HPV tem cura?

Atualizado em maio 2023

A cura do HPV acontece espontaneamente em cerca de 90% dos casos, em até 2 anos. Quando a pessoa possui o sistema imunológico íntegro, o vírus é eliminado naturalmente e pode nem causar sinais ou sintomas de infecção.

Quando não acontece cura espontânea, o vírus pode permanecer inativado no organismo sem causar alterações, podendo ser reativado quando o sistema imune encontra-se mais frágil.

O tratamento com remédios tem como objetivo tratar os sintomas, mas não é capaz de acelerar a eliminação do vírus. Por isso, mesmo que as lesões desapareçam, o vírus ainda está presente no organismo, podendo ser transmitido para outras pessoas por meio da relação sexual desprotegida. Confira como se pega HPV e como acontece a transmissão.

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O HPV cura sozinho?

O HPV cura sozinho quando o sistema imunológico da pessoa está fortalecido, ou seja, quando as células responsáveis pela defesa do corpo conseguem atuar no organismo sem qualquer problema. A eliminação espontânea do vírus acontece em quase 90% dos casos, normalmente não leva ao aparecimento dos sintomas e é conhecida como remissão espontânea.

A única forma de se alcançar a cura do HPV é por meio da eliminação natural do vírus do organismo, isso porque os remédios usados no tratamento tem como objetivo tratar as lesões, ou seja, reduzir os sinais e sintomas da infecção, não possuindo ação sobre o vírus, não sendo portanto capaz de promover a eliminação do HPV.

Devido ao fato da não eliminação do vírus naturalmente, é recomendado que a pessoa realize exames médicos pelo menos 1 vez por ano para rastrear o HPV e iniciar o tratamento adequado, que deve ser seguido até o fim para realmente combater o vírus e evitar o desenvolvimento de complicações como o câncer. Além da medicação, durante o tratamento deve-se usar camisinha em todas as relações para não passar o vírus para outras pessoas, até porque mesmo que as lesões não sejam visíveis, o vírus HPV ainda está presente e pode ser transmitido para outras pessoas.

Como acontece a transmissão

A transmissão do HPV acontece através do contato direto com a pele, a mucosa ou as lesões presentes na região genital de uma pessoa infectada. A transmissão acontece principalmente através de relações sexuais sem camisinha, que pode ser por meio do contato genital-genital ou oral, não sendo necessário que exista penetração, isso porque as lesões causadas pelo HPV encontram-se na parte externa da região genital.

Para que a transmissão seja possível, é necessário que a pessoa apresente uma lesão na região genital, seja lesão verrucosa ou lesão plana não visível a olho nu, isso porque nesses casos há expressão viral, sendo possível haver transmissão. No entanto, o fato de ter tido contato com o vírus não necessariamente significa que a pessoa vai desenvolver a infecção, isso porque em alguns casos o sistema imune consegue combater o vírus de forma eficaz, promovendo a sua eliminação em alguns meses.

Além disso, as mulheres grávidas portadoras do vírus HPV podem transmitir esse vírus para o bebê no momento do parto, no entanto essa forma de transmissão é mais rara.

É possível viver com o HPV por toda a vida?

A pessoa portadora do HPV pode viver com esse vírus por toda a vida, uma vez que raramente consegue ser eliminado do organismo. No entanto, mesmo o vírus estando presente no corpo, não provoca sinais ou sintomas, a não ser que seja reativado devido à diminuição do sistema imune ou novo contágio. Assim, é importante que o médico seja consultado para que sejam dadas orientações sobre o tratamento e a prevenção do aparecimento de sintomas.

Prevenção do HPV

A principal forma de prevenção do HPV é o uso de preservativo em todas as relações sexuais, pois assim é possível evitar a transmissão não só do HPV mas também de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

No entanto, o uso da camisinha só previne a transmissão no caso de lesões que estão presentes na região que é coberta pelo preservativo, não impedindo o contágio quando as lesões estão presentes na bolsa escrotal, vulva e região pubiana, por exemplo. Nesse caso, o mais indicado é o uso de camisinha feminina, pois protege a vulva e impede a transmissão de forma mais eficaz. Veja como usar a camisinha feminina corretamente.

Além do uso de camisinha, é também recomendado evitar ter vários parceiros sexuais, pois assim é possível diminuir o risco de ISTs, e realizar a higiene íntima corretamente, principalmente após a relação sexual.

A melhor forma de prevenir a infecção pelo HPV é por meio da vacina contra o HPV, que é oferecida pelo SUS. A vacina é disponibilizada para meninas com idade entre 9 e 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, pessoas portadoras de AIDS, e também aquelas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos. A vacina para o HPV tem finalidade apenas preventiva, de forma que não funciona como forma de tratamento. Saiba mais sobre a vacina para o HPV.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a infecção pelo HPV tem como objetivo tratar as lesões e evitar a progressão da doença, podendo ser feito em casa, com pomadas, ou nas clínicas, com técnicas como cauterização, que eliminam as verrugas do HPV. Os remédios mais utilizados são as pomadas, como Podofilox ou Imiquimode, além de remédios para fortalecer o sistema imune, como o Interferon. Confira mais detalhes do tratamento para HPV.

Quanto mais cedo o tratamento iniciar, mais fácil será a cura do HPV, por isso veja no vídeo a seguir como identificar os primeiros sintomas desta doença ainda no início e o que fazer para tratar.:

youtube image - HPV - o que é e como se trata