Vagina inchada: 8 principais causas e o que fazer

Atualizado em fevereiro 2024

A vagina inchada pode acontecer no final da gravidez ou após a relação sexual, não sendo considerado grave. No entanto, o inchaço na vagina também pode acontecer devido a alergias na região genital provoca pelo uso de roupa íntima sintética ou uso de cremes vaginais, presença de cisto, ou ser consequência de uma infecção sexualmente transmissível, como o herpes genital.

Em alguns casos, além da vagina inchada, podem surgir outros sintomas como coceira, ardência, vermelhidão e corrimento vaginal de coloração amarelo ou esverdeado.

É importante que na presença de outros sintomas além do inchaço na vagina, o ginecologista seja consultado para que seja investigada a causa dos sintomas e, assim, iniciado o tratamento mais adequado.

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Principais causas

As principais causas de vagina inchada são:

1. Alergias

Assim como em outras partes do corpo, a mucosa da vagina é composta de células de defesa que reagem quando reconhecem alguma substância como invasora. Desta forma, quando uma pessoa aplica algum produto irritante na vagina, pode causar essa reação, levando ao aparecimento da alergia e provocando sintomas como inchaço, coceira e vermelhidão.

Alguns produtos como sabonetes, cremes vaginais, roupas sintéticas e óleos lubrificantes aromatizados podem causar irritação e provocar alergia na vagina, por isso é importante evitar produtos que não sejam testados e aprovados pela ANVISA.

O que fazer: ao usar algum produto na região vaginal é importante saber como o corpo vai reagir e, se caso aparecer sintomas de alergia, é necessário parar a aplicação do produto, aplicar compressa de água gelada e tomar antialérgico.

Entretanto, se os sintomas de inchaço, dor e vermelhidão não desaparecerem depois de dois dias, recomenda-se procurar um ginecologista para receitar corticoides orais ou pomadas e para investigar a causa da alergia.

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2. Relação sexual intensa

Depois de uma relação sexual a vagina pode ficar inchada por causa de uma alergia à camisinha ou ao sêmen do parceiro, no entanto, isto também pode acontecer porque a vagina não ficou lubrificada o suficiente, levando ao aumento do atrito durante o contato íntimo. O inchaço na vagina também pode surgir depois de ter várias relações sexuais durante o mesmo dia e neste caso, costuma desaparecer espontaneamente.

O que fazer: nas situações em que ocorre o ressecamento ou irritação durante as relações sexuais é recomendado o uso de lubrificantes à base de água, sem aromatizantes ou outras substâncias químicas. Também pode ser necessário usar preservativos lubrificados para reduzir o atrito na hora da relação sexual.

Se além do inchaço na vagina, aparecer sintomas como dor, ardência e corrimento vaginal é importante consultar um ginecologista para avaliar se não tem outra doença associada.

3. Gravidez

No final da gravidez, a vagina pode ficar inchada por causa da pressão provocada pelo bebê e da redução do fluxo sanguíneo na região pélvica. Na maioria das vezes, além do inchaço, é normal que a vagina fique com coloração mais azulada.

O que fazer: para aliviar o inchaço na vagina durante a gravidez, pode-se aplicar uma compressa fria ou enxaguar o local com água fria. Também é importante fazer repouso e deitar, pois isso ajuda a reduzir a pressão na região da vagina. Após o bebê nascer, o inchaço na vagina desaparece.

4. Cistos de Bartholin

A vagina inchada pode ser sintoma de cisto na glândula de Bartholin, que serve para lubrificar o canal vaginal no momento do contato íntimo. Este tipo de cisto consiste no aparecimento de um tumor benigno que se desenvolve por causa de uma obstrução no tubo da glândula Bartholin.

Além do inchaço, esse tumor pode causar dor, que piora ao sentar ou ao andar, e pode levar ao surgimento de uma bolsa de pus, chamado de abscesso. Conheça outros sintomas do cisto de Bartholin e como é feito o tratamento.

O que fazer: ao identificar estes sintomas é recomendado consultar um médico ginecologista para examinar a região da vagina que está inchada. O tratamento, geralmente, consiste no uso de medicamentos para aliviar a dor, antibióticos no caso de secreção purulenta presente ou cirurgia para retirada do cisto.

5. Vulvovaginite

A vulvovaginite é uma infecção na vagina que pode ser causada por fungos, bactérias, vírus e protozoários e provoca sintomas como inchaço, coceira e irritação na vagina, e também leva ao aparecimento de corrimento vaginal de coloração amarelo ou esverdeada, com odor fétido.

Na maioria dos casos, a vulvovaginite pode ser transmitida sexualmente e pode não causar nenhum sintoma, por isso as mulheres que mantêm uma vida sexual ativa devem fazer acompanhamento regular com um médico ginecologista. As principais vulvovaginites que causam inchaço na vagina, são a tricomoníase e infecção pela clamídia.

O que fazer: ao surgirem os sintomas é necessário consultar um ginecologista para avaliar a história clínica, fazer exame ginecológico e, em alguns casos, realizar exames de sangue. O médico poderá receitar medicamentos específicos, dependendo do tipo de infecção, porém é importante manter hábitos de higiene adequados. Saiba mais quais remédios são usados no tratamento para vulvovaginite.

6. Candidíase

A candidíase é uma infecção muito comum nas mulheres, causada por um fungo chamado Candida albicans e que leva ao surgimento de sintomas como coceira intensa, ardência, vermelhidão, rachaduras, placas esbranquiçadas e inchaço na vagina. 

Algumas situações podem aumentar o risco de desenvolver esta infecção como usar roupas sintéticas, úmidas e muito apertadas, comer em excesso alguns alimentos ricos em açúcar e leite e não fazer higiene íntima adequadamente. Além disso, mulheres com diabetes, que fazem uso de antibióticos regularmente e com imunidade baixa também têm mais riscos de ter candidíase.

O que fazer:  é necessário consultar um ginecologista caso apareça estes sintomas, pois o médico irá solicitar a realização de exames para fazer o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado, que consiste no uso de pomadas e medicamentos. Também é importante evitar o uso de roupas íntimas sintéticas e protetor diário, assim como, recomenda-se evitar lavar as calcinhas com sabão em pó.

Veja como curar a candidíase de forma natural:

7. Herpes genital

O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível causada pelo vírus do herpes simplex, que produz sintomas como ardor, coceira, aparecimento de bolhas na vulva que podem estourar e resultar em feridas. Além disso, a infecção por esse vírus também pode causar inflamação local, dor e ardor ao defecar, no caso das bolhas estarem muito próximas ao ânus. Saiba reconhecer os sintomas de herpes genital.

O que fazer: o tratamento para herpes genital deve ser realizado sob orientação do ginecologista, que pode indicar o uso de medicamentos antivirais, como o Aciclovir ou o Valaciclovir, em forma de comprimido ou pomada.

8. Doença de Crohn vulvar

A doença genital de Crohn é uma alteração causada pela inflamação excessiva dos órgãos íntimos, levando ao aparecimento de inchaço, vermelhidão e rachaduras na vagina. Esta situação surge quando as células da doença de Crohn intestinal se espalham e migram até a vagina.

O que fazer: se a pessoa já tiver diagnóstico de doença de Crohn é necessário consultar o médico gastroenterologista regularmente para manter o tratamento e evitar que esta situação aconteça. Entretanto, se a pessoa não souber se tem a doença de Crohn e se os sintomas surgirem de repente ou piorarem ao passar dos dias é importante consultar um ginecologista para realização de exames mais específicos.

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