Quando fazer o primeiro ultrassom na gravidez (e quantos se faz)

Atualizado em julho 2022

O primeiro ultrassom deve ser realizado logo no 1º trimestre de gestação, entre as 11 e as 14 semanas, mas esse ultrassom ainda não permite descobrir o sexo do bebê, que normalmente só é possível por volta da semana 20.

O Ultrassom, também conhecido por ultrassonografia ou ecografia é um exame médico que permite a observação de imagens em tempo real, que deve ser realizado por toda a grávida pois ajuda a saber como o bebê está se desenvolvendo dentro do útero.

Este tipo de exame não causa dor e é bastante seguro tanto para a grávida como para o bebê, pois não utiliza qualquer tipo de radiação e a sua realização não tem efeitos colaterais, sendo por isso considerado um exame não invasivo.

Imagem ilustrativa número 2

Quantos ultrassom se deve fazer na gravidez

O mais comum é ser recomendado fazer 1 ultrassom por trimestre, no entanto, caso o médico tenha alguma suspeita ou caso algum exame indique uma possível alteração na gestação, pode ser recomendado repetir o ultrassom mais regularmente, não existindo, por isso, um número certo de ultrassons durante a gravidez.

Assim, além do primeiro ultrassom feito entre as semanas 11 e 14, no mínimo, também se deve fazer um ultrassom no 2º trimestre de gravidez, perto da semana 20, quando já é possível determinar o sexo do bebe e um 3º ultrassom, entre a 34 e a 37 semana de gestação. 

Doenças e problemas que podem ser detectados

O ultrassom deve ser realizado mais de uma vez ao longo da gravidez porque ao longo dos trimestres, e consoante o crescimento e desenvolvimento do bebê, vai permitir identificar diferentes problemas no bebê:

No 1º trimestre de gravidez

No primeiro trimestre de gravidez, o ultrassom serve para: 

  • Identificar ou confirmar a idade gestacional do bebê; 
  • Determinar quantos bebês há na barriga, sendo isto especialmente importante para mulheres que tenham realizados tratamentos de fertilidade; 
  • Determinar onde ocorreu a implantação do embrião no útero.

No caso de ter ocorrido sangramento vaginal, a realização desse exame é essencial para descartar a possibilidade de aborto espontâneo e a de gravidez fora do útero. Veja quais os sintomas que podem indicar um possível aborto.

No 2º trimestre de gravidez

Já no segundo trimestre de gravidez, com o desenvolvimento e crescimento do bebê o exame já consegue fornecer uma maior quantidade de informação, como: 

  • Presença de alguns problemas genéticos como a síndrome de Down por exemplo. Para isso, neste ultrassom é realizado um exame chamado de Translucência Nucal, uma medida que é realizada na região da nuca do feto. 
  • Determinação de malformações que o bebê possa ter;
  • Determinação do sexo do bebê, que geralmente só é possível por volta da 20 semana de gestação; 
  • Avaliação do estado de desenvolvimento dos órgãos do bebê, incluindo o coração; 
  • Avaliação do crescimento do bebê; 
  • Determinação da localização da placenta, que no final da gravidez não deve cobrir o colo do útero, caso isso aconteça existe o risco do bebê não poder nascer de parto normal. 

Além disso, a microcefalia é outra doença que pode ser identificada nesse período, pois caso ela esteja presente a cabeça do bebê e o cérebro são menores que o esperado. Saiba mais em Entenda o que é Microcefalia e quais são as consequências para o bebê.

No 3º trimestre de gravidez

  • Nova avaliação do crescimento e desenvolvimento do bebê;
  • Determinação e avaliação do nível do líquido amniótico;
  • Localização da placenta. 

Além disso, a realização desse exame neste período pode ser especialmente necessária quando existem sangramentos não pontuais e não explicados. 

Que tipos de Ultrassom podem ser realizados

Consoante a necessidade, existem diferentes tipos de ultrassom que podem ser realizados, que fornecem mais ou menos informação sobre o bebê. Assim, os diferentes tipos de ultrassom que podem ser utilizados são: 

  1. Ultrassom Intravaginal: só deve ser feito no inicio da gestação até as 11 semanas e algumas vezes serve para confirmar a gravidez no lugar do exame de sangue. Este é realizado internamente, através da colocação de um aparelho chamado transdutor na vagina e é recomendado a partir da 5 semana de gestação.
  2. Ultrassom Morfológico: consiste num ultrassom com imagens mais detalhadas que o anterior, que permitem a avaliação do crescimento do bebê e o desenvolvimento dos seus órgãos. 
  3. Ultrassom em 3D: tem imagens ainda melhores que o ultrassom morfológico e o fato de a imagem ser dada em 3D aumenta a nitidez. Com este tipo de ultrassom, é possível fazer um melhor rastreio de possíveis más-formações no bebê, já sendo também possível ver os traços do seu rosto. 
  4. Ultrassom em 4D: é o ultrassom que combina a qualidade de imagem do 3D com os movimentos do bebê em tempo real. Assim, a sua imagem 3D em tempo real permite fazer uma análise detalhada os movimento do bebê. 

Tanto o Ultrassom em 3D como o Ultrassom em 4D devem ser realizados entre as semanas 26 e 29, pois é nesse período que se espera que a imagem seja mais nítida. Saiba mais sobre este assunto em Ultrassom 3D e 4D mostram detalhes do rosto do bebê e identificam doenças.

Toda grávida deve realizar no mínimo 3 ultrassons durante a gestação, algumas vezes 4 se for realizado um ultrassom intravaginal logo no início da gravidez. Mas, cada gestação é diferente e é o obstetra quem deve indicar quantos exames são necessários. 

Na maioria dos casos, é usado o ultrassom morfológico, sendo apenas utilizado os ultrassons 3D ou 4D caso existam algumas suspeitas de problemas ou más-formações no bebê, ou caso a mãe deseje ver os traços dos seu rosto.