Síndrome de Bartter: o que é, principais sintomas e tratamento

Atualizado em agosto 2020

A Síndrome de Bartter é uma doença rara que afeta os rins e provoca a perda de potássio, sódio e cloro pela urina. Esta doença diminui a concentração de cálcio no sangue e aumenta a produção de aldosterona e renina, hormônios envolvidos no controle da pressão arterial.

A causa da Síndrome de Bartter é genética e é uma doença que passa de pais para filhos, atingindo os indivíduos desde a infância. Essa síndrome não tem cura, porém se diagnosticada cedo, pode ser controlada através de medicação e suplementos minerais.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os sintomas da Síndrome de Bartter surgem logo na infância, sendo os principais:

  • Desnutrição;
  • Retardo no crescimento;
  • Fraqueza muscular;
  • Retardo mental;
  • Aumento do volume de urina;
  • Muita sede;
  • Desidratação;
  • Febre;
  • Diarreia ou vômitos.

As pessoas com a Síndrome de Bartter apresentam baixos níveis de potássio, cloro, sódio e cálcio no sangue, porém não têm alterações nos níveis da pressão arterial. Algumas pessoas podem apresentar características físicas sugestivas da doença, como face triangular, testa mais saliente, olhos grandes e orelhas voltadas para frente.

O diagnóstico da Síndrome de Bartter é feito pelo médico urologista, através da avaliação dos sintomas do paciente e exames de sangue que detectam níveis irregulares na concentração de potássio e hormônios, como aldosterona e renina.

Como é feito o tratamento

O tratamento da Síndrome de Bartter é feito com o uso de suplementos de potássio ou outros minerais, como magnésio ou cálcio, para aumentar a concentração destas substâncias no sangue, e ingestão de grandes quantidades de líquidos, compensando a grande perda de água pela urina. 

Os remédios diuréticos que mantém potássio, como a espironolactona, também são utilizados no tratamento da doença, bem como anti-inflamatórios não esteroides como indometacina, que devem ser tomados até ao final do crescimento para possibilitar um desenvolvimento normal do indivíduo. 

Os pacientes devem fazer exames de urina, de sangue e ultrassom dos rins. Isso serve para vigiar o funcionamento dos rins e do trato gastrointestinal, prevenindo os efeitos do tratamento nestes órgãos.