que poderá ficar internada em média 7 dias para receber antibióticos na veia, para evitar infecções, e remédios para aliviar a dor, como o paracetamol, por exemplo.

Durante o período em que a pessoa está internada no hospital são feitos vários exames para testar a função do cérebro e verificar se a cirurgia causou alguma sequela, como dificuldade para enxergar ou movimentar alguma parte do corpo. 

Depois da alta hospitalar, é importante manter curativo no local aonde foi feita a cirurgia, tomando cuidados para manter o corte sempre limpo e seco, sendo importante proteger o curativo durante o banho. O médico poderá solicitar o retorno no consultório nos primeiros dias, para verificar a cicatrização e retirar os pontos.

Possíveis complicações

A craniotomia é realizada por especialistas, os neurocirurgiões, que são bem preparados para este procedimento, porém mesmo assim podem acontecer algumas complicações, como:

  • Infecção;
  • Sangramento;
  • Formação de coágulos de sangue;
  • Pneumonia;
  • Convulsões;
  • Fraqueza muscular;
  • Problemas de memória;
  • Dificuldade na fala;
  • Problemas de equilíbrio.

Desta forma, é importante procurar atendimento médico o quanto antes se depois da cirurgia apresentar sintomas como febre, calafrios, mudanças na visão, sonolência excessiva, confusão mental, fraqueza nos braços ou pernas, tonturas, dificuldades para respirar, dor no peito.