Linfoma não Hodgkin: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em julho 2023

O linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer que se origina nas células brancas do sangue, chamadas linfócitos, que crescem de forma desordenada, levando ao surgimento de sintomas, como ínguas no pescoço, virilha ou axila, suor noturno, perda de peso, febre, cansaço, coceira no corpo ou sensação de falta de ar, por exemplo.

Alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento do linfoma não Hodgkin incluem exposição a altas doses de radiação, infecção pelo HIV, mononucleose ou hepatite, ou doenças autoimunes que afetam o sistema imunológico, como lúpus, anemia hemolítica ou artrite reumatoide.

Em caso de suspeita de linfoma não Hodgkin, é importante consultar um oncologista ou clínico geral, para fazer uma avaliação completa e indicar o tratamento mais adequado, que pode ser feito através de cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou até transplante de medula óssea.

Imagem ilustrativa número 2

Sintomas do linfoma não Hodgkin

Os principais sintomas do linfoma não Hodgkin são:

  • Ínguas no pescoço, axilas e virilhas;
  • Suor noturno;
  • Febre ou calafrios;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Cansaço excessivo;
  • Dor ou inchaço na barriga;
  • Coceira no corpo;
  • Perda do apetite.

Além disso, a pessoa com linfoma não Hodgkin também pode apresentar náuseas, vômitos, dor de cabeça, sensação de falta de ar, caroços vermelhos ou roxos na pele, sangramento fácil, dor ou sensação de pressão no peito, tosse, visão dupla, dificuldade para falar, confusão mental, convulsões ou paralisia.

No entanto, na maioria dos casos o linfoma não provoca qualquer tipo de sintoma, só sendo identificado em fases mais avançadas. Por isso, é importante consultar o clínico geral assim que notar o aparecimento de ínguas, principalmente se estiver acompanhado de outros sintomas, para que sejam feitos exames e, em caso de confirmação da doença, seja iniciado o tratamento o mais breve possível.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do linfoma não Hodgkin é feito inicialmente pelo clínico geral e, em seguida, pelo oncologista através do exame físico, da avaliação dos sintomas e histórico de saúde da pessoa.

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Além disso, o médico também solicita exames de sangue, como hemograma completo, testes de função hepática e renal, e níveis de lactato desidrogenase, rastreio de infecções sexualmente transmissíveis, como HIV e hepatite B, e exames de imagem, como raio X, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou ultrassom.

Outros exames que o médico também pode solicitar para confirmar a doença e identificar o tipo de tumor e o seu estágio, são ecocardiograma, testes de função pulmonar, biópsia do linfonodo ou do tecido afetado, mielograma, punção lombar, peritoneal ou pleural.

Possíveis causas

As causas exatas do linfoma não Hodgkin ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que ocorre devido a uma mutação no DNA nos linfócitos, que passam a se multiplicar de forma descontrolada.

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do linfoma não Hodgkin, como:

  • Histórico familiar de linfoma não Hodgkin;
  • Idade, sendo mais comum após os 60 anos;
  • Sexo, sendo mais comum em homens do que mulheres;
  • Algumas infecções por vírus ou bactérias, como H. pylori, HIV, hepatite, Epstein-Barr ou HTLV 1;
  • Doença celíaca;
  • Doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus, anemia hemolítica ou Síndrome de Sjögren;
  • Uso de remédios imunossupressores;
  • Tratamento anterior com quimioterapia ou radioterapia.

Além disso, o linfoma de Hodgkin também pode surgir em crianças, sendo que o risco é aumentado em crianças que têm alguma doença congênita que provoca uma deficiência do sistema imunológico, como ataxia telangiectasia, síndrome de Chediak-Higashi, síndrome de Wiskott-Aldrich, síndrome linfoproliferativa ligada ao X, ou ainda devido à infecção pelo HIV ou mononucleose, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento do linfoma não Hodgkin deve ser feito de acordo com a orientação do oncologista ou oncohematologista, e varia conforme o tipo e estadiamento do linfoma, podendo ser indicada a realização de cirurgia e o uso de medicamentos que diminuem a multiplicação do tumor, estimulam a produção de células sanguíneas e melhoram a qualidade de vida da pessoa.

Assim, o tratamento para esse tipo de linfoma é feito com uma combinação de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, onde são indicados uso de medicamentos que atuam com o objetivo de parar a multiplicação de células cancerígenas, eliminar o tumor e aumentar a produção das células de defesa do organismo.

As sessões de quimioterapia duram em média 4 horas, em que a pessoa recebe medicamentos injetáveis. No entanto, quando o linfoma não Hodgkin é mais grave, o médico também pode indicar a realização de sessões de radioterapia no local do linfoma. Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia podem provocar o aparecimento de efeitos colaterais como náuseas e queda de cabelo.

Além disso, o médico também pode indicar o tratamento com transplante de medula óssea ou a terapia gênica de CAR T-cell, que é uma técnica que consiste em alterar o sistema imunológico para que as células tumorais sejam facilmente reconhecidas e eliminadas do organismo. Conheça mais sobre a terapia gênica de CAR T-cell.

O linfoma não Hodgkin tem cura?

O linfoma não Hodgkin tem cura, principalmente quando é diagnosticado nos estágios iniciais. Além disso, dependendo do tipo de tumor, estágio, estado de saúde geral da pessoa e o tipo de tratamento usado, o linfoma de Hodgkin pode ter cura.

Por isso, é importante fazer exames ou consultas médicas regulares, especialmente no caso de pessoas que possuem fatores de risco, para que o linfoma não Hodgkin seja diagnosticado precocemente e o tratamento seja iniciado o mais rápido possível, aumentando, assim, as chances de cura.