Coração do lado de fora do peito: Porque acontece e como tratar

Atualizado em fevereiro 2019

A ectopia cordis, também conhecida como ectopia cardíaca, é uma malformação bastante rara na qual o coração do bebê se localiza fora do peito, por baixo da pele. Nesta malformação, o coração pode se localizar completamente fora do tórax ou estar apenas parcialmente fora do peito.

Na maioria dos casos, existem outras malformações associadas e, por isso, a esperança média de vida é de poucas horas, sendo que a maioria dos bebês acaba por não sobreviver após o primeiro dia de vida. A ectopia cordis pode ser identificada logo no primeiro trimestre de gravidez, através do exame de ultrassom, mas também existem casos mais raros nos quais a malformação só é observável após o nascimento.

Além de defeitos no coração, essa doença também estar associada a defeitos na estrutura do tórax, do abdômen e de outros órgãos, como intestino e pulmões. Este problema deve ser tratado com cirurgia para recolocar o coração no local, mas o risco de morte é elevado.

Imagem ilustrativa número 1

O que causa esta malformação

A causa específica da ectopia cordis ainda não é conhecida, no entanto, é possível que a malformação surja devido a um incorreto desenvolvimento do osso do esterno, que acaba ficando ausente e permitindo que o coração passe para fora do peito, ainda durante a gestação.

O que acontece quando o coração está fora do peito

Quando o bebê nasce com o coração fora do peito, geralmente também apresenta outras complicações de saúde como:

  • Defeitos no funcionamento do coração;
  • Defeitos no diafragma, levando a dificuldade para respirar;
  • Intestino fora do local adequado.

O bebê com ectopia cordis tem maior chance de sobrevivência quando o problema é apenas a má localização do coração, sem outras complicações associadas.

Quais as opções de tratamento

O tratamento só é possível através de cirurgia para recolocar o coração no lugar e reconstruir defeitos no tórax ou em outros órgãos que também tenham sido atingidos. A cirurgia normalmente é feita nos primeiros dias de vida, mas irá depender da gravidade da doença e do estado de saúde do bebê.

No entanto, a ecotopia cordis é um problema grave e que na maior parte dos casos leva à morte logo nos primeiros dias de vida, mesmo quando a cirurgia é realizada. Os pais de crianças com esta doença podem fazer exames genéticos para avaliar as chances de recorrência do problema ou de outros defeitos genéticos na próxima gravidez.

Nos casos em que o bebê consegue sobreviver, geralmente é necessário recorrer a várias cirurgias ao longo da vida, assim como manter um cuidado médico regular, para garantir que não surgem complicações que possam colocar a vida em risco.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito a partir da 14ª semana de gravidez, através dos exames de ultrassom convencional e morfológico. Após o diagnóstico do problema, outros exames de ultrassom devem ser feitos com frequência para acompanhar o desenvolvimento do feto e o agravamento ou não da doença, para que o parto através de cesariana seja marcado.