Antibióticos para garganta inflamada: 5 principais opções

Atualizado em janeiro 2024

Alguns antibióticos, como amoxicilina, azitromicina e cefalexina, podem ser indicados para auxiliar no tratamento da garganta inflamada, ajudando a aliviar sintomas, como ardência e queimação na garganta, febre, dor de cabeça, dor ou dificuldade para engolir.

A inflamação na garganta pode ser causada por vírus ou bactérias que são transmitidas através do contato com as mãos, ao tocar o nariz, ou a boca, e tocar a outra pessoa, ou ao tocar em objetos, como maçanetas, telefone e brinquedos, causando a amigdalite ou faringite. Conheça as principais causas e saiba como tratar a faringite.

Na maioria dos casos, a inflamação na garganta melhora sozinha entre 3 e 5 dias e não precisa de tratamento com antibióticos. Por isso, o uso desses medicamentos é indicado somente após avaliação e recomendação de um médico para prevenir complicações de infecções causadas por bactérias, como a presença de pus ou febre reumática.

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Antibióticos para garganta inflamada

Os principais antibióticos que podem ser recomendados para o tratamento da garganta inflamada são:

1. Amoxicilina

A amoxicilina é um antibiótico geralmente indicado para tratar infecções que são causadas pela bactéria Streptococcus A., como a faringite e a amigdalite.

A dose e o tempo de tratamento com a amoxicilina varia de acordo com o estado de saúde, a idade e o peso corporal da pessoa. No entanto, a recomendação do medicamento para crianças com mais de 40 kg e para adultos, geralmente é entre 250 mg e 1000 mg, 3 vezes ao dia. Entenda melhor como tomar a amoxicilina.

Quem não pode usar: a amoxicilina não é indicada para pessoas com alergia ao medicamento, bem como a penicilinas ou cefalosporinas. Além disso, mulheres grávidas ou amamentando, pessoas com problemas nos rins ou que estejam em tratamento com outros medicamentos, devem conversar com o médico antes de iniciar o tratamento com a amoxicilina.

Possíveis efeitos colaterais: o uso da amoxicilina pode causar alguns efeitos colaterais, como diarreia, vômito, vermelhidão e coceira na pele. Apesar de não existirem evidências sobre a amoxicilina interferir na ação de anticoncepcionais, reações como diarreia e o vômito podem diminuir a eficácia desses medicamentos e, por isso, geralmente se recomenda usar outros métodos contraceptivos, como a camisinha, durante o uso do antibiótico.

2. Azitromicina

A azitromicina é um antibiótico encontrado na forma de comprimido ou suspensão oral, sendo indicado para inflamações causadas por bactérias, como amigdalite e faringite, ou causadas por vírus, como no caso da mononucleose, uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr, que provoca sintomas como febre, dor e inflamação na garganta.

A dose e tempo do tratamento com a azitromicina varia de acordo com a idade e o tipo de doença. Por isso, a recomendação pode variar entre 250 mg e 1000 mg por dia para adultos. Já para crianças a dose deve ser calculada pelo pediatra de acordo com a idade e o peso corporal. Saiba como tomar a azitromicina.

Quem não pode usar: a azitromicina é não deve ser usada por pessoas que tem alergia ao medicamento e à eritromicina. Além disso, esse medicamento não é recomendado para pessoas com doenças no fígado, nos rins e com alterações do coração.

A azitromicina só deve ser usada na gravidez ou durante a amamentação com orientação e indicação do obstetra.

Possíveis efeitos colaterais: a azitromicina pode causar enjoos, dor de cabeça, sonolência, vômitos, diarreia, prisão de ventre, perda do apetite ou excesso de gases.

3. Eritromicina

A eritromicina impede o crescimento de bactérias, combatendo infecções respiratórias e, por isso, é uma das opções para tratar inflamações na garganta, como amigdalite.

