8 consequências da solidão para a saúde

Atualizado em setembro 2021

O sentimento de solidão, que é quando a pessoa está ou se sente só, traz consequências ruins à saúde, pois causa tristeza, interfere no bem-estar e facilita o desenvolvimento de doenças como estresse, ansiedade ou depressão.

Estas situações podem, ainda, causar doenças físicas, pois estão intimamente ligadas à desregulação de hormônios, como serotonina, adrenalina e cortisol, que afetam os sistema endócrino e imunológico da pessoa, ou seja, o organismo passa a realizar as atividades com menos eficiência e tem mais chances de ter doenças.

As consequências da solidão são ainda maiores na terceira idade, pois estas pessoas têm uma maior dificuldade de manter o convívio social, seja pela perda de parentes próximos ou pela limitação física de sair de casa e fazer atividades.

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Apesar de não haver comprovação absoluta de causa e feito, estudos já demonstram que a solidão pode favorecer o surgimento de:

1. Pressão alta

Pessoas que são solitárias têm maior predisposição a desenvolver pressão alta. Isto pode acontecer devido a fatores como o menor controle da alimentação, com o consumo de alimentos de menor qualidade nutricional, ricos em gordura e sal, assim como pelas menores chances praticar exercícios físicos.

Além disso, quem sofre de depressão ou ansiedade também pode ter maiores taxas de pressão alta, principalmente, devido a desregulação de hormônios como cortisol. É importante que a pressão esteja dentre os limites recomendados pelo médico, pois, do contrário, pode favorecer a ocorrência de ataques cardíacos, derrame ou problemas nos rins. Saiba quais são as formas naturais de controlar a pressão alta

2. Alteração do açúcar no sangue

A solidão pode tornar as pessoas mais propensas a desenvolver diabetes tipo 2, como sugerem alguns estudos. O diabetes emocional não existe, porém algumas questões emocionais podem provocar a doença de forma indireta, seja pelo aumento no consumo de alimentos com muito açúcar ou seja pela desregulação da produção de hormônios, como a insulina e o cortisol, que são hormônios relacionados ao controle dos níveis de açúcar no sangue. 

Além disso, alguns idosos que vivem sozinhos podem ter dificuldades de manter o tratamento regular para diabetes, seja por uma maior dificuldade de acesso aos medicamentos ou a formas de monitorizar a glicemia.

3. Predisposição ao desenvolvimento de câncer

As pessoas solitárias tendem a desenvolver mais câncer, provavelmente, pelo fato do corpo se encontrar em estresse constante, aumentando as chances de ocorrer mutações e proliferação de células cancerígenas. O estilo de vida da pessoa solitária também pode influenciar, como comer demais, consumir bebidas alcoólicas ou fumar.

Também mostrou-se que pessoas com depressão podem ter mais recidivas do câncer e, além disso, tendem a sobreviver menos à doença, o que pode acontecer por ter menos apoio durante o tratamento, não conseguir realizar bem o tratamento, faltarem mais às consultas de retorno e não participarem de atividades sociais de apoio.

4. Estresse e ansiedade

O sentimento de solidão, assim como a depressão e ansiedade, sinalizam ao cérebro que o corpo está sob estresse, aumentando o nível do hormônio cortisol, que é conhecido como hormônio do estresse.

A concentração elevada de cortisol pode levar à perda da massa muscular, dificuldade de aprendizagem e lapsos de memória. Confira quais são os sinais de estresse no organismo e como controlar

5. Depressão

Pessoas que se sentem sozinhas são mais propensas a terem depressão, que está associada a sensação de vazio, abandono, falta de convívio social e de apoio. Assim, as pessoas passam a ter tristeza constante, perda de energia e vontade de fazer as atividades do dia a dia, irritabilidade, falta de apetite ou apetite aumentado exageradamente, insônia ou vontade de dormir o tempo todo. 

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6. Insônia ou dificuldade para dormir

Pessoas que se sentem sozinhas têm maior chances de desenvolver insônia, provavelmente por questões psicológicas como sensação de insegurança e desamparo. 

Assim, uma hipótese aceita é que a pessoa solitária fica o tempo todo em estado de alerta pelo fato de se sentir vulnerável a tudo, sendo assim, o corpo permanece num estado de estresse constante, não conseguindo relaxar. Estas pessoas costumam ter também dificuldades para alcançar um sono profundo, acordam várias vezes durante a noite ou simplesmente têm dificuldades para dormir.

7. Dor nos músculos e nas articulações

As dores nos músculos e nas articulações podem ser resultado da falta de exercícios físicos ou até mesmo uma má postura, já que normalmente quem se sente só pode não ter vontade de realizar atividades comuns ou estar ao ar livre, pelo simples fato de estarem sozinhas. 

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8. Maior chance de dependência de medicamentos, álcool e cigarro

A solidão é associada com maior risco para desenvolver dependências químicas, a remédios, bebidas alcoólicas e cigarro, provavelmente, devido à busca pelo sentimento de prazer ou alívio imediato. A falta de apoio de amigos e familiares para o combate ao vício também dificulta o abandono do hábito. 

Como combater as consequências da solidão

Para evitar que a solidão persista e possa causar ou piorar muitas doenças, é importante ter atitudes que afastem esta situação e aumentem o convívio social, como praticar um hobbie, se inscrever em um curso ou adotar um animal, por exemplo.

O apoio da família, se possível, é muito importante para ajudar a pessoa, principalmente quando idosa, a superar este sentimento. 

Quando a solidão causa os sintomas físicos, ou quando está associada a outros sintomas como tristeza, perda de vontade, alteração do apetite ou alteração do sono, é importante procurar o apoio de um psicólogo e um psiquiatra, pois pode estar associada a outras condições de saúde, como a depressão.