Pancitopenia: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em junho 2023

A pancitopenia é a diminuição da quantidade de hemácias, leucócitos e plaquetas, resultando em anemia, leucopenia e plaquetopenia. Como consequência da redução das linhagens hematopoiéticas, é possível notar o aparecimento de sintomas como palidez, cansaço, hematomas, sangramentos, febre e tendência a infecções.

A pancitopenia pode ser causada tanto por diminuição na produção de células pela medula óssea, como também por uma destruição das células sanguíneas na corrente sanguínea, devido a doenças imunológicas ou que estimulam a ação do baço, por exemplo.

O tratamento para a pancitopenia deve ser feito de acordo com as orientações do clínico geral ou hematologista de acordo com a causa da pancitopenia, que pode incluir o uso de corticoides, imunossupressores, antibióticos, transfusões sanguíneas, ou a retirada do baço, por exemplo, que somente são indicados de acordo com a necessidade de cada paciente.

Imagem ilustrativa número 2

Principais sintomas

Os principais sintomas de pancitopenia são:

  • Palidez;
  • Fraqueza;
  • Cansaço excessivo;
  • Tontura;
  • Palpitação;
  • Febre;
  • Maior dificuldade para parar sangramentos;
  • Maior facilidade para ter hematomas.

Além disso, devido à diminuição da quantidade de leucócitos circulantes, é também comum haver maior tendência a ter infecções. A depender do caso, também podem haver sinais e sintomas resultantes da doença que provoca a pancitopenia, como aumento do abdômen devido ao baço aumentado, gânglios linfáticos aumentados, malformações no ossos ou alterações na pele.

Como é o diagnóstico

O diagnóstico da pancitopenia é feito através do hemograma, em que são verificados os níveis de hemácias, leucócitos e plaquetas diminuídos no sangue. É considerado pancitopenia quando:

  • Hemácias: quantidade menor que 3,8 milhões/µL, nas mulheres, ou menor que 4,2 milhões/µL, nos homens;
  • Leucócitos totais: quantidade menor que 4.000/µL;
  • Plaquetas: quantidade menor que 150.000µL.

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No entanto, é importante também identificar a causa que levou à pancitopenia, o que deve ser feito através da avaliação do clínico geral ou do hematologista por meio da observação da história clínica e do exame físico realizado no paciente. Além disso, pode ser recomendada a realização de outros exames para identificar a causa, como dosagem de ferro, ferritina e transferrina, vitamina B12 e ácido fólico, além do coagulograma e exames específicos para investigação de infecções.

Em alguns casos, pode ser também recomendada a realização de biópsia da medula óssea ou uma mielograma, em que é feita a aspiração da medula óssea para se obter mais informações sobre as características das células desse local. Confira como é feito o mielograma e quando está indicado.

Causas de pancitopenia

A pancitopenia pode acontecer devido a duas situações: quando a medula óssea não produz corretamente as células do sangue ou quando a medula óssea produz corretamente mas as células são destruídas na circulação sanguínea, resultando nos sintomas.

As principais causas de pancitopenia são:

  • Uso de medicamentos tóxicos, como alguns antibióticos, quimioterápicos, antidepressivos, anticonvulsivantes e sedativos;
  • Efeitos de radiação ou agentes químicos, como benzeno ou DDT, por exemplo;
  • Deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico na alimentação;
  • Doenças genéticas, como anemia de Fanconi, disqueratose congênita ou doença de Gaucher;
  • Distúrbios da medula óssea, como síndrome mielodisplásica, mielofibrose ou hemoglobinúria paroxística noturna;
  • Doenças autoimunes, como lúpus, síndrome de Sjögren ou síndrome linfoproliferativa autoimune;
  • Doenças infecciosas, como leishmaniose, brucelose, tuberculose ou HIV;
  • Câncer, como leucemias, mieloma múltiplo, mielofibrose ou metástases de outros tipos de câncer para a medula óssea.
  • Doenças que estimulam a ação do baço e das células de defesa do organismo para destruir as células sanguíneas, como cirrose hepática, doenças mieloproliferativas e síndromes hemofagocíticas.

Além disso, doenças infecciosas agudas provocadas por bactérias ou vírus, como o citomegalovírus (CMV) ou o SARS-CoV-2, que provoca a COVID-19, podem provocar uma forte reação imune no organismo, capaz de destruir as células sanguíneas de forma aguda durante o curso da infecção.

Tratamento da pancitopenia

O tratamento da pancitopenia é orientado pelo hematologista de acordo com sua causa, e poderá incluir o uso de medicamentos que atuam na imunidade, como Metilprednisolona ou Prednisona, ou imunossupressores, como Ciclosporina, no caso de doenças autoimunes ou inflamatórias.

Além disso, caso a pancitopenia seja em função de um câncer, o tratamento pode envolver o transplante de medula óssea. No caso de infecções, são indicados tratamentos específicos para cada microrganismo, como antibióticos, antivirais ou antimoniais pentavalentes.

A transfusão sanguínea nem sempre é indicada, mas pode ser necessária em casos graves e que necessitam de rápida recuperação, a depender da causa. Entenda como é feita a transfusão de sangue.

A pancitopenia tem cura?

Na maioria dos casos a pancitopenia tem cura e não é grave, no entanto é fundamental que a causa seja identificada e o tratamento seja realizado. Isso porque a pancitopenia pode ser consequência de uma situação mais simples, como deficiências nutricionais, ou mais graves que podem colocar a vida em risco.