Angina instável: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em maio 2024

Angina instável é a dor ou desconforto no peito causada pela redução do fluxo de sangue e oxigênio para o coração, podendo estar acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos, suor excessivo ou palpitações, por exemplo.

A causa mais comum da angina instável é o estreitamento de uma artéria coronária por um trombo que se desenvolve em uma placa de aterosclerose, mas também pode ser causada por espasmos nas artérias coronárias.

Em caso de angina instável deve-se ir ao pronto socorro imediatamente, pois pode levar a um infarto agudo do miocárdio ou arritmias cardíacas e colocar a vida em risco. Saiba reconhecer os sintomas de infarto do miocárdio.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de angina instável

Os principais sintomas de angina instável são: 

  • Dor ou desconforto no peito, na forma de pressão, aperto, pontada ou queimação;
  • Dor que pode irradiar para a mandíbula ou os braços;
  • Dor que surge de repente e em repouso;
  • Náuseas e vômitos;
  • Suor excessivo;
  • Falta de ar;
  • Tontura;
  • Palpitações cardíacas.

A dor da angina instável geralmente não melhora com o repouso e pode piorar com o tempo, podendo resultar em infarto agudo do miocárdio.

A angina instável deve ser sempre avaliada no hospital, por isso, se existir suspeita é importante ir rapidamente à urgência ou chamar ajuda médica.

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Qual a diferença entre angina estável e instável?

A angina estável caracteriza-se por um desconforto no tórax ou no braço, não necessariamente doloroso, e está associado frequentemente ao esforço físico ou estresse, sendo aliviado depois de 5 a 10 minutos de repouso ou com nitroglicerina sublingual. Saiba mais sobre angina estável.

Já a angina instável também é caracterizada por um desconforto no peito, mas ao contrário da angina estável, ocorre geralmente em repouso, podendo, além disso, persistir por mais de 10 minutos, ser intensa e de início recente ou ser progressiva, ou seja, mais prolongada ou frequente do que antes.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da angina instável é feito pelo cardiologista no hospital, através da avaliação dos sintomas e do eletrocardiograma (ECG).

Além disso, o médico deve solicitar exames como hemograma completo, painel de coagulação, perfil metabólico, teste de troponina, peptídeo natriurético cerebral (BNP). Veja os principais exames que avaliam o coração.

Outros exames que o médico pode solicitar são raio X do tórax, angiografia coronária e/ou cateterismo cardíaco, por exemplo.

Possíveis causas

A angina instável é geralmente causada pelo acúmulo de placas de gordura no interior das artérias coronárias ou mesmo pelo rompimento dessas placas, o que pode levar a dificuldade de passagem do sangue nesses vasos.

Como o sangue é o responsável por levar oxigênio para o funcionamento do músculo do coração, a redução da passagem do sangue, diminui o oxigênio no órgão, causando assim a dor no peito. Veja quais as principais causas da aterosclerose.

As pessoas que têm um maior risco de sofrer de angina instável são aquelas que sofrem de diabetes, obesidade, história familiar de doença cardiovascular, pressão alta, colesterol elevado, uso de cigarro, ser do sexo masculino e ter uma vida sedentária.

Como é feito o tratamento

O tratamento da angina instável é feita no hospital com orientação do cardiologista, com o objetivo de restabelecer o fluxo sanguíneo e o fornecimento de oxigênio para o coração.

Assim, o tratamento inicial para a angina instável é:

  • Antiagregantes plaquetários, como ácido acetil salicílico, clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor, por via oral nos primeiros 30 minutos;
  • Vasodilatadores, como a nitroglicerina, para melhorar o fluxo sanguíneo e a pressão arterial;
  • Anticoagulantes, como a heparina;
  • Betabloqueadores, propranolol, atenolol ou metoprolol, para reduzir a pressão sanguínea e a frequência cardíaca;
  • Estatinas, como atorvastatina, sinvastatina ou rosuvastatina, para estabilizar as placas de gordura;
  • Oxigenoterapia por meio da cânula nasal de forma a manter a oxigenação adequada do corpo

Durante o internamento hospitalar, os dados vitais são monitorados e o funcionamento do coração também através do eletrocardiograma.

Quando a angina instável é conformada pelos exames de diagnóstico, o tratamento é feito com cateterismo cardíaco durante às 24h que se seguem. Veja como é feito o cateterismo cardíaco.

Possíveis complicações

As principais complicações da angina instável são infarto agudo do miocárdio, AVC, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca ou morte.

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