Como identificar e tratar a Síndrome de Caroli

Atualizado em novembro 2018

A Síndrome de Caroli é uma doença hereditária e rara que afeta o fígado, que recebeu este nome pois foi o médico francês Jacques Caroli que a descobriu em 1958. É uma doença caracterizada pela dilatação dos canais que transportam a bile, gerando dor devido à inflamação desses mesmos canais. Pode produzir cistos e infecção, além de poder estar associada à fibrose hepática congênita, que é uma forma ainda mais grave da doença.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas da Síndrome de Caroli

Esta síndrome pode permanecer sem manifestar nenhum sintoma por mais de 20 anos, mas quando estes começam a surgir, podem ser:

  • Dor no lado direito do abdômen;
  • Febre;
  • Ardor generalizado;
  • Crescimento do fígado;
  • Pele e olhos amarelados.

A doença pode manifestar-se em qualquer época da vida e pode afetar vários membros da família, mas herda-se de forma recessiva, o que significa que tanto o pai quanto a mãe tem que ser portador do gene alterado para que o filho possa nascer com esta síndrome, e por isso ela é muito rara.

O diagnóstico pode ser feito através da realização de exames que mostram as dilatações saculares dos ductos biliares intra-hepáticos, como ultrassom abdominal, tomografia computadorizada, colangiopancreatografia retrógrada endoscópica e a colangiografiatranshepática percutânea.

Tratamento para Síndrome de Caroli

O tratamento envolve a toma de antibióticos, cirurgia para eliminação dos cistos caso a doença afete apenas um lobo do fígado, e o transplante de fígado pode ser necessário em alguns casos. Normalmente a pessoa precisa ser acompanhada pelos médicos por toda vida após o seu diagnóstico.

Para melhorar a qualidade de vida da pessoa é recomendado ser seguido por um nutricionista para poder adequar a alimentação, evitando o consumo de alimentos que exigem muita energia do fígado, que são os ricos em toxinas e ricos em gordura.