A partir dos 4 anos de idade, a criança precisa tomar as doses de reforço de algumas vacinas, como por exemplo a da poliomielite e a que protege contra difteria, tétano e coqueluche, conhecida como DTP. Além disso, a partir dos 3 anos, é ainda possível administrar a vacina da COVID-19, no caso da Coronavac.
É importante que os pais fiquem atentos ao calendário de vacinação e mantenha as vacinas das crianças em dia para, assim, evitar doenças que podem trazer consequências graves para a saúde e até mesmo prejudicar o desenvolvimento físico e mental das crianças.
É recomendado que a partir dos 6 meses de idade seja feita a administração anual da vacina contra a gripe, também conhecida como vacina contra Influenza. É indicado que quando administrada pela primeira vez em crianças com menos de 9 anos, seja feita duas doses com intervalo de 30 dias.
Calendário de vacinação entre os 4 e 19 anos
O calendário de vacinação da criança foi atualizado em agosto de 2023 pelo Ministério da Saúde e é válido para os anos de 2024 e 2025. O calendário de vacinação determina as vacinas e os reforços que devem ser tomadas em cada idade, como mostrado a seguir:
4 anos
As vacinas indicadas aos 4 anos são:
- Reforço da vacina Tríplice Bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche: as três primeiras doses da vacina devem ser feitas nos primeiros meses de vida, sendo uma dose de reforço indicada entre os 15 e os 18 meses, e outra entre os 4 e 6 anos de idade. Especialmente em clínicas particulares esta vacina é conhecida como DTPa. Saiba mais sobre a vacina DTPa;
- Reforço da poliomielite (VOP): é administrada na forma oral a partir dos 15 meses e o 2º reforço deve ser feito entre os 4 anos de idade. As três primeiras doses da vacina devem ser feitas nos primeiros meses de vida com a vacina conhecida como VIP. Saiba mais sobre a vacina contra a poliomielite;
- Febre amarela: a primeira dose normalmente é indicada aos 9 meses e a dose de reforço aos 4 anos de idade;
- Varicela ou catapora: 2ª dose da vacina. A primeira dose dessa vacina é realizada aos 15 meses, com a vacina tríplice viral (SCR) + catapora;
- Influenza: deve ser tomada anualmente, durante as campanhas de vacinação. No entanto, para crianças menores de 9 anos que tomam a vacina pela primeira vez, são indicadas 2 doses com intervalo de 30 dias;
- Dengue (Qdenga): é recomendada a aplicação de 2 doses, 3 meses entre elas. Essa vacina pode ser tomada a partir dos 4 anos por crianças ou adultos que nunca tenham tido dengue ou que já tiveram dengue anteriormente, sendo disponibilizada gratuitamente pelo SUS. Veja quando dar a vacina da dengue.
Embora a vacina contra influenza seja recomendada anualmente, a sua aplicação pode ser feita de forma gratuita no SUS apenas para crianças até os 5 anos de idade e grupos de risco.
5 anos
As vacinas indicadas aos 5 anos são:
- Reforço da vacina Meningocócica conjugada (MenACWY): protege contra outros tipos de meningite: o reforço deve ser feito entre os 5 e 6 anos. No entanto, normalmente está disponível apenas em clínicas privadas nesta faixa de idade;
- Reforço da vacina Meningocócica conjugada C: é indicada 1 dose de reforço entre os 5 e 6 anos;
- Reforço da poliomielite (VOP): é indicada uma 2ª dose de reforço, caso esta não tenha sido feita aos 4 anos de idade.
- Reforço da vacina Tríplice Bacteriana (DTP): caso a segunda dose de reforço não tenha sido aplicada aos 4 anos;
- Influenza: a sua aplicação é indicada anualmente, no entanto, está disponível gratuitamente pelo SUS apenas para menores de 5 anos e grupos de risco.
Além disso, para crianças não vacinadas anteriormente com a vacina para febre amarela ou que não tomaram o reforço antes dos 5 anos, esta vacina também pode ser indicada pelo pediatra.
6 anos
As vacinas indicadas aos 6 anos são:
- Reforço da vacina Tríplice Bacteriana (DTP): caso a segunda dose de reforço não tenha sido aplicada aos 4 ou aos 5 anos;
- Reforço da poliomielite (VOP): é indicada uma 2ª dose de reforço, caso esta não tenha sido feita aos 4 ou aos 5 anos de idade,
- Reforço da vacina meningocócica conjugada ACWY ou C: é indicada 1 dose de reforço, caso não tenha sido feita aos 5 anos;
- Dengue (Dengvaxia): aplicada em 3 doses, com intervalo de 6 meses entre elas, em crianças a partir de 6 anos ou adultos que já tiveram dengue anteriormente. Essa vacina não é disponibilizada pelo SUS.
