Clamídia: o que é, sintomas, transmissão e tratamento

Atualizado em maio 2024

Clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, podendo ser assintomática, ou resultar em sintomas como dor ou ardor ao urinar ou corrimento semelhante a pus.

Essa infecção pode atingir a uretra, reto, garganta ou colo do útero e acontece após se ter contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada afetando tanto homens como mulheres, ou pode ser transmitida da mãe para o bebê durante o parto.

O tratamento da clamídia é feito pelo ginecologista, urologista, clínico geral ou infectologista, e normalmente é feito com o uso de antibióticos para eliminar a bactéria.

Imagem ilustrativa número 2

Sintomas de clamídia

Os principais sintomas de clamídia são:

  • Dor ou ardor ao urinar;
  • Corrimento vaginal ou peniano, semelhante a pus;
  • Dor ou sangramento durante o contato íntimo;
  • Dor pélvica;
  • Dor e inchaço nos testículos, no caso dos homens;
  • Sangramento fora do período menstrual, no caso das mulheres.

Os sintomas de clamídia podem surgir 1 a 3 semanas após a relação sexual desprotegida, no entanto mesmo que não existam sinais e sintomas aparentes, a pessoa pode transmitir a bactéria.

Leia também: 8 sintomas de clamídia (feminina e masculina)tuasaude.com/sintomas-de-clamidia

No caso da infecção por clamídia na mulher não ser identificada, é possível que a bactéria se espalhe pelo útero e cause a Doença Inflamatória Pélvica (DIP), que é uma das principais causas de infertilidade e aborto na mulher. Conheça mais sobre a DIP.

Já no caso dos homens, caso a infecção não seja identificada e tratada, a bactéria responsável pela clamídia pode provocar orquite, que é a inflamação dos testículos, podendo interferir na produção de espermatozoides. Veja mais detalhes sobre a orquite.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da clamídia é feito pelo urologista ou ginecologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e sexual, e exame físico.

Consulte o médico mais próximo para investigar a possibilidade de clamídia e, assim, dar início ao tratamento mais adequado:

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Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar a análise da secreção vaginal ou peniana e o exame de urina, para identificar a presença da bactéria.

Como saber que tem clamídia?

Uma vez que a clamídia não causa sintomas em alguns casos, é aconselhado que pessoas com mais de 25 anos, com uma vida sexual ativa e com mais de 1 parceiro façam exame para IST regularmente e que as mulheres façam o exame preventivo pelo menos 1 vez ao ano ou de acordo com a orientação do ginecologista.

Leia também: 10 exames IST: quais são, o que detectam (e quando fazer)tuasaude.com/exames-ist

Como acontece a transmissão

A clamídia é uma doença infecciosa causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode ser transmitida através da relação sexual sem camisinha, seja ela oral, vaginal ou retal. 

Dessa forma, pessoas que têm vários parceiros sexuais, apresentam maior risco de ter a doença.

Além disso, a clamídia também pode passar de mãe para filho durante o parto, quando a grávida tem a infecção e não fez o tratamento adequado.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a clamídia deve ser feito com a orientação do ginecologista, urologista ou clínico geral e normalmente envolve o uso de antibióticos, como azitromicina ou doxiciclina.

É recomendado manter o tratamento mesmo que não existam mais sintomas aparentes, pois assim é possível garantir que houve a eliminação da bactéria.

O tratamento também deve ser feito pelo(a) parceiro(a), mesmo que o contato sexual tenha sido feito com preservativo. Veja mais detalhes sobre o tratamento da clamídia.

Com o tratamento adequado é possível erradicar completamente a bactéria, mas se surgirem outras complicações como a doença inflamatória pélvica ou infertilidade, elas podem ser permanentes.

Quando é possível voltar a ter relação sexual?

É indicado que a pessoa só volte a ter relações sexuais após o término do tratamento. Caso tenha sido indicado o uso de antibiótico por 7 dias, a relação sexual pode voltar a acontecer após esse período.

Já no caso de ter sido recomendado antibiótico em dose única, é indicado que a pessoa espere 7 dias após o uso do medicamento para voltar a ter relação sexual.

Clamídia tem cura?

A clamídia pode ser facilmente curada com o uso de antibióticos por 7 dias. No entanto, para garantir a cura, durante esse período é aconselhado que se evite o contato íntimo desprotegido.

Mesmo em pessoas com HIV, a infecção pode ser curada da mesma forma, não existindo necessidade de outro tipo de tratamento ou internamento.

Como prevenir

Para prevenir a clamídia deve-se usar camisinha em todas as relações sexuais, seja vaginal, anal ou oral, além de evitar múltiplos parceiros(as).

Além disso, durante o tratamento da clamídia é recomendado que não se tenha relação sexual para evitar a reinfecção.

Durante a gravidez, deve-se fazer os exames pré-natal, o que inclui o exame para a clamídia e outras infecções, e, assim, ser possível iniciar o tratamento logo em seguida para diminuir a chance de transmitir a clamídia ou outras IST's para o bebê durante a gestação ou parto.

Possíveis complicações

A clamídia pode causar complicações como:

  • Doença inflamatória pélvica (DIP);
  • Gravidez ectópica em mulheres em idade fértil;
  • Dor pélvica crônica;
  • Infertilidade.

Essas complicações podem surgir quando a clamídia não é tratada adequadamente. Por isso, é importante consultar o médico assim que surgem sintomas de clamídia para iniciar o tratamento rapidamente.

Riscos da clamídia na gravidez

A infecção por clamídia durante a gravidez pode levar ao parto prematuro, baixo peso ao nascer, morte do feto e endometrite.

Como esta doença pode passar para o bebê durante o parto normal é importante realizar exames que possam diagnosticar essa doença durante o pré-natal e seguir o tratamento indicado pelo obstetra.

O bebê afetado durante o parto pode ter complicações como conjuntivite ou pneumonia por clamídia e estas doenças também podem ser tratadas com antibióticos indicados pelo pediatra.

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