O chamado "afogamento secundário" é uma complicação que pode surgir horas após um episódio de afogamento ou quase afogamento, mesmo após a pessoa ser resgatada e reanimada, podendo ser percebido através de sintomas como cansaço ou sonolência excessivos, tosse, dor de cabeça ou dificuldade para respirar.
Já o chamado “afogamento seco” é assim descrito pois não se identifica a entrada de água nos pulmões, no entanto, respirar na água pode levar a uma reação do corpo para proteger da entrada da água nos pulmões, fazendo com que ocorra espasmos e fechamento da garganta, dificultando a respiração, podendo ocorrer em menos de 1 hora após respirar na água.
Essas condições geralmente estão correlacionadas a problemas de saúde prévios da pessoa, como epilepsia, arritmia cardíaca, asma, que podem fazer com que a pessoa tenha um mal estar na água e acabe por sofrer um afogamento ou quase afogamento, e por isso, tanto o "afogamento secundário" como o "afogamento seco" são termos utilizados popularmente não sendo reconhecidos pela comunidade médica. No entanto, são condições graves que necessitam de atendimento médico imediato, pois podem colocar a vida em risco.
Sintomas do afogamento secundário
Os principais sintomas do “afogamento secundário” ou “afogamento seco” são:
- Dor de cabeça;
- Sonolência;
- Cansaço excessivo;
- Espuma saindo pela boca;
- Dificuldade para respirar;
- Dor no peito;
- Tosse constante;
- Dificuldade para falar ou se comunicar;
- Confusão mental;
- Febre.
Os sintomas do “afogamento secundário” normalmente surgem até 24 horas depois do episódio de afogamento ou quase afogamento, podendo o adulto ou a criança estar respirando normalmente e conseguir falar ou comer, mas após algum tempo pode iniciar os sintomas.
No caso do afogamento seco os sintomas podem surgir imediatamente após a criança ou o adulto sair da água ou até 24 horas após a entrada de água no nariz ou boca.
Possíveis causas
O afogamento secundário é causado pela entrada de água nos pulmões, resultando em irritação, inflamação e inchaço dos pulmões, o que interfere na oxigenação do corpo e eliminação de gás carbônico através da respiração, resultando nos sintomas.
Além disso, o afogamento secundário pode acontecer em praias, lagos, rios ou piscinas, mas também pode surgir após a inspiração do próprio vômito.
Já o afogamento seco é causado pela entrada de água no nariz ou na garganta, fazendo com ocorram espasmos e fechamento da garganta, como forma de proteger os pulmões da entrada de água, dificultando a respiração.
O que fazer se suspeitar de afogamento secundário
Em caso de quase afogamento é muito importante que a própria pessoa, familiares e amigos fiquem atentos ao aparecimento de sintomas durante as primeiras 24 horas.
Caso exista suspeita de "afogamento secundário" deve-se chamar o SAMU, ligando para o número 192, explicando o que está acontecendo ou levar a pessoa imediatamente para o hospital para que sejam realizados exames, como o raio-x e oximetria, para verificar a função respiratória.
Após o diagnóstico, o médico pode receitar uso de máscara de oxigênio e medicamentos para facilitar a retirada de líquido dos pulmões. Nos casos mais graves, a pessoa pode precisar ficar internada para garantir a respiração com ajuda de aparelhos. Saiba o que fazer em caso de afogamento com água e como evitar essa situação.
