Rivastigmina: para que serve, como usar e efeitos colaterais

Atualizado em setembro 2023

Rivastigmina é um remédio indicado para o tratamento do Alzheimer e doença de Parkinson, pois aumenta a quantidade a acetilcolina no cérebro, uma substância importante para o funcionamento da memória, aprendizagem e orientação. 

Esse remédio é fornecido gratuitamente pelo SUS para o tratamento do Alzheimer, desde que tenha indicação médica, ou pode ser comprado em farmácias ou drogarias na forma de cápsulas, solução oral ou adesivos transdérmicos, como genérico "hemitartarato de rivastigmina" ou com os nomes comerciais Exelon ou Vivencia.

A rivastigmina deve ser usada com indicação do neurologista, sendo vendida mediante apresentação da prescrição médica e retenção de uma via da receita pela farmácia.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A rivastigmina é indicada no tratamento da demência leve a moderadamente grave causada por:

  • Alzheimer
  • Doença de Parkinson.

A rivastigmina não cura o Alzheimer ou a doença de Parkinson, mas ajuda a melhorar a cognição e memória, e a atrasar a evolução da doença.

Esse remédio deve ser usado com indicação do neurologista, com acompanhamento médico regular para avaliar o efeito da rivastigmina e o surgimento de efeitos colaterais.

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Como usar

A forma de usar a rivastigmina varia de acordo com sua apresentação e inclui:

1. Rivastigmina cápsulas

As cápsulas são encontradas em diferentes doses, podendo conter 1,5 mg, 3 mg, 4,5 mg ou 6 mg de rivastigmina, devendo ser tomadas por via oral, junto com as refeições da manhã e da noite.

A dose inicial normalmente recomendada para adultos é de 1 cápsula de rivastigmina 1,5 mg, 2 vezes por dia.

Essa dose pode ser aumentada pelo médico para 3 mg, 2 vezes por dia, após 2 semanas de tratamento. Assim como, o médico pode aumentar a dose em intervalos de no mínimo 2 semanas, para 4,5 mg ou 6 mg, 2 vezes por dia, o que varia com a tolerância da pessoa ao tratamento.

A dose de manutenção normalmente recomendada é de 1,5 mg a 6 mg de rivastigmina, 2 vezes por dia.

A dose máxima diária não deve ultrapassar 6 mg por dia.

2. Rivastigmina solução oral

A solução oral de 2 mg/mL de rivastigmina também deve ser tomada por via oral, sem diluir em água ou outro líquido, e a dose deve ser medida utilizando a seringa dosadora fornecido na embalagem.

A dose inicial da solução oral de rivastigmina é de 1,5 mg, 2 vezes por dia. No caso de pessoas com uma sensibilidade maior aos medicamentos colinérgicos, é recomendada uma dose inicial de 1 mg, 2 vezes por dia.

Essas doses podem ser aumentadas gradualmente pelo médico em intervalos de no mínimo 2 semanas, para 3 mg, 4,5 mg ou 6 mg, 2 vezes por dia.

A dose de manutenção varia de 1,5 mg a 6 mg, 2 vezes por dia, e a dose máxima diária não deve ultrapassar 6 mg, 2 vezes por dia.

3. Rivastigmina adesivo transdérmico

O adesivo transdérmico (Exelon patch ou Vivencia patch) pode conter 9 mg, 18 mg ou 27 mg de rivastigmina, e deve ser usado aplicando o adesivo sob a pele da parte superior ou inferior das costas, braço ou peito, após lavar e secar bem a pele. Deve-se pressionar o adesivo na pele por pelo menos 30 segundos para que fique bem colado.

O adesivo deve ser trocado a cada 24 horas, sendo recomendado variar o local da aplicação para evitar irritação na pele, devendo-se aguardar pelo menos 14 dias para aplicar no mesmo local.

A dose inicial recomendada é de 1 adesivo transdérmico de 9 mg de rivastigmina, que deve ficar na pele por 24 horas e ser trocado no dia seguinte.

A cada 4 semanas de tratamento, o médico pode recomendar aumentar a dose gradualmente para o adesivo transdérmico de 18 mg ou 27 mg, 1 vez por dia, trocado a cada 24 horas.

A dose de manutenção geralmente recomendada é de 1 adesivo de rivastigmina 18 mg por dia.

O adesivo transdérmico de rivastigmina não deve ser aplicado na pele com irritação, vermelhidão, feridas, cortes ou com pelos.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da rivastigmina são náusea, vômito, dor de estômago, diarreia, perda de apetite, tontura, dor de cabeça, ansiedade, insônia, depressão, incontinência urinária, infecção urinária ou suor excessivo.

É importante levar a pessoa ao hospital caso a diarreia ou os vômitos sejam intensos, pois pode provocar desidratação.

Além disso, também podem surgir tremores ou agravamento da doença de Parkinson.

No caso do adesivo transdérmico podem surgir reações alérgicas, vermelhidão, coceira ou inchaço no local da aplicação.

Quem não deve usar

A rivastigmina não deve ser usada por crianças, mulheres grávidas ou em amamentação ou por pessoas que tenham alergia à rivastigmina ou a qualquer um dos componentes da fórmula.

Esse remédio deve ser usado com cautela por pessoas que já tiveram crises asmáticas ou doenças pulmonares obstrutivas. 

Além disso, a rivastigmina também deve ser usada cautela e somente se indicado pelo médico por pessoas com doenças cardíacas, como doença do nó sinusal, bloqueio sinoatrial ou atrioventricular, por exemplo.