Trombose na gravidez: sintomas, tratamento e como evitar

Atualizado em junho 2023

​A trombose na gravidez é uma alteração na circulação que acontece devido às alterações hormonais desse período e compressão do útero na região pélvica, que dificulta a circulação de sangue nas pernas, facilitando a formação de coágulos e, consequentemente, a trombose.

Por causa da obstrução da veia ou artéria pelo coágulo e, consequentemente, alteração no fluxo sanguíneo, podem ser notados sintomas como sensação de peso nas pernas, inchaço e vermelhidão local, dor na região anal e perda de força em um dos lados do corpo, por exemplo.

Os sintomas da trombose na gravidez podem variar de acordo com o tipo da trombose, sendo importante que o obstetra seja consultado assim que surgirem os primeiros sintomas sugestivos de trombose para que seja iniciado o tratamento logo em seguida e prevenir complicações para a mulher e para o bebê.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de trombose na gravidez

Os principais sintomas de trombose na gravidez são:

  • Sensação de peso nas pernas;
  • Pernas doloridas e inchadas;
  • Veias dilatadas e visíveis;
  • Dor na região anal e sangramento;
  • Perda de força em um lado do corpo;
  • Dificuldade para falar.

Os sintomas podem variar de acordo com o tipo de trombose, no entanto, em todos os casos é fundamental que a mulher seja avaliada pelo médico para que seja iniciado o tratamento mais adequado, prevenindo complicações.

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Teste online de sintomas

Selecione no teste a seguir os sintomas apresentados para saber o seu risco de trombose na perna durante a gravidez:

  1. 1. Dor repentina em uma das pernas que piora ao longo do tempo
  2. 2. Inchaço em uma das pernas, que vai aumentando
  3. 3. Vermelhidão intensa na perna afetada
  4. 4. Sensação de calor ao tocar na perna inchada
  5. 5. Dor ao tocar na perna
  6. 6. Pele da perna mais dura que o normal
  7. 7. Veias dilatadas e mais facilmente visíveis na perna

O teste de sintomas é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substituindo a consulta com o obstetra.

Risco de trombose na gravidez

O risco de trombose é maior na gravidez devido a alterações que normalmente ocorrem no corpo da mulher e que aumentam a capacidade de coagulação do sangue. Este risco tende a ser semelhante durante todos os 3 trimestres da gestação e pode permanecer elevado por até 3 meses após o parto.

No entanto, em caso de histórico anterior de trombose, idade superior a 35 anos, primeira gravidez, obesidade e doenças, como síndrome do anticorpo antifosfolípide ou  trombofilias, o risco de trombose também tende a ser maior. Entenda melhor o que são trombofilias na gravidez e os riscos.

O que fazer em caso de suspeita de trombose

Na presença de qualquer sintoma que possa ser indicativo de trombose na gravidez, a mulher deve ligar imediatamente para o 192 ou ir ao pronto-socorro, já que a trombose é uma doença grave, que pode causar embolia pulmonar na mãe caso o coágulo se desloque até os pulmões, gerando sintomas como falta de ar, tosse com sangue ou dor no peito.

Já quando a trombose surge na placenta ou no cordão umbilical, geralmente não há sintomas, mas a diminuição dos movimentos do bebê pode indicar que algo está errado com a circulação sanguínea, sendo, também importante procurar atendimento médico nesta situação.

Principais tipos de trombose na gravidez

Os tipos mais comuns de trombose na gravidez incluem:

  • Trombose venosa profunda: é o tipo mais comum de trombose, e afeta mais frequentemente as pernas, apesar de poder surgir em qualquer região do corpo;
  • Trombose hemorroidária: pode surgir quando a grávida tem hemorroidas e é mais frequente quando o bebê tem um peso muito elevado ou durante o parto;
  • Trombose na placenta: causado por coágulo nas veias da placenta, podendo provocar aborto nos casos mais graves;
  • Trombose no cordão umbilical: apesar de ser uma situação muito rara, este tipo de trombose acontece nos vasos do cordão umbilical, impedindo o fluxo de sangue ao bebê e causando, também, redução dos movimentos do bebê;
  • Trombose cerebral: provocada por um coágulo que chega até o cérebro, provocando sintomas de AVC, como falta de força num lado do corpo, dificuldade para falar e boca torta, por exemplo.

A trombose na gravidez, embora rara, é mais frequente em gestantes com idade superior a 35 anos, que já tiveram episódio de trombose numa gravidez anterior, estão grávidas de gêmeos ou que têm excesso de peso. Esta condição é perigosa, e quando identificada, deve ser tratada pelo obstetra com injeções de anticoagulantes, como a heparina, durante a gestação e 6 semanas após o parto.

Como é feito o tratamento

A trombose na gravidez tem cura, e o tratamento deve ser indicado pelo obstetra e, normalmente, inclui o uso de injeções de heparina, que ajudam a dissolver o coágulo, diminuindo o risco de formação de novos coágulos.

Na maior parte dos casos, o tratamento para trombose na gravidez deve ser mantido até ao final da gestação e até 6 semanas após o parto, pois durante o nascimento do bebê, seja por parto normal ou cesárea, as veias abdominais e pélvicas das mulheres sofrem lesões que podem aumentar o risco de formação de coágulos.

Como evitar a trombose na gravidez

Alguns cuidados para evitar a trombose na gravidez são:

  • Utilizar meias de compressão desde o início da gestação, para facilitar a circulação sanguínea;
  • Fazer exercício físico leve regular, como caminhadas ou natação, para melhorar a circulação do sangue;
  • Evitar ficar mais de 8 horas deitada ou mais de 1 hora sentada;
  • Não cruzar as pernas, pois dificulta a circulação de sangue nas pernas;
  • Ter uma alimentação saudável, pobre em gordura e rica em fibras e água;
  • Evitar fumar ou conviver com pessoas que fumam, porque a fumaça do cigarro pode aumentar o risco de trombose.

Estes cuidados devem ser feitos, principalmente, pela grávida que teve trombose na gravidez anterior. Além disso, a gestante deve informar o obstetra que já teve trombose, para iniciar o tratamento com injeções de heparina, se necessário, de forma a prevenir o surgimento de uma nova trombose.