Higiene íntima: como fazer e riscos da ducha vaginal

Atualizado em setembro 2021

A higiene íntima é muito importante e deve ser feita de forma adequada para não prejudicar a saúde íntima da mulher, sendo recomendado lavar a região genital com água e sabão neutro ou íntimo, evitar o uso de lenços umedecidos e de papel higiênico perfumado e não realizar duchas vaginais, a não ser que seja indicado pelo médico.

Apesar de se acreditar que a ducha vaginal é um método mais eficaz para prevenir infecções e garantir a higiene, a sua realização não é indicada, pois podem promover alteração do pH vaginal normal, aumento o risco de doenças.

Além de infecções vaginais, a falta de higiene íntima adequada pode levar a aparecimento de caroços inflamados na pele, especialmente na região da virilha, axilas e ânus, que levam ao desenvolvimento da hidrosadenite supurativa, que corresponde à inflamação das glândulas de suor. Veja mais sobre a hidrosadenite supurativa.

Imagem ilustrativa número 3

Riscos da ducha vaginal

A ducha vaginal consiste na lavagem dentro do canal vaginal com água, produtos antissépticos e/ou sabonete íntimos e, apesar se ser um prática frequente por se acreditar que a higiene é mais eficaz, a realização da ducha vaginal não é recomendada. Isso porque essa medida pode promover a alteração do pH e da flora vaginal, aumentando o risco de infecções genitais. Além disso, dependendo do produto que é utilizado para realizar a ducha vaginal, pode desencadear alergia ou favorecer a entrada de outros microrganismos. 

Dessa forma, é recomendado que a higiene íntima seja feita apenas na região externa da vagina, fazendo uso de sabão neutro. 

Como fazer a higiene íntima

Para fazer a higiene íntima é recomendado lavar a área externa da vagina com água e sabão neutro para evitar desbalanceamento do microbiota vaginal e, consequentemente, aumento do risco de infecção. O uso de esponjas não é indicado, pois pode causar irritação local.

O uso de sabonetes íntimos como Lucretin, Dermacyd ou Intimus, por exemplo, são boas opções para manter a microbiota vaginal normal, no entanto não devem ser usados a toda a hora pois podem acabar por ter o efeito inverso. Além disso, se possível, estes sabonetes não devem ser aplicados diretamente na região íntima e a quantidade a utilizar deve ser mínima, sendo recomendado, se possível diluir uma quantidade de sabonete íntimo na água com que vai se lavar.

É importante que a mulher não fique muito tempo lavando a região, pois pode também levar a alterações na microbiota vaginal, assim como não é recomendado que a higienização aconteça mais do que três vezes ao dia.

Dicas para evitar doenças

Para evitar doenças, é importante que, além de ter uma boa higiene íntima, se tenha alguns cuidados, como por exemplo:

  • Evitar usar lenços umedecidos ou papel higiênico perfumado, pois quando usados em excesso podem provocar secura na vagina e irritação, eliminando a lubrificação natural da região genital, além de também poder interferir no pH;
  • Usar roupa íntima de algodão, pois assim é possível manter a região genital mais arejada, diminuindo o risco de proliferação de fungo do tipo Candida, por exemplo;
  • Evitar usar roupas muito apertadas, pois dificultam a transpiração, aumentando o risco de infecção;
  • Não exagerar na depilação, o uso de gilete e produtos para depilação podem destruir a camada protetora da pele e contribuir para reduzir a sua lubrificação natural, podendo favorecer a proliferação de microrganismos.

Confira essas e outras dicas para ter um boa higiene íntima no vídeo a seguir:

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Higiene após a relação sexual

Depois do contato íntimo, é importante que se faça sempre uma boa higiene íntima para evitar infeções ou doenças. Logo após o contato íntimo, deve-se tentar urinar para evitar o surgimento de infeções urinárias e depois deve-se lavar abundantemente a região íntima com água e apenas um pouco de sabonete íntimo, e trocar de calcinha ou de protetor diário.

Além disso, pessoas que têm o hábito de usar lubrificantes, devem evitar os que são à base de óleo ou de silicone, pois não saem facilmente com água, o que pode prejudicar a flora vaginal, dificultando a higiene íntima e promovendo a proliferação de fungos e bactérias e favorecendo, assim, o desenvolvimento de infecções vaginais.

No caso de se fazer uso de protetor diário e de apresentar corrimento abundante, é recomendado que o protetor seja trocado mais de 1 vez por dia. Além disso, é importante que a mulher esteja atenta ao surgimento de alterações ginecológicas, como corrimento com cheiro forte amarelo ou esverdeado, coceira ou ardor ao urinar, por exemplo, sendo recomendado consultar o médico, já que pode ser sinal de infecção urinária, devendo o tratamento ser iniciado. Veja como é feito o tratamento para infecção urinária.

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