Tratamento para cirrose hepática: dieta, remédios e opções naturais

Atualizado em julho 2023

O tratamento para cirrose hepática é indicado pelo gastroenterologista ou hepatologista de acordo com a causa, sintomas e gravidade da doença, podendo ser recomendado o uso de medicamentos, dieta adequada ou transplante de fígado nos casos mais graves.

A cirrose hepática é uma inflamação crônica do fígado caracterizada pela formação de nódulos e tecido fibroso, o que interfere no funcionamento desse órgão, podendo ser causado pelo consumo excessivo de álcool ou uso crônico de medicamentos, por exemplo. Conheça outras causas de cirrose hepática.

Essa doença não tem cura e o seu tratamento é complexo e individualizado, sendo importante iniciar o mais breve possível para evitar que a doença agrave e para prevenir complicações.

Imagem ilustrativa número 1

Como é feito o tratamento

As principais opções de tratamento para a cirrose hepática que podem ser recomendadas pelo médico são:

1. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos para tratar a cirrose hepática pode variar de acordo com a causa, sintomas e possíveis complicações, de forma que o médico pode recomentar:

  • Antirretrovirais, nos caso de ser causada pelos vírus da hepatite B e C;
  • Corticoesteroides ou imunossupressores, quando acontece devido a uma hepatite autoimune;
  • Ácido ursodesoxicólico e ácido obeticólico, quando a cirrose é causada por uma colangite biliar primária;
  • Quelação de cobre, quando é devido à doença de Wilson;
  • Quelação de ferro, quando é devido à hemocromatose;
  • Diuréticos, nos casos em que há grande acúmulo de líquido no corpo;
  • Colestiramina, rifampicina, naltrexona ou sertralina, nos casos de coceira intensa na pele.

Além disso, também pode ser indicado o uso de analgésicos para aliviar a dor abdominal, que devem ser tomados de acordo com a orientação do médico, uma vez que pode interferir no funcionamento do fígado.

2. Dieta para cirrose

A dieta para cirrose hepática deve ser indicada pelo nutricionista de forma individualizada, podendo variar de acordo com o estado da doença, ou seja, se está compensada ou descompensada. 

No entanto, de forma geral, é recomendada a abstinência de álcool, independentemente se é ou não o agente responsável pela cirrose, e uma alimentação saudável e equilibrada, devendo fazer 6 a 7 refeições por dia.

É importante incluir uma refeição antes de dormir que deve conter carboidratos complexos e proteínas, já que assim é possível diminuir as horas de jejum e prevenir a perda de massa muscular. Veja como deve ser a dieta para a cirrose.

3. Transplante de fígado

O transplante de fígado é indicado pelo médico em casos mais graves, quando a cirrose hepática está descompensada, o fígado está gravemente comprometido e deixa de funcionar corretamente, ou quando o tratamento com medicamentos não está sendo eficaz. Este tipo de tratamento também pode ser indicado nos casos em que o fígado está afetado com um tumor.

Após a indicação deste procedimento, é necessário esperar na fila de doações, pois é somente depois de encontrar um doador que será programada a cirurgia de transplante. Entenda como funciona o transplante de fígado e como é a recuperação.

Qual médico consultar

O médico mais indicado para avaliar a cirrose hepática e indicar o tratamento mais adequado é o hepatologista. No entanto, também é possível consultar um gastroenterologista ou, até um clínico geral, que poderá encaminhar para o hepatologista caso exista necessidade de um tratamento mais especializado.

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Complicações da cirrose hepática

A cirrose hepática deve ser tratada assim que for feito o diagnóstico, pois pode provocar complicações como ascite, que é o acúmulo de líquidos no abdome e que se desenvolve porque a pressão na artéria do fígado aumenta, fazendo com que os vasos sanguíneos fiquem comprimidos. Para reverter essa complicação são necessários uso de medicamentos e a realização de paracentese. Veja mais como é feita a paracentese.

Outras complicações da cirrose hepática podem ser as varizes esofágicas, que ocorrem devido ao rompimento de vasos sanguíneos no esôfago, provocados pelo aumento da pressão, e peritonite, que é a inflamação da membrana que encobre o abdome. Também podem surgir complicações cerebrais e pulmonares por causa da diminuição de oxigênio no sangue.