O que fazer depois de uma relação sem camisinha

Atualizado em setembro 2022

Após a relação sexual sem camisinha, é recomendado que a pessoa consulte o clínico geral, ginecologista ou urologista para que seja feita uma avaliação clínica, sejam solicitados exames de sangue e nas genitais e seja iniciado o tratamento mais adequado, caso seja necessário. Além disso, no caso das mulheres, é recomendado tomar a pílula do dia seguinte.

As relações sexuais sem proteção podem ter como consequência uma gravidez não desejada ou uma infecção sexualmente transmissível, que pode causar sintomas como sangramento fora do período menstrual, dor ou ardor ao urinar, saída de pus pela vagina ou pelo pênis, ou dor durante a relação sexual.

Estas consequências também podem acontecer quando a camisinha não é colocada corretamente, rasgou durante a relação sexual, não foi possível mantê-la durante toda a relação e em caso de coito interrompido, já que nessa situação também existe risco de gravidez e de transmissão de doenças.

Imagem ilustrativa número 1

O que fazer para evitar a gravidez

Existe risco de engravidar após uma relação sexual sem camisinha, quando a mulher não utiliza um anticoncepcional oral ou se esqueceu de tomar a pílula em algum dos dias anteriores ao contato íntimo.

Assim, nestes casos, se a mulher não desejar engravidar, ela pode tomar a pílula do dia seguinte até ao máximo de 72 horas após o contacto íntimo. No entanto, a pílula do dia seguinte nunca deve ser usada como método contraceptivo, devido aos seus efeitos colaterais e porque a sua eficácia diminui a cada utilização. Veja mais sobre o uso de anticoncepcional.

Caso a menstruação atrase, mesmo após tomar a pílula do dia seguinte, a mulher deve fazer um teste de gravidez, para confirmar se está ou não grávida, uma vez que existe a possibilidade de a pílula do dia seguinte não ter produzido o efeito esperado. Veja quais são os 10 primeiros sintomas de gravidez.

O que fazer se suspeitar de IST

O maior risco após o contato íntimo sem camisinha é ser contaminado com infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Por isso, na presença de sintomas na região genital ou nos arredores é recomendado consultar o médico durante os primeiros dias após ter tido relações sexuais sem proteção para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento mais adequado, caso seja necessário.

Mesmo se não apresentar sintomas, a pessoa deve ir ao médico para ser examinada e saber se possui alguma alteração na região íntima. Se não puder nos primeiros dias após a relação, deverá ir assim que possível porque quanto antes iniciar o tratamento, mais rápida será a cura. Conheças as principais ISTs.

O que fazer em caso de suspeita de HIV

Caso a relação sexual tenha acontecido com uma pessoa infectada com HIV, ou se você não sabe se a pessoa possui HIV, existe o risco de desenvolver a doença e, por isso, pode ser necessário tomar uma dose profilática de remédios para o HIV, conhecida como PEP, até 72 horas, para diminuir o risco de desenvolver AIDS. Entenda melhor o que é o PEP e como funciona.

Em caso de suspeita de AIDS deve-se ainda realizar um teste rápido do HIV em centros de testagem e aconselhamento para AIDS, e avaliar a possibilidade de tomar o PEP. Saiba como é feito o teste de HIV.

Possíveis consequências

As principais consequências da relação sexual sem preservativo são:

  • Gravidez;
  • Infecção sexualmente transmissível (IST), como sífilis, HIV ou gonorreia, por exemplo;
  • Infecção urinária;
  • Infecção na boca, ânus, seios ou mãos;
  • Agravamento de doenças prévias;
  • Feridas no pênis ou na vagina.

Além disso, no caso da mulher estar grávida, a relação sexual sem preservativo pode aumentar o risco de complicações durante o desenvolvimento do bebê.

Sintomas depois da relação sexual

Alguns sintomas podem surgir após a relação sexual sem preservativo e podem afetar tanto a região genital quanto áreas que tenham tido contato com a região afetada, como mãos, boca ou ânus, por exemplo. Os principais sintomas que podem surgir são:

  • Ardor ou dor ao urinar;
  • Ardor ou coceira na vagina ou no pênis;
  • Saída de pus ou corrimento com mau cheiro na vagina ou no pênis;
  • Bolhas com líquido no seu interior nas ínguas ou na região genital;
  • Úlceras na região genital, anal, boca, língua, seios ou dedos;
  • Vontade frequente para urinar;
  • Dor durante a relação sexual.

Os sintomas podem variar de acordo com a infecção que foi adquirida durante a relação sexual, de forma que alguns dos sintomas podem surgir alguns dias ou semanas após a relação.

Por isso, caso se tenha sinais ou sintomas que sugiram infecção na região genital, é fundamental consultar o clínico geral, ginecologista ou urologista para que seja feita uma avaliação clínica e, caso seja necessário, seja indicado o tratamento mais adequado.