Quinino: o que é, para que serve e efeitos colaterais

Atualizado em abril 2020

O quinino foi o primeiro medicamento a ser usado para tratar malária, tendo sido mais tarde substituído pela cloroquina, devido aos seus efeitos tóxicos e baixa eficácia. Porém, mais tarde, com a resistência do P. falciparum à cloroquina, o quinino voltou a ser utilizado, isolado ou em associação a outros medicamentos.

Embora atualmente esta substância não seja comercializada no Brasil, ela é ainda utilizada em alguns países para o tratamento da malária causada por estirpes de Plasmodium resistentes à cloroquina e da Babesiose, uma infecção causa pelo parasita Babesia microti.

Imagem ilustrativa número 1

Modo de uso

Para o tratamento da malária no adulto, a dose recomenda é de 600 mg (2 comprimidos) de 8 em 8 horas, durante 3 a 7 dias. Em crianças, a dose recomendada é de 10 mg/kg, de 8 em 8 horas, durante 3 a 7 dias.

Para o tratamento da Babesiose, é usual associar-se outros medicamentos, como a clindamicina. As doses recomendadas são de 600 mg de quinina, 3 vezes por dia, durante 7 dias. Nas crianças recomenda-se a administração diária, por via oral de 10 mg/kg de quinina associada à clindamicina, de 8 em 8 horas. 

Quem não deve usar

O quinino está contra-indicado para pessoas com alergia a esta substância ou a qualquer um dos componentes presentes na fórmula e não deve ser usado por grávidas ou lactantes sem orientação do médico.

Além disso, também não deve ser usado por pessoas com deficiência na enzima glucose -6- fosfato desidrogenase, com nevrite ótica ou com história de febre dos pântanos.

Possíveis efeitos colaterais

Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ser causados pelo quinino são perda reversível da audição, náuseas e vômitos.

Se ocorrerem distúrbios visuais, erupção cutânea, perda de audição ou zumbido, deve-se parar de tomar o remédio imediatamente.