Inteligência emocional: o que é, como desenvolver, pilares e importância

Atualizado em abril 2024

A inteligência emocional é um conjunto de habilidades que ajudam a pessoa a identificar, compreender e gerenciar as suas emoções, além de reconhecer e influenciar as emoções de outras pessoas, ajudando a equilibrar as relações.

Alguns dos benefícios da inteligência emocional incluem promover a compreensão e a empatia, ajudar a tomar decisões, melhorar a comunicação, os relacionamentos interpessoais, o autoconhecimento, a autoestima e a autoconfiança.

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Para desenvolver a inteligência emocional no dia a dia, é aconselhado praticar a escuta ativa, saber lidar com emoções desconfortáveis, cultivar a empatia, aprender a lidar com o estresse e, em alguns casos, fazer psicoterapia.

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Principais pilares

Os 5 pilares da inteligência emocional são:

  1. Autoconsciência: Capacidade de identificar as próprias emoções e sentimentos, e o que os causa;
  2. Autorregulação: Habilidade de lidar com as próprias emoções e impulsos;
  3. Automotivação: Capacidade de se motivar e se manter motivado, para definir e atingir metas, e melhorar para crescer como pessoa;
  4. Empatia: Compreender as outras pessoas, mesmo quando suas opiniões, experiências e emoções são muito diferentes das suas;
  5. Habilidades sociais: Habilidades envolvidas nas relações sociais, como em conversas informais e ambientes de trabalho.

Esses pilares da inteligência emocional foram desenvolvidos pelo Dr. Daniel Goleman, um dos principais psicólogos que estuda a inteligência emocional.

Como desenvolver a inteligência emocional

Alguns exercícios que ajudam a desenvolver a inteligência emocional são:

1. Praticar a escuta ativa

Praticar a escuta ativa, com atenção no que a outra pessoa diz, na linguagem corporal, tom e na velocidade da sua voz, durante uma conversa, ajuda a entender melhor o que a pessoa que dizer, o seu estado emocional e as mensagens além do que ela está dizendo.

Para praticar a escuta ativa, é importante deixar a outra pessoa se expressar sem interrupções, para facilitar a comunicação e criar um relacionamento de confiança e aceitação. Além disso, controlar as distrações externas e internas também ajuda a melhorar a escuta ativa.

2. Saber lidar com emoções desconfortáveis

Trabalhar a consciência emocional, é saber lidar com emoções desconfortáveis, com resiliência, considerando-as como algo normal e às vezes útil, ao invés de ignorá-las ou reprimi-las.

Compreender as emoções negativas como algo natural, ajuda a lidar com os sentimentos de forma produtiva, aumentando a autoconsciência e a capacidade de adotar mudanças positivas na vida.

3. Reconhecer as próprias emoções

Tirar um tempo para reconhecer as próprias emoções e nomeá-las, ajuda a equilibrar as reações, evitando os impulsos. Em casos de ansiedade, deve-se analisar se essa reação é verdadeira ou se esconde um outro sentimento, como medo do fracasso, de julgamentos ou de se apresentar em público, por exemplo.

Para ajudar no reconhecimento das próprias emoções, pensamentos e sentimentos, e a maneira como se lida com eles, pode-se anotá-los num diário, ao fim de cada dia, por exemplo.

4. Gerenciar o estresse e a ansiedade

Praticar atividades de concentração, como meditação, yoga e respiração diafragmática, por exemplo, ajuda a gerenciar o estresse e a ansiedade, favorecendo no controle das emoções e aprendendo a usá-las de forma mais saudável.

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5. Cultivar a empatia

Cultivar a empatia é entender as emoções e perspectivas dos outros em determinadas situações. A empatia fortalece os relacionamentos e a capacidade de se conectar com as pessoas.

Algumas dicas para cultivar a empatia são: reconhecer que os amigos, família e colegas de trabalho, por exemplo, também têm as suas emoções e precisam aprender a lidar com elas; e evitar julgamentos.

6. Desenvolver o relacionamento interpessoal

Desenvolver o relacionamento pessoal é essencial para melhorar o relacionamento com pessoas e construir relações positivas e saudáveis na família, no trabalho e em outros ambientes.

Para desenvolver ou melhorar o relacionamento interpessoal, é aconselhado comunicar de forma respeitosa; manter uma atitude positiva, mas evitando a positividade tóxica; estar aberto a críticas e feedbacks; estabelecer limites; e praticar a escuta ativa.

7. Pedir feedback

Para entender como se sente e como as pessoas se sentem durante as conversas, pode-se pedir feedback a amigos, chefes ou familiares, perguntando-os sobre como você reage a situações difíceis, quão empático é, como lida com conflitos e como a pessoa se sente quando durante a comunicação.

Esse exercício pode ser desconfortável, pois nem sempre se ouve o que se deseja. No entanto, muitas vezes é preciso ouvir para melhorar as comunicações futuras e fortalecer os relacionamentos.

8. Fazer psicoterapia

Fazer psicoterapia é uma boa forma de desenvolver a inteligência emocional, porque essa terapia promove o desenvolvimento de ferramentas e estratégias que ajudam a pessoa a lidar com suas emoções e sentimentos de forma positiva.

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Inteligência emocional no trabalho

A inteligência emocional no trabalho melhora o ambiente de trabalho, diminuindo os atritos, melhorando a comunicação, promovendo a flexibilidade e reduzindo o estresse.

Além disso, pessoas que desenvolvem a inteligência emocional geralmente têm maior motivação e comprometimento, melhorando a produtividade, diminuindo a rotatividade e favorecendo o sucesso pessoal e profissional.

Líderes com inteligência emocional conseguem agir de maneira eficaz com os problemas que podem surgir no trabalho, com calma e de forma objetiva. Além disso, líderes com inteligência emocional também inspiram e motivam os funcionários, compreendem e gerenciam as emoções das pessoas, e mantêm relacionamentos saudáveis com os subordinados e superiores, contribuindo para o sucesso da equipe.

Importância da inteligência emocional

Os principais benefícios da inteligência emocional são:

  • Favorece bem-estar;
  • Melhora o conhecimento, a autoestima e autoconfiança;
  • Reduz o estresse e a ansiedade;
  • Promove a flexibilidade;
  • Melhora os relacionamentos;
  • Favorece o comprometimento e a responsabilidade;
  • Melhora a capacidade de tomar decisões.

Além disso, a inteligência emocional também promove o crescimento pessoal e profissional, ajuda a desenvolver a empatia e aumentar a motivação.

Consequências da baixa inteligência emocional

A baixa inteligência emocional é caracterizada pela dificuldade da pessoa em lidar com os próprios sentimentos e em se relacionar com as experiências emocionais dos outros.

A falta de inteligência emocional pode provocar atitudes como explosões emocionais, respostas insensíveis ou culpar as outras pessoas, aumentando o risco de conflito e comprometendo a qualidade dos relacionamentos.

Além disso, a baixa inteligência emocional também pode diminuir o círculo social e as redes de apoio de uma pessoa, prejudicando a saúde mental e o bem-estar.

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