A hernia diafragmática congênita caracteriza-se por uma abertura no diafragma, presente ao nascimento, que permite o deslocamento dos órgãos da região abdominal para o peito.
Isto acontece porque, durante a formação do feto, o diafragma não se desenvolve corretamente, permitindo que órgãos localizados na região abdominal, se movam para o tórax, podendo pressionar os pulmões, dificultando assim o seu desenvolvimento.
Esta doença deve ser corrigida o mais rapidamente possível, sendo que o tratamento consiste na realização de uma cirurgia, para corrigir o diafragma e reposicionar os órgãos.

Quais os sintomas
Os sintomas que podem ocorrer em pessoas com hérnia diafragmática congênita, estão dependentes do tamanho da hernia, assim como dos órgão que migraram para a região do tórax. Assim, os sintomas mais comuns são:
- Dificuldade para respirar, causada pela pressão de outros órgãos sobre o pulmão, que o impediram de se desenvolver corretamente;
- Aumento da frequência respiratória, que acontece para compensar a dificuldade respiratória;
- Aumento dos batimentos do coração, que também ocorre para compensar a ineficiência dos pulmões e permitir a oxigenação dos tecidos;
- Coloração azul da pele devido à insuficiente oxigenação dos tecidos;.
Além disso, algumas pessoas podem perceber que a barriga está mais encolhida que o normal, o que se deve à região abdominal que pode recolher devido à ausência de alguns órgão que se encontram na região torácica, podendo mesmo conter os intestinos.
Possíveis causas
Ainda não se sabe ao certo o que está na origem da hérnia diafragmática congênita, mas já se sabe que se relaciona com mutações genéticas e observa-se que as mães que são muito magras ou estão abaixo do peso podem ter um risco maior de gestar uma criança com esse tipo de alteração.
Em que consiste o diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito ainda antes do nascimento, na barriga da mãe, durante a realização de uma ecografia. Se não for detectada durante exames pré-natais, geralmente é diagnosticada ao nascimento devido à presença de sintomas, como dificuldades respiratórias, movimentos anormais no tórax, coloração azulada da pele, entre outros sinais e sintomas característicos da doença.
Depois do exame físico, na presença desses sintomas, o médico pode sugerir a realização de exames de imagem como raios-X, ressonância magnética, ultrassom ou tomografia computadorizada, para observar a posição dos órgãos. Além disso, também pode solicitar a medição de oxigênio no sangue, para avaliar o funcionamento dos pulmões.
Como é feito o tratamento
O tratamento consiste em, inicialmente, realizar medidas de cuidados intensivos do bebê, e posteriormente na realização de uma cirurgia, em que a abertura no diafragma é corrigida e os órgãos são recolocados no abdômen, de forma a liberar espaço no tórax, para que os pulmões sejam capazes de se expandir corretamente.