A esclerose múltipla é uma doença neurológica e autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca a bainha de mielina, que é uma estrutura protetora que reveste os neurônios, causando destruição ou danos permanentes nos nervos.
Os sintomas da esclerose múltipla variam e dependem da quantidade e tipos de nervos afetados, mas geralmente incluem fraqueza muscular, tremor, cansaço ou perda do controle dos movimentos e da capacidade de andar ou falar, por exemplo.
Leia também: 12 sintomas de esclerose múltipla (e como tratar) tuasaude.com/sintomas-de-esclerose-multiplaA esclerose múltipla é uma doença que não tem cura, mas os tratamentos indicados pelo médico, como remédios corticoides, anticonvulsivantes e imunossupressores, podem ajudar a controlar os sintomas, evitar as crises ou atrasar a sua evolução.
Sintomas de esclerose múltipla
Os principais sintomas da esclerose múltipla são:
- Cansaço excessivo;
- Sensação de dormência ou formigamento nas pernas ou braços;
- Movimento involuntário com os olhos, visão dupla ou borrada;
- Falta de força muscular;
- Rigidez ou espasmo muscular;
- Dor de cabeça ou enxaqueca;
- Lapsos de memória e dificuldade de concentração;
- Incontinência urinária ou fecal;
- Dificuldade para falar ou engolir;
- Alterações no andar ou perda do equilíbrio.
Os sintomas da esclerose múltipla são mais evidentes durante os períodos de crise ou surtos da doença, que vão surgindo ao longo da vida, ou devido a progressão da doença. Assim, estes podem ser muito diferentes, variando de uma pessoa para outra, e podem regredir, desaparecendo completamente ao realizar o tratamento, ou não, ficando algumas sequelas.
Os sintomas não surgem todos ao mesmo tempo, mas podem diminuir a qualidade de vida. Além disso, os sintomas podem ser agravados quando se está exposto ao calor ou se tem febre, podendo reduzir espontaneamente quando a temperatura volta ao normal.
Teste de sintomas
Para saber o risco de ser portador da esclerose múltipla ou estar em uma crise, selecione os sintomas apresentados no teste a seguir:
O teste de sintomas é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substituindo a consulta com o neurologista ou clínico geral.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da esclerose múltipla é feito por um neurologista baseado na história clínica e nos sintomas apresentados pela pessoa, além de serem indicados exames de sangue e de imagem, como a ressonância magnética, para descartar outras doenças com sintomas semelhantes e confirmar o diagnóstico.
O médico também pode indicar a realização de exames para avaliar o funcionamento dos nervos e a análise do líquido cefalorraquidiano, que pode mostrar a presença de anticorpos alterados e possivelmente relacionados com a esclerose múltipla.
Possíveis causas
A causa exata da esclerose múltipla é desconhecida, no entanto sabe-se que o aparecimento dos sintomas estão relacionados com alterações imunológicas.
Alguns fatores podem favorecer a esclerose múltipla são:
- Ter entre 20 e 40 anos;
- Ser mulher, uma vez que foi verificado que ser do gênero feminino aumenta em duas a três vezes mais as chances de desenvolver esclerose múltipla do que os homens;
- Ter casos de esclerose múltipla na família como pais ou irmãos;
- Ser portador de doenças autoimunes como doenças da tireoide, anemia perniciosa, psoríase, diabetes tipo 1 ou doença inflamatória intestinal;
- Possuir baixos níveis de vitamina D.
Além disso, a infecção pelo vírus Epstein-Barr, responsável pela mononucleose, pode aumentar o risco de desenvolvimento da esclerose múltipla.
No entanto, mais estudos devem ser realizados para verificar se a infecção pelo vírus causa a esclerose múltipla e se o desenvolvimento de medicamentos e vacina contra o vírus Epstein-Barr são eficazes para prevenir a esclerose múltipla.
Como é feito o tratamento
O tratamento da esclerose múltipla deve ser feito com medicamentos indicados pelo médico com o objetivo evitar a progressão da doença, diminuir o tempo e a intensidade das crises e controlar os sintomas.
Assim, o médico pode recomendar o uso de anticonvulsivantes, corticoides, analgésicos, relaxantes musculares e imunossupressores, como o ofatumumabe (Kesimpta), por exemplo.
A fisioterapia também é importante, porque permite que os músculos sejam ativados, controlando a fraqueza nas pernas, dificuldade de andar ou evitando a atrofia muscular. A fisioterapia para a esclerose múltipla consiste na realização de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular.
Leia também: 11 tratamentos para esclerose múltipla (remédios, fisioterapia e mais) tuasaude.com/tratamento-para-esclerose-multiplaCuidados durante o tratamento
Alguns cuidados importantes durante o tratamento da esclerose múltipla incluem:
- Dormir pelo menos 8 a 9 horas por noite;
- Fazer exercícios recomendados pelo médico;
- Evitar a exposição ao calor ou locais quentes, preferindo temperaturas amenas;
- Aliviar o estresse com atividades como ioga, tai-chi, massagem, meditação ou respiração profunda.
É importante fazer acompanhamento com o neurologista que também deve orientar mudanças na alimentação e a fazer uma dieta equilibrada e rica em vitamina D. Confira a lista completa de alimentos ricos em vitamina D.