Esse antibiótico pode ser encontrado na forma de comprimido, cápsula ou líquido, sendo geralmente recomendado tomar em intervalos de 6 a 12 horas, de 2 a 4 vezes ao dia. No entanto, a dose da eritromicina varia de acordo com o estado de saúde, o peso corporal e a idade, e, por isso, é fundamental consultar um médico antes de usar esse medicamento.

Quem não pode usar: esse medicamento é contraindicado para quem tem alergia à eritomicina e à azitromicina. Pessoas que estejam usando outros medicamentos devem conversar com o médico, porque alguns remédios podem interferir no efeito da eritromicina. Além disso, pessoas com alterações nos batimentos cardíacos, com doença no fígado e mulheres que estejam grávidas ou amamentando, também devem conversar com um médico antes de iniciarem o uso da azitromicina.

Possíveis efeitos colaterais: os efeitos colaterais mais comuns com o uso desse medicamento são diarreia, vômito, dor no estômago ou perda do apetite. Além disso, a azitromicina pode causar reações alérgicas graves, como anafilaxia, que incluem sintomas como dificuldade para respirar, inchaço da boca e rosto. Conheça os sintomas e saiba como tratar a anafilaxia.

4. Clindamicina

Sendo indicada para tratar infecções, A clindamicina é um antibiótico que diminui ou impede o crescimento de bactérias, sendo indicada para o tratamento de infecções como amigdalite, faringite ou laringite, que podem causar inflamação na garganta. Veja para que serve e como usar a clindamicina.

Esse medicamento pode ser encontrado na forma de cápsula, e a dose recomendada para adultos geralmente é de 600 mg a 1800 mg por dia, divididas em 2, 3 ou 4 doses iguais. Já para crianças, a dose deve ser calculada pelo pediatra pois varia de acordo com o peso corporal.

Quem não pode usar: esse remédio não deve ser usada por pessoas que tenham alergia à clindamicina ou à lincomicina. Além disso, mulheres que estejam grávidas ou amamentando, assim como pessoas com doenças no fígado ou rins, problemas no estômago ou intestino, devem informar ao médico antes de iniciar o uso desse medicamento. A clindamicina não é indicada para pessoas com meningite. O uso de alguns medicamentos podem interferir na ação da clindamicina e, por isso, devem ser informados ao médico antes de iniciar o tratamento.

Possíveis efeitos colaterais: o uso da clindamicina pode causar alguns efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, gosto metálico na boca, dor nas articulações, azia ou manchas brancas dentro da boca. Além disso, esse remédio pode causar reação alérgica grave com sintomas como bolhas ou descamação na pele, dificuldades para engolir, inchaço na garganta, língua ou lábios, sendo, sendo recomendado, nesses casos, buscar um atendimento médico de emergência.

5. Cefalexina

A cefalexina é um antibiótico que mata e impede o crescimento das bactérias, podendo ser indicada no tratamento de inflamações na garganta que são causadas por bactérias, como a faringite.

Esse antibiótico pode ser encontrado na forma de cápsula, comprimido ou suspensão líquida e pode ser ingerido em intervalos de 6 a 12 horas e o tratamento tem duração média entre 7 e 14 dias. No entanto, como a dose e o tempo de tratamento varia de acordo com a idade e quadro da inflamação, é recomendado consultar o médico antes de iniciar o uso com a cefalexina.

Quem não pode usar: pessoas com alergia a antibióticos devem informar ao médico antes de iniciarem o uso desse medicamento. Além disso, mulheres que estejam grávidas ou amamentando, assim como pessoas com histórico de convulsões, doenças no estômago, esôfago, intestino, rim ou fígado, também precisam comunicar ao médico antes de iniciar o tratamento com este medicamento.

Possíveis efeitos colaterais: os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer com o uso da cefalexina são náusea, diarreia, vômito, azia, dor no estômago, agitação, tontura e cansaço extremo. No entanto, é recomendado buscar atendimento de emergência em caso de sintomas mais graves, como fezes com sangue, febres durante ou após o tratamento, irritação e coceira na pele, dificuldade para respirar ou engolir e alucinações.