Saturação baixa: o que é, sintomas e o que fazer

Atualizado em novembro 2022

A saturação baixa é quando o oxigênio não consegue chegar nos tecidos de todo o corpo devido a alterações no sangue, doenças pulmonares ou problemas de circulação, por exemplo.  

A falta de oxigênio no sangue, também chamada de hipoxia, é uma condição grave, que pode provocar lesões nas células e, consequentemente, aumentar o risco de morte. 

O cérebro é um órgão mais prejudicado nesta situação, pois suas células podem morrer em cerca de 5 minutos pela falta de oxigênio. Por isso, sempre que forem identificados sinais de falta de oxigênio, é importante dirigir-se ao pronto-socorro o mais rápido possível.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de saturação baixa

Os principais sintomas de falta de oxigênio são:

  1. Falta de ar;
  2. Respiração acelerada;
  3. Palpitações;
  4. Irritação;
  5. Tontura;
  6. Suor excessivo;
  7. Confusão mental;
  8. Sonolência;
  9. Desmaio;
  10. Cianose, que são as extremidades dos dedos ou lábios arroxeados;
  11. Coma.

Para identificar a falta de oxigênio, o médico poderá identificar os sinais através do exame físico e solicitar exames, como oximetria de pulso ou gasometria arterial, por exemplo, que conseguem identificar a concentração de oxigênio da circulação sanguínea.

Saiba mais sobre os exames que confirma a falta de oxigênio. 

Como medir a saturação de oxigênio

A forma mais rápida de medir a saturação de oxigênio é através de um oxímetro de dedo, que é um aparelho que deve ser colocado na ponta do dedo e que contém um sensor de luz capaz de captar a quantidade de oxigênio que está circulante no sangue.

De forma geral, pessoas saudáveis apresentam saturação de oxigênio acima de 95%, no entanto essa saturação pode chegar até 93% em caso de gripe e resfriado, não sendo motivo de preocupação. No entanto, quando a saturação de oxigênio encontra-se menor que 90% pode ser sinal de doenças mais graves.

Para saber se a sua saturação está num valor ideal, preencha os dados da calculadora:

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Erro
Ex: asma, DPOC, insuficiência cardíaca...
Erro

Outra forma de medir a saturação de oxigênio é através do exame de gasometria arterial, que é feito a partir de uma amostra de sangue arterial, que é analisado em laboratório e que fornece, além da saturação de oxigênio, a quantidade de gás carbônico circulante, pH e a quantidade de bicarbonatos no sangue. Saiba mais sobre como medir a saturação de oxigênio.

Principais causas da saturação baixa

A saturação baixa pode acontecer como consequência de diversas situações, sendo as principais:

1. Altitude

Os locais que possuem altitude maior que 3.000 metros pode aumentar o risco de falta de oxigênio, pois quanto mais afastado do nível do mar, menor a concentração de oxigênio no ar, de forma que o oxigênio no ar respirado não é suficiente.

Essa situação é conhecida como hipoxia hipobárica e pode resultar em algumas complicações, como edema pulmonar não cardiogênico agudo, edema cerebral, desidratação e hipotermia.

2. Doenças pulmonares

Alterações nos pulmões provocadas por doenças como asma, enfisema, pneumonia ou edema agudo de pulmão, por exemplo, dificultam a entrada de oxigênio através das suas membranas para a circulação sanguínea, reduzindo a quantidade de oxigênio no organismo.

Também há outros tipos de situações que impedem a respiração, como doenças neurológicas ou coma, em que os pulmões não consegue fazer o seu trabalho corretamente. 

3. Alterações no sangue

A anemia, provocada por falta de ferro ou vitaminas, sangramentos, ou doenças genéticas como a anemia falciforme podem causar a falta de oxigênio no corpo, mesmo que a respiração funcione normalmente.

Isto acontece porque na anemia há menor concentração de hemoglobina nas hemácias, que é a responsável pelo transporte de oxigênio para todos os órgãos. Dessa forma, como há menor quantidade de hemoglobina, o transporte de oxigênio acaba sendo prejudicado.

4. Má circulação sanguínea

Acontece quando a quantidade de oxigênio é suficiente no sangue, entretanto, o sangue não consegue chegar aos tecidos do corpo, devido a uma obstrução, como acontece no infarto, ou quando a circulação na corrente sanguínea é fraca, provocada por uma insuficiência cardíaca, por exemplo. 

5. Intoxicação

Situações como envenenamento a base de monóxido de carbono ou intoxicações por certos medicamentos, cianeto, álcool ou substâncias psicoativas podem impedir a ligação do oxigênio à hemoglobina ou impedir a captação do oxigênio pelos tecidos, por isso, também podem provocar falta de oxigênio.

6. Hipóxia neonatal

A hipóxia neonatal acontece pela deficiência de suprimento de oxigênio ao bebê através da placenta materna, provocando o sofrimento fetal.

Ela pode surgir antes, durante ou depois do parto, devido a alterações maternas, relacionadas à placenta ou ao feto, podendo ter consequências para o bebê como paralisia cerebral e atraso mental.

7. Causas psicológicas

As pessoas que apresentam algum tipo de transtorno psicológico utilizam maior quantidade de oxigênio quando encontram-se em uma situação de estresse, o que pode levar ao aparecimento de sinais e sintomas como falta de ar, palpitações e confusão mental.

8. Clima

Em condições ambientais extremas de frio ou calor, há aumento da necessidade por oxigênio para manter o metabolismo do corpo em suas funções normais, havendo uma diminuição da tolerância à hipóxia.

O que fazer na falta de oxigênio

O tratamento para a falta de oxigênio costuma ser iniciado com o uso de máscara de oxigênio para buscar normalizar os seus níveis de no sangue, no entanto, a situação só será realmente tratada com a resolução da causa.

Assim, a depender da causa, são indicados pelo médico tratamentos específicos como uso de antibiótico para pneumonia, nebulização para asma, medicamentos para melhorar o funcionamento dos pulmões ou coração, tratamentos para anemia ou antídotos para os envenenamentos, por exemplo.

Em casos graves, que são provocados por lesões no cérebro ou que não podem ser resolvidos imediatamente, pode ser necessário o uso da respiração artificial através de aparelhos, em ambiente de UTI e com uso de medicamentos sedativos, até que o médico consiga estabilizar a capacidade respiratória.