Sofrimento fetal é a alteração dos sinais vitais do bebê durante a gestação ou parto, como diminuição dos movimentos fetais, alterações nos batimentos cardíacos do bebê ou presença de mecônio no líquido amniótico.
O sofrimento fetal surge quando há uma diminuição do fornecimento de oxigênio para o bebê, podendo ser causado por descolamento da placenta, trabalho de parto prolongado ou gravidez de risco, por exemplo.
Leia também: Gravidez de risco: o que é, sintomas, causas e cuidados tuasaude.com/gravidez-de-riscoO tratamento do sofrimento fetal é feito pelo obstetra e varia com sua causa, gravidade e idade gestacional, podendo envolver o monitoramento contínuo da e do bebê, e nos casos, mais graves parto cesáreo de emergência.

Sintomas de sofrimento fetal
Os principais sintomas de sofrimento fetal no bebê são:
1. Diminuição dos movimentos fetais
A diminuição dos movimentos do bebê no útero, sentida pela gestante, pode ser indicativo da diminuição do fornecimento de oxigênio para o bebê.
Desta forma, qualquer diminuição, mudança do padrão dos movimentos do bebê ou ausência de movimentos fetais, pode ser sinal de sofrimento fetal.
Se existir uma diminuição dos movimentos do bebê é importante ir ao obstetra para fazer um ultrassom e identificar se existe algum problema que precise ser tratado.
Leia também: Bebê mexendo pouco na barriga: quando se preocupar? tuasaude.com/bebe-parar-de-mexer-pode-ser-preocupante2. Alteração dos batimentos cardíacos do bebê
Outro sintoma de sofrimento fetal é a alteração dos batimentos cardíacos do bebê no útero, que podem estar muito lentos, muito rápidos ou irregulares.
Isso pode ocorrer pela diminuição do fluxo sanguíneo para a placenta e, consequentemente, do fornecimento de oxigênio para o bebê.
Além disso, a diminuição dos batimentos cardíacos do bebê durante as contrações do parto, também são indicativos de sofrimento fetal.
3. Presença de mecônio no líquido amniótico
A presença de mecônio no líquido amniótico é um sinal de alerta para o sofrimento fetal, principalmente quando associado à diminuição dos movimentos do bebê e alterações nos batimentos cardíacos..
O mecônio é a primeiras fezes do bebê, que se liberadas antes do nascimento, podem prejudicar o fornecimento de oxigênio para o bebê.
Normalmente, o risco maior do mecônio no líquido amniótico se deve ao trabalho de parto prolongado ou estresse fetal.
Leia também: Mecônio: o que é e principais características tuasaude.com/meconioSintomas de sofrimento fetal na mãe
Os principais sintomas de sofrimento fetal na mãe são:
- Sangramento vaginal abundante;
- Saída de líquido amniótico esverdeado;
- Dor abdominal súbita e intensa;
- Barriga menor do que o esperado para a idade gestacional;
- Pouco ganho de peso na gestação ou ganho de peso excessivo.
Esses sintomas normalmente estão relacionados ao descolamento da placenta, eliminação do mecônio pelo bebê ou restrição de crescimento fetal.
Além disso, a mãe pode notar a diminuição dos movimentos do bebê, sentindo que o bebê mexe menos do que o habitual.
Como saber se o bebê está em sofrimento fetal
O sofrimento fetal pode ser suspeitado pela gestante através dos sintomas no bebê e na mulher, devendo-se ir ao pronto-socorro ou consultar o obstetra o mais rápido possível para que sejam realizados exames e confirmado o diagnóstico.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico do sofrimento fetal é feito pelo obstetra através da avaliação dos sintomas e exames que avaliam a saúdo do bebê.
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Exames para sofrimento fetal
Os principais exames para confirmar o sofrimento fetal são:
- Ultrassom obstétrico: para avaliar os movimentos do bebê, fluxo de sangue e seu crescimento;
- Perfil biofísico fetal: para avaliar os movimentos, tônus, respiração e o volume de líquido amniótico;
- Cardiotocografia: para monitorar os batimentos cardíacos do bebê e as contrações uterinas;
- Amnioscopia: para analisar o líquido amniótico e a presença de mecônio;
- Teste de estresse fetal: para verificar se o bebê está recebendo oxigênio adequadamente, mediante diferentes estímulos;
- Teste de estresse de contração: para avaliar os batimentos cardíacos do bebê durante e imediatamente após uma contração.
Os exames para sofrimento fetal podem ser feitos durante a gestação ou parto, de forma a auxiliar o médico a tomar decisões sobre o tratamento e necessidade da realização do parto.
O causa sofrimento fetal
O sofrimento fetal é causado pela diminuição do fornecimento de oxigênio para o bebê, podendo ocorrer de repente ou se desenvolver aos poucos durante a gestação.
Fatores de risco para sofrimento fetal
As principais fatores que aumentam o risco de sofrimento fetal são:
- Descolamento da placenta ou insuficiência placentária;
- Compressão do cordão umbilical;
- Anemia na gestação;
- Infecção maternas;
- Diabetes gestacional ou hipertensão na gravidez;
- Pré-eclâmpsia;
- Trabalho de parto prolongado ou induzido;
- Uso de drogas ou consumo de álcool na gestação.
Além disso, o sofrimento fetal pode ser causada por idade materna avançada, gestação de gêmeos ou pode acontecer em mulheres com gravidez de risco.
O que fazer em caso de sofrimento fetal
Se existir suspeita de sofrimento fetal, devido à presença de um ou mais sinais, é importante ir imediatamente ao pronto-socorro ou ao obstetra, para avaliar qual o problema que pode estar causando a diminuição de oxigênio e iniciar o tratamento adequado.
Sofrimento fetal é grave?
O sofrimento fetal é considerado grave, pois pode prejudicar o desenvolvimento do bebê ou causar complicações graves para o bebê.
Como é feito o tratamento
Na maior parte das vezes, a gestante pode precisar ficar internada durante algumas horas ou dias, para que sejam aplicados medicamentos diretamente na veia e avaliar continuamente a saúde do bebê.
Nos casos mais em graves, em que não existe melhora do sofrimento fetal, pode ser necessário fazer um parto prematuro. Se o processo de parto já se iniciou o bebê pode nascer por parto normal, mas em muitos casos é preciso fazer uma cesárea.
Possíveis complicações
As principais complicações do sofrimento fetal são:
- Paralisia cerebral;
- Lesões cerebrais;
- Convulsões;
- Problemas respiratórios no bebê.
Além disso, existe o risco de morte fetal ou neonatal, principalmente nos casos graves ou quando não é feito o acompanhamento pré-natal adequado e o tratamento não é realizado rapidamente.