A vacina meningocócica C é disponibilizada gratuitamente pelo SUS até os 5 anos e a vacina ACWY dos 11 aos 14 anos, após essas idades, é encontrada em clínicas particulares.
9 anos
As vacinas indicadas aos 9 anos são:
- Vacina HPV quadrivalente: protege contra a infecção pelo Papilomavírus Humano dos tipos 6, 11, 16 e 18, prevenindo verrugas genitais, lesões pré-cancerosas e câncer do colo do útero, vulva, vagina ou ânus, causados pelo HPV. É indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, sendo aplicada apenas 1 dose única;
- Influenza: é recomendada anualmente e, nesta idade, está disponível de forma gratuita pelo SUS para crianças de grupos de risco.
A vacina contra o HPV também pode ser aplicada gratuitamente pelo SUS em pessoas entre 9 e 45 anos que tenham HIV ou que receberam transplantes de órgãos e pessoas em tratamento para câncer. Nesses casos, é feito o esquema de 3 doses. Saiba mais sobre a vacina para o HPV.
Além disso, a vacina para febre amarela também pode ser indicada, especialmente para crianças que ainda não tomaram a vacina, normalmente sendo recomendada apenas uma dose.
A vacina contra a dengue, embora não esteja incluída no Plano Nacional de Imunização (PNI), também pode ser aplicada a partir dos 9 anos para crianças com histórico de dengue, sendo indicada em três doses.
10 aos 19 anos
As vacinas indicadas dos 10 aos 19 anos são:
- Vacina Meningocócica C conjugada (ACWY): é indicado um reforço entre 11 e 14 anos de idade. Para não vacinados anteriormente, é recomendado duas doses com intervalo de cinco anos entre elas;
- Vacina meningocócica B: é recomendado 2 doses, com intervalo mínimo de 1 mês para a vacina Bexsero ou 6 meses para a vacina Trumenba;
- Dupla Adulto (dT ou dTpa): previne difteria e tétano, sendo indicada 1 dose de reforço, de preferência a dTpa, para crianças e adolescentes dos 9 aos 11 anos com o esquema vacinal da infância completo. Dos 10 aos 19 anos, com esquema vacinal incompleto, é recomendada 1 dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação com dT, para totalizar 3 doses. Para não vacinados, aplicar uma dose de dTpa e duas doses de dT;
- Influenza: é indicada anualmente, durante as campanhas de vacinação para adolescentes dos grupos de risco;
- Vacina HPV quadrivalente: mesmo que não se tenha iniciado a vacina aos 9 anos, é recomendada para meninas e meninos até os 14 anos e geralmente é aplicada em 1 dose única;
- Vacina da Hepatite B: normalmente são indicadas 3 doses se a vacina nunca foi tomada anteriormente;
- Vacina da febre amarela: deve ser feita 1 dose da vacina, se a criança ainda não for vacinada;
- Tríplice viral (SCR): previne sarampo, caxumba e rubéola e devem ser feitas 2 doses se a vacina nunca tiver sido tomada.
Assista o vídeo seguinte e entenda a importância da vacinação para a saúde:
Vacina da COVID-19 em crianças
No Brasil, existem 4 vacinas aprovadas para crianças e adolescentes:
- Vacina Pfizer baby: para bebês de 6 meses a 4 anos de idade, aplicada em 3 doses com intervalos de 4 semanas entre a 1ª e 2ª doses e 8 semanas entre a 2ª e 3ª doses;
- Vacina da Pfizer pediátrica: para crianças entre os 5 e 11 anos, com 2 doses administradas com 8 semanas de intervalo e um reforço quatro meses após a 2ª dose, exclusivamente com a vacina Pfizer pediátrica;
- Vacina da Pfizer adultos: para crianças com 12 anos ou mais, administrada em 2 doses com 8 semanas de intervalo e um reforço quatro meses após a 2ª dose;
- Vacina CoronaVac: para crianças a partir dos 3 anos, dividida em 2 doses com 28 dias de intervalo.
A diferença entre a vacina pediátrica e a de adultos da Pfizer está na quantidade de imunizante administrado, que é de 1/3 na vacina pediátrica. Entenda melhor sobre a vacina da COVID-19 em crianças.
Quando ir ao médico após a vacinação
Após tomar vacinas, é importante ficar atento para sinais de reação à vacina, como manchas vermelhas e irritação na pele, febre superior 39ºC, convulsões, tosse e dificuldade para respirar, no entanto as reações adversas relacionadas à vacina são pouco frequentes.
No entanto, quando aparecem, costumam surgir cerca de 2h após a administração da vacina, sendo necessário ir ao médico caso os sinais de reação à vacina não passem após 1 semana. Veja como aliviar os possíveis efeitos adversos das vacinas.
