Alopecia cicatricial: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

Atualizado em abril 2024

Alopecia cicatricial é uma doença inflamatória que provoca a destruição do folículo piloso, resultando em cicatrizes no local e sintomas, como dor, queimação ou coceira, seguida da perda permanente do cabelo.

Esse tipo de alopecia é mais comum no couro cabeludo, embora possa afetar qualquer parte do corpo, e pode ser causada por inflamações, queimaduras ou distúrbios autoimunes.

Leia também: Alopecia: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento tuasaude.com/alopecia

O tratamento da alopecia cicatricial é feito pelo dermatologista e normalmente envolve o uso de remédios para reduzir a inflamação e evitar a perda de cabelo, ou cirurgia, como o transplante capilar.

Médico dermatologista examinando o couro cabeludo de um homem com um aparelho de tricologia

Sintomas de alopecia cicatricial

Os principais sintomas de alopecia cicatricial são:

  • Inflamação ao redor do folículo piloso;
  • Sensação de queimação ou coceira;
  • Dor ou aumento da sensibilidade no local;
  • Vermelhidão ou descamação da pele;
  • Bolhas no couro cabeludo que podem ter pus;
  • Feridas ou crostas no local;
  • Perda do cabelo de forma permanente.

Os sintomas da alopecia cicatricial podem surgir de forma lenta e progressiva, na forma de placas, ou ocorrer de forma rápida e afetar áreas maiores.

A alopecia cicatricial pode surgir em homens ou mulheres, e em qualquer região do corpo que tenha cabelo, porém é mais comum no couro cabeludo.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da alopecia cicatricial é feito pelo dermatologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico da região afetada.

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Foto de uma doutora e um doutor de braços cruzados esperando você para atender

Além disso, o médico pode fazer um exame de dermatoscopia ou tricoscopia para alopecia cicatricial, que consiste em colocar um aparelho na pele, permitindo avaliar detalhadamente o couro cabeludo e o fio de cabelo. 

Para confirmar o diagnóstico, o médico deve fazer uma biópsia da pele para ser analisada no laboratório, permitindo também identificar o tipo de alopecia cicatricial. Saiba como é feita a biópsia de pele

Possíveis causas

A alopecia cicatricial pode acontecer devido a diversas situações, sendo as principais:

  • Doenças inflamatórias ou autoimunes;
  • Uso de produtos químicos, como alisantes ou relaxantes capilares;
  • Traumas no couro cabeludo por uso de extensões de cabelo ou tranças;
  • Queimaduras;
  • Infecções na pele;
  • Radioterapia ou tumores.

Essas condições podem causar inflamação e destruição do folículo piloso, resultando na perda do cabelo.

Qual a diferença de alopecia cicatricial e não cicatricial?

Tanto a alopecia cicatricial e não cicatricial causam perda de cabelo, no entanto, na alopecia cicatricial essa perda de cabelo ocorre devido a destruição irreversível do folículo piloso e formação de cicatriz no local.

Já na alopecia não cicatricial o folículo pilar é preservado e normalmente não surge inflamação no local, sendo que os tipos mais comuns são o eflúvio telógeno e a alopecia areata.

Leia também: Alopecia areata: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/alopecia-areata

Tipos de alopecia cicatricial

Os principais tipos de alopecia cicatricial são:

1. Alopecia cicatricial primária

A alopecia cicatricial primária é causada por condições autoimunes inflamatórias ou infecciosas, provocando a destruição de células tronco no folículo piloso, que são responsáveis pelo crescimento do cabelo, resultando no sintomas.

Esse tipo de alopecia cicatricial pode ainda ser subdividida em diferentes tipos de acordo com suas características.

2. Alopecia cicatricial secundária

A alopecia cicatricial secundária pode surgir devido a outras condições de saúde, que provocam destruição do folículo piloso.

As principais causas desse tipo de alopecia cicatricial são infecções, queimaduras, radioterapia ou tumores, por exemplo.

3. Alopecia frontal fibrosante

A alopecia frontal fibrosante é um tipo de alopecia cicatricial primária, e uma variante do líquen plano pilar, que se desenvolve de forma lenta e progressiva, geralmente acima da testa.

No entanto, também pode afetar as sobrancelhas ou cílios, e a causa exata não é completamente conhecida.

