Metoclopramida: o que é, para que serve e como tomar

Atualizado em dezembro 2023

A metoclopramida é um remédio antiemético indicado para o alívio de náuseas e vômitos causados por cirurgia, doenças metabólicas ou infecciosas, ou efeitos colaterais de outros remédios. Além disso, a metoclopramida também pode ser utilizada para facilitar exames radiológicos que utilizam o raio-X no trato gastrointestinal. 

Esse remédio é comercializado com o nome comercial Plasil, mas também pode ser encontrado com os nomes similares Vomistop ou Plabel, por exemplo, ou na forma de genérico como Cloridrato de Metoclopramida.

A metoclopramida pode ser comprada em farmácias ou drogarias na forma de comprimidos, gotas ou solução injetável, e só deve ser usada com indicação médica.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A metoclopramida é indicada para o tratamento ou prevenção de náuseas e vômitos causadas por procedimentos cirúrgicos, doenças metabólicas ou infecciosas, ou devido a efeito colateral de remédios ou tratamento como quimioterapia. 

Além disso, a metoclopramida é indicada para facilitar a realização de exames como raio-X do trato gastrointestinal.

A metoclopramida age aumentando as contrações dos músculos do trato digestivo, acelerando o esvaziamento gástrico e intestinal, ajudando a aliviar as náuseas e os vômitos, e seu inicio de ação é de cerca de 30 a 60 minutos após tomar por via oral.

Como tomar

A forma de tomar a metoclopramida varia de acordo com a apresentação e inclui:

1. Metoclopramida gotas 4 mg/mL

A metoclopramida gotas contém 4 mg de cloridrato de metoclopramida para cada 1 mL da solução, e deve ser tomada por via oral, cerca de 10 minutos antes das refeições.

As doses recomendadas de Plasil gotas para crianças varia de acordo com a idade e o peso da criança, iniciando com a menor dose possível e não deve ultrapassar a dose de 0,5 mg por Kg de peso corporal por dia. O uso do Plasil em crianças deve sempre ser utilizado com indicação e orientação do pediatra.

Para adultos, a dose recomendada é de 53 gotas, 3 vezes por dia, ou seja, a cada 8 horas.

2. Metoclopramida comprimidos 10 mg

O comprimido de metoclopramida deve ser tomado por via oral, com um pouco de água, cerca de 10 a 30 minutos antes das refeições, conforme orientação médica.

A dose recomendada é de 1 comprimido de metoclopramida 10 mg, 3 vezes ao dia, ou seja 1 comprimido a cada 8 horas.

3. Metoclopramida solução oral 1 mg/mL

A solução oral de metoclopramida contém 1 mg de cloridrato de metoclopramida para cada 1 mL da solução e deve ser tomada por via oral, cerca de 10 minutos antes das refeições, conforme orientação médica.

As doses recomendadas de metoclopramida solução oral para adultos é de 10 mL, que corresponde a aproximadamente 2 colheres de chá, 3 vezes por dia.

Para crianças, a dose deve ser calculada pelo pediatra de acordo com a idade e o peso da criança, iniciando com a menor dose possível e não deve ultrapassar a dose de 0,5 mg por cada Kg de peso corporal por dia.

4. Metoclopramida injetável 5 mg/mL

A metoclopramida injetável deve ser usada com indicação médica e aplicada diretamente na veia ou no músculo por um enfermeiro ou profissional de saúde com conhecimentos em aplicação de injeção, em hospitais ou postos de saúde.

A dose recomendada para adultos é de 1 ampola a cada 8 horas para tratamento de náuseas e vômitos, ou 1 a 2 ampolas, 10 minutos antes da realização de exames de raio-X do trato gastrointestinal.

Para crianças, a dose deve ser calculada pelo pediatra de acordo com a idade e o peso da criança, iniciando com a menor dose possível e não deve ultrapassar a dose de 0,5 mg por cada Kg de peso corporal por dia.

Possíveis efeitos colaterais 

Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com metoclopramida são sonolência, cansaço excessivo,sensação de falta de energia, dor de cabeça, confusão mental, depressão ou insônia.

A metoclopramida pode causar reações extrapiramidais, especialmente em crianças ou adultos jovens, podendo ocorrer após uma única dose, percebidas através de sintomas como tremores pelo corpo ou nas pernas e braços, morder os lábios, franzir a testa ou revirar os olhos de forma descontrolada, movimentos lentos do corpo, rigidez muscular ou confusão mental. Nesses casos, deve-se interromper o uso da metoclopramida e procurar o pronto socorro mais próximo. 

Deve-se procurar atendimento médico imediato ou o pronto socorro mais próximo se surgirem sintomas de reação alérgica grave à metoclopramida como dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, ou urticária. Saiba identificar os sintomas de reação alérgica grave.

A metoclopramida dá sono?

Um dos efeitos colaterais mais comuns que pode ocorrer com o uso de metoclopramida é sonolência, por isso, é provável que algumas pessoas que tomam o medicamento sintam sono durante o tratamento.

O que são reações extrapiramidais?

Os sintomas extrapiramidais são um conjunto de reações do organismo, como tremores, dificuldade para andar ou para se manter calmo, sensação de inquietude ou alterações nos movimentos, que surgem quando uma área do cérebro responsável pela coordenação dos movimentos, chamada de Sistema Extrapiramidal, é afetada, o que acontecer por efeitos colaterais de remédios, como é o caso da metoclopramida ou ser um sintoma de algumas doenças. Saiba como identificar as reações extrapiramidais

Quem não deve usar

A metoclopramida não deve ser usada por crianças com menos de 1 ano de idade e não é recomendada para pessoas com menos de 18 anos, mulheres grávidas ou em amamentação, a não ser que seja indicado pelo médico.

Esse remédio também não deve ser usado por pessoas que tenham alergia à metoclopramida ou qualquer outro componente da fórmula, ou por pessoas que tiveram reações extrapiramidais após o uso da metoclopramida. 

Além disso, a metoclopramida não deve ser usada por pessoas que tenham hemorragia, obstrução mecânica ou perfuração gastrointestinal, epilepsia, feocromocitoma, doença de Parkinson ou distúrbio do movimento chamado discinesia tardia causado pelo uso de remédios para psicose ou anestésicos. 

Antes de tomar a metoclopramida, deve-se informar ao médico se a pessoa tem doença nos rins ou no fígado, insuficiência cardíaca, pressão alta, diabetes ou histórico de depressão, para que o médico avalie os riscos e os benefícios do tratamento.