Miocardite: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em outubro 2023

A miocardite é a inflamação do músculo do coração, que normalmente surge como complicação de uma infecção, mas que também pode se desenvolver após o uso de alguns antibióticos e até consumo de drogas. A miocardite causa sintomas como dor no peito, falta de ar ou tonturas.

Na maioria dos casos, a miocardite surge durante uma infecção por vírus, como gripe ou catapora, mas também pode acontecer quando existe uma infecção grave por bactérias ou fungos. Além disso, a miocardite pode ser decorrente de doenças autoimunes, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico, uso de alguns medicamentos ou consumo excessivo de bebidas alcoólicas, por exemplo.

A miocardite tem cura e, geralmente, desaparece quando a infecção fica curada, no entanto, quando a inflamação do coração é muito grave ou não desaparece, pode ser necessário internamento no hospital.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas de miocardite são:

  1. Dor no peito;
  2. Alteração do batimento cardíaco;
  3. Sensação de aperto e pressão no peito;
  4. Cansaço excessivo;
  5. Dificuldade para respirar, no repouso ou durante a atividade física;
  6. Sensação de falta de ar;
  7. Inchaço dos pés, tornozelos e das pernas;
  8. Tontura e/ ou desmaio;
  9. Febre, em alguns casos.

Em alguns casos, a miocardite não causa sinais ou sintomas, sendo apenas descoberto após a realização de exames que avaliam o funcionamento do coração. Conheça os principais exames que avaliam o coração.

No entanto, na presença de dor no peito e dificuldade para respirar, por exemplo, é fundamental ir à emergência para que seja feita uma avaliação, identificada a causa dos sintomas e iniciado o tratamento mais adequado.

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Teste online de sintomas

Para saber o risco de estar com alguma alteração no coração, selecione os sintomas apresentados na calculadora a seguir:

  1. 1. Ronco frequente durante o sono
  2. 2. Falta de ar no repouso ou no esforço
  3. 3. Dor ou desconforto no peito
  4. 4. Tosse seca e persistente
  5. 5. Cor azulada nas pontas dos dedos
  6. 6. Tonturas ou desmaios frequentes
  7. 7. Palpitações ou taquicardia
  8. 8. Inchaço nas pernas, tornozelos e pés
  9. 9. Cansaço excessivo sem razão aparente
  10. 10. Suor frio
  11. 11. Má digestão, enjoo ou perda de apetite

O teste de sintomas é uma ferramenta que serve apenas como orientação, não servindo como diagnóstico e não devendo substituir a consulta com o cardiologista.

Como confirmar diagnóstico

O diagnóstico da miocardite é feito pelo cardiologista através de exames como raio X do tórax, eletrocardiograma ou ecocardiograma, que permitem identificar alterações no funcionamento do coração. Estes exames são especialmente importantes porque os sintomas podem estar apenas sendo provocados pela infecção no organismo, sem que exista alteração no coração.

Além disso, normalmente são solicitados alguns exames laboratoriais para verificar o funcionamento do coração e a possibilidade de infecção, como VSH, dosagem de PCR, leucograma e concentração dos marcadores cardíacos, como CK-MB e Troponina. Conheça os exames que avaliam o coração.

Possíveis causas

A miocardite é causada por uma inflamação no músculo cardíaco, que pode surgir em decorrência de várias situações como:

  • Infecções virais, como gripe, mononucleose, catapora, hepatitis B ou C, HIV, ou COVID-19;
  • Infecções bacterianas, como difteria, tuberculose ou doença de Lyme;
  • Infecções fúngicas, como aspergilose;
  • Doenças parasitárias, como doença de Chagas ou toxoplasmose;
  • Doenças autoimunes, como lupus eritematoso sistêmico ou sarcoidose;
  • Quimioterapia para o tratamento do câncer, com remédios como doxorrubicina ou interleucina-2;
  • Uso de antibióticos, como penicilinas ou sulfonamidas;

A miocardite pode acontecer em qualquer pessoa independentemente da idade, no entanto é mais frequente de acontecer como consequência de infecções por vírus que não foram devidamente identificadas e tratadas, como hepatite, infecção pelo HIV, mononucleose e COVID-19, por exemplo.

Além disso, o risco de miocardite é maior em pessoas que fazem uso frequente e indiscriminado de medicamentos e/ ou bebidas alcoólicas e drogas, possuem doenças autoimunes, fazem uso de antibióticos ou quimioterapia, por exemplo.

Miocardite e COVID-19

A miocardite é uma condição que pode acontecer como consequência da COVID-19, porque, em alguns casos, a presença do vírus parece causar danos ao coração como consequência da resposta imune inflamatória. Assim, pessoas com COVID-19 podem apresentar sintomas de miocardite, como respiração rápida e ofegante, dor no peito e palpitação.

Como é feito o tratamento

O tratamento normalmente é feito em casa com repouso para evitar excesso de trabalho por parte do coração. No entanto, durante esse período também se deve fazer o tratamento adequado da infecção que esteve na origem da miocardite e, por isso, pode ser necessário tomar antibióticos, antifúngicos ou antivirais, por exemplo.

Além disso, se surgirem sintomas de miocardite ou se a inflamação estiver dificultando o funcionamento do coração, o cardiologista pode indicar o uso de alguns remédios como:

  • Remédios para pressão alta, como captopril, ramipril ou losartana: relaxam os vasos sanguíneos e facilitam a circulação de sangue, reduzindo sintomas como dor no peito e falta de ar;
  • Beta-bloqueadores, como metoprolol ou bisoprolol: ajudam a fortalecer o coração, controlando o batimento irregular;
  • Diuréticos, como furosemida: eliminam o excesso de líquidos do corpo, diminuindo o inchaço nas pernas e facilitando a respiração.

Já nos casos mais graves, em que a miocardite causa muitas alterações no funcionamento do coração, pode ser necessário ficar internado no hospital para fazer remédios diretamente na veia ou colocar aparelhos, semelhantes ao marcapasso, que ajudam o coração a trabalhar.

Em alguns casos muito raros, em que a inflamação do coração coloca a vida em risco, pode até ser necessário fazer um transplante de coração de emergência.

Possíveis complicações

Na maior parte dos casos a miocardite desaparece sem deixa qualquer tipo de sequelas, sendo até muito comum que a pessoa nem saiba que teve esse problema no coração.

Porém, quando a inflamação no coração é muito grave pode deixar lesões permanentes no músculo cardíaco que levam ao surgimento de doenças como insuficiência cardíaca ou pressão alta. Nestes casos, o cardiologista irá recomendar o uso de alguns medicamentos que devem ser utilizados por alguns meses ou por toda a vida, dependendo da gravidade.

Veja os remédios mais utilizados para tratar a pressão alta.