Microangiopatia (gliose): o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em janeiro 2023

A microangiopatia é uma doença vascular, que causa pequenas cicatrizes no cérebro, causadas por obstruções nos pequenos vasos sanguíneos cerebrais, como veias, artérias, arteríolas ou capilares, levando ao surgimento de sintomas como dificuldade para andar, distúrbios urinários e diminuição da capacidade cognitiva.

A microangiopatia, também chamada de gliose, microangiopatia cerebral ou doença dos pequenos vasos cerebrais, é um achado comum nas ressonâncias magnéticas cerebrais, principalmente nas pessoas com mais de 40 anos. Isso porque à medida que a pessoa envelhece, é normal que alguns pequenos vasos presentes no cérebro fiquem obstruídos, dando origem às pequenas cicatrizes no cérebro.

No entanto, apesar de corresponder à obstrução de fluxo sanguíneo nesses pequenos vasos, a verificação de gliose na maioria das vezes não representa problemas de saúde, sendo considerado normal. Porém, quando são verificadas grandes quantidades de microangiopatias ou quando a pessoa possui um ou mais fatores de risco, é importante que a causa seja investigada pelo neurologista para que seja indicado o tratamento mais adequado.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas da microangiopatia

Os principais sintomas da microangiopatia são:

  • Dificuldade ou incapacidade para andar;
  • Incontinência urinária;
  • Diminuição da capacidade cognitiva;
  • Vertigem;
  • Perda progressiva da memória, sem afetar as funções diárias;
  • Convulsões;
  • Demência vascular;
  • Tremores;
  • Perda de equilíbrio;
  • Dor de cabeça;
  • Depressão.

Além disso, podem surgir sintomas contínuos associados ao AVC ou de ataque isquêmico transitório (AIT), que normalmente regridem em 24 horas. Saiba identificar os sintomas do AVC e do ataque isquêmico transitório.

Na maioria dos casos, a microangiopatia não causa sintomas, no entanto, deve-se consultar o neurologista ou ir ao pronto-socorro mais próximo, caso surjam sintomas do glioma, para que seja diagnosticado e iniciado o tratamento mais adequado.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da microangiopatia cerebral é feito pelo neurologista ou clínico geral através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exames de sangue como hemograma, fatores de coagulação sanguínea, glicose, hemoglobina glicada, colesterol, triglicerídeos, proteína C reativa (PCR) e testes de função renal, por exemplo.

Além disso, o médico deve solicitar exames de imagem como ressonância magnética ou tomografia computadorizada do cérebro, que permitem visualizar manchas ou pontos brancos

Possíveis causas

A causa exata da microangiopatia cerebral não é totalmente conhecida, no entanto, sabe-se que ocorre devido a obstrução da microvascularização do cérebro, resultando na formação de pequenas cicatrizes.

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento da microangiopatia cerebral, como:

  • Envelhecimento natural do corpo;
  • Diabetes;
  • Pressão alta;
  • Colesterol ruim ou triglicerídeos altos;
  • Obesidade;
  • Macroangiopatia cerebral;
  • Arritmia cardíaca;
  • Doença cardíaca coronária;
  • Histórico de infarto do miocárdio;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Apneia do sono;
  • Doença renal crônica;
  • Hábito de fumar;
  • Consumo excessivo e frequente de bebidas alcoólicas.

Além disso, a gliose pode também acontecer devido a alterações genéticas e, por isso, algumas pessoas mais jovens podem apresentar essa alteração na ressonância magnética, como na esclerose múltipla.

Quando a gliose pode ser considerada problema de saúde?

A gliose pode ser considerada sinal de alterações neurológicas quando a pessoa possui pressão alta, alterações no colesterol ou fuma com frequência. Isso porque essas situações favorecem a obstrução de maior quantidade de vasos, o que pode fazer com que sejam formadas mais cicatrizes, que acabam por se agregar e dar origem a alterações neurológicas, como alterações na linguagem e cognição, demência ou AVC isquêmico.

Além disso, quando são visualizadas grande quantidade de microangiopatias é normalmente considerado pelo médico a possibilidade da pessoa estar prestes a ter um AVC isquêmico ou ser devido à perdas de memória devido a doenças neurológicas.

Como é feito o tratamento

Como a microangiopatia é considerada na maioria dos casos um achado do exame de imagem, não é necessário qualquer tipo de tratamento ou acompanhamento.

No entanto, caso seja verificada grande quantidade de glioses, pode ser recomendado pelo médico a realização de outros exames que ajudem a identificar a causa para que assim possa ser iniciado tratamento mais adequado.

Além disso, é importante que as pessoas mantenham bem controladas as doenças cronicas, como a hipertensão, colesterol e doenças cardíacas e renais, e mantenham bons hábitos de saúde, como prática regular de atividade física e alimentação saudável e equilibrada, pois assim é possível evitar os fatores de risco relacionados com o aumento da quantidade de microangiopatias.