8 situações em que a cesárea é recomendada (e quando fazer)

Atualizado em março 2023

A cesariana pode ser indicada em caso de placenta prévia, descolamento de placenta, ruptura uterina, doenças graves no bebê como gastrosquise ou hidrocefalia e, algumas vezes, a pedido da mulher a partir da 39ª semana de gestação.

Normalmente, a decisão pela cesariana é feita pelo obstetra levando em consideração o desejo da mulher, seu histórico de saúde e as alterações identificadas durante o acompanhamento no pré-natal. Conheça os exames realizados no pré-natal.

Apesar do parto normal ser a melhor forma do bebê nascer, este por vezes é contraindicado, sendo necessário realizar uma cesárea. Cabe ao médico tomar a decisão final após verificar o estado de saúde da mulher e do bebê.

Imagem ilustrativa número 1

Com quantas semanas posso fazer cesárea?

De acordo com o Conselho Federal de Medicina [1], a cesárea a pedido da mulher pode ser feita a partir da 39ª semana, ou 273 dias de gestação. Isto porque, antes das 39 semanas de gestação, os órgãos do bebê ainda não estão completamente maduros, o que aumenta o risco de complicações respiratórias, hepáticas ou cerebrais.

Se o bebê estiver encaixado, pode fazer cesárea?

Sim, é possível fazer cesárea quando o bebê está encaixado, desde que seja o desejo da mulher. Quando o bebe está encaixado, a principal indicação é a realização do parto normal quando a mulher não possui contraindicações, já que a saída do bebê é mais fácil, porém a cesárea também pode ser realizada.

Quando a cesárea é indicada

Algumas situações em que a cesárea é indicada são:

1. Placenta prévia

A placenta prévia é quando a placenta cobre ou está muito próxima da abertura interna do útero, o que pode aumentar o risco de sangramentos devido à saída do bebê no momento do parto. Entenda melhor o que é placenta prévia.

Devido ao risco de sangramento, a cesárea eletiva, que é quando a cesárea é feita de forma agendada e sem urgência, algumas vezes pode ser indicada, especialmente quando a placenta ainda está cobrindo a abertura interna do útero no final da gravidez.

2. Descolamento da placenta

O descolamento da placenta acontece quando a placenta se solta do útero antes do nascimento do bebê, o que pode causar sangramento vaginal e colocar em risco a vida do bebê e a da mãe. Conheça os principais sintomas do descolamento de placenta.

Em caso de descolamento de placenta, algumas vezes pode ser indicada a antecipação do parto que, especialmente, quando existe suspeita de sofrimento fetal, pode necessitar ser feito por cesárea.

3. Ruptura uterina

A ruptura uterina ou rotura uterina, é quando a parede do útero se rompe, podendo surgir sintomas, como sangramento vaginal e dor intensa no abdome, e colocar em risco a vida da mulher e do bebê. Geralmente, nesta situação é recomendada a cesariana de emergência. Veja mais sintomas da rotura uterina.

4. Vasa prévia

A vasa prévia é o desenvolvimento anormal de alguns vasos que conectam o cordão umbilical à placenta, apresentando maior risco de se romper durante o trabalho de parto. Devido ao risco de sangramentos que podem ameaçar a vida do bebê, geralmente é indicada a cesárea eletiva.

5. Bebê com doenças graves

Em caso de doenças graves no bebê, como hidrocefalia ou gastrosquise, quando parte do intestino ou estômago do bebê está fora do abdome, a cesárea eletiva pode ser indicada devido a um maior risco de complicações, como sofrimento fetal e lesão de órgãos. Entenda melhor o que é gastrosquise.

6. Mãe com infecção sexualmente transmissível

Caso a mãe tenha uma infecção sexualmente transmissível (IST) como herpes genital ativa ou HIV sem tratamento adequado com antirretrovirais, existe maior risco de contaminação do bebê em caso de parto normal, sendo normalmente indicada a cesárea.

7. Quando o cordão umbilical sai primeiro

A passagem do cordão umbilical pelo colo do útero antes do bebê, durante o trabalho de parto, é conhecida como prolapso do cordão umbilical e, geralmente, é uma indicação de cesárea de emergência, devido ao risco do bebê ficar sem oxigênio.

8. Posição errada do bebê

Se o bebê permanecer em posições como deitado de lado ou com a cabeça para cima e não virar até antes do parto, geralmente é indicada a cesárea, devido a um maior risco de dificuldades no momento da saída do bebê. Conheça os riscos do parto pélvico, quando o bebe fica com a cabeça para cima.