4. Alopecia cicatricial central centrífuga

A alopecia cicatricial central centrífuga é outro tipo de alopecia cicatricial primária provocando placas e perda permanente do cabelo na coroa ou vértex do couro cabeludo.

Esse tipo de alopecia cicatricial é mais comum em mulheres negras, causada por fatores genéticos, autoimunes, infecciosos e/ou ambientais, como uso de produtos químicos no cabelo ou penteados que causam tração.

5. Líquen plano pilar

O líquen plano pilar também é um tipo de alopecia cicatricial primária mais comum e uma variante do líquen plano, principalmente em mulheres entre 40 e 60 anos.

Leia também: Líquen plano: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento tuasaude.com/liquen-plano

Esse tipo de alopecia cicatricial não tem uma causa bem definida, mas parece estar relacionada a fatores autoimunes e ativação de linfócitos T que levam à destruição do folículo piloso.

6. Foliculite decalvante

A foliculite decalvante também é um tipo de alopecia cicatricial primária, que parece estar relacionada a uma resposta exagerada do sistema imune à presença da bactéria Staphylococcus aureus que vive normalmente na pele.

Leia também: Foliculite decalvante: o que é, sintomas, causa e tratamento tuasaude.com/foliculite-decalvante

Além disso, também pode ser desencadeada pela foliculite bacteriana por S. aureus.

Como é feito o tratamento

O tratamento da alopecia cicatricial deve ser feito com orientação do dermatologista, e varia de acordo com sua causa e gravidade dos sintomas.

Os principais tratamentos para alopecia cicatricial são:

1. Uso de remédios

O uso de remédios para alopecia cicatricial, podem ser indicados pelo médico na forma de pomadas ou comprimidos, para reduzir a inflamação e evitar a perda do cabelo.

Assim, os principais remédios que podem ser indicados são:

  • Corticoides, como triancinolona acetonida;
  • Antimaláricos, como hidroxicloroquina;
  • Imunossupressores, como tacrolimo, metotrexato, ciclosporina ou micofenolato mofetil;
  • Antibióticos, como tetraciclina ou doxiciclina;
  • Retinoides, como tretinoína;
  • Anticorpos monoclonais, como adalimumabe ou ustekinumabe.

O remédio deve sempre ser indicado pelo médico, de acordo com o tipo de alopecia cicatricial, sendo recomendado acompanhamento médico regular para avaliar a eficácia do tratamento e o surgimento de efeitos colaterais.

2. Injeção de corticoide

A injeção de corticoide para alopecia cicatricial, como triancinolona acetonida, pode ser feita pelo dermatologista diretamente nas lesões no couro cabeludo para reduzir a inflamação e evitar a progressão da doença.

Leia também: Triancinolona acetonida: para que serve e como usar tuasaude.com/triancinolona-acetonida

3. Fototerapia

Em alguns tipos de alopecia cicatricial, como a alopecia cicatricial central centrífuga ou a líquen plano pilar, por exemplo, que não respondem ao tratamento com remédios, o médico pode indicar a fototerapia.

Esse tipo de tratamento tem ação anti-inflamatória e imunossupressora, sendo feita com aplicação de luz ultravioleta para reduzir a inflamação e estimular o crescimento do cabelo. Saiba como é feita a fototerapia

4. Transplante capilar

O transplante capilar é um tratamento cirúrgico para alopecia cicatricial, e tem como objetivo retirar fios de cabelo da própria pessoa para ser transplantado em áreas do couro cabeludo sem cabelo.

Leia também: Transplante capilar: o que é, quando é indicado, como é feito e resultados tuasaude.com/transplante-capilar

Outro tratamento cirúrgico que pode ser indicado é a cirurgia de redução do couro cabeludo, em que o médico retira as áreas sem cabelo do couro cabeludo e une as áreas com cabelo, para cobrir o couro cabeludo.

Alopecia cicatricial tem cura?

A alopecia cicatricial não tem cura, uma vez que os folículos capilares são destruídos, não existindo ainda tratamentos que possam regenerar os folículos pilosos.

No entanto, com o tratamento recomendado pelo dermatologista, é possível reduzir a inflamação no folículo piloso e prevenir a queda do cabelo.

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