O que é insulinoma, principais sintomas e tratamento

Atualizado em dezembro 2019

O insulinoma, também conhecido como tumor de células ilhotas, é um tipo de tumor no pâncreas, benigno ou maligno, que produz insulina em excesso, fazendo com que haja a diminuição de glicose no sangue, gerando a hipoglicemia. Os sintomas provocados por este tumor podem ser tontura, confusão mental, tremores e mudanças de humor e ocorrem devido a desregulação da glicose na corrente sanguínea.

O diagnóstico de insulinoma é feito por um endocrinologista ou oncologista através da realização de exames de sangue, como glicemia de jejum e exames de imagens, que podem ser tomografia computadorizada, ressonância magnética ou pet scan, sendo que o tratamento mais indicado é cirurgia, medicamentos hormonais e para controlar os níveis de açúcar no sangue, além de quimioterapia, ablação ou embolização.

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Principais sintomas

O insulinoma é um tipo de tumor localizado no pâncreas que altera os níveis de glicose no sangue e, por isso, os principais sintomas estão relacionados à redução de açúcar no sangue, chamada de hipoglicemia, como:

  • Visão turva ou dupla;
  • Confusão mental;
  • Tonturas;
  • Sensação de fraqueza;
  • Irritabilidade excessiva;
  • Alterações de humor;
  • Desmaio;
  • Suor frio excessivo.

Em casos mais graves, quando o insulinoma está mais avançado e atinge outras partes do corpo, como o fígado, cérebro e rins, podem aparecer sintomas como convulsões, aumento da frequência cardíaca, perda de consciência, desmaios e icterícia. Saiba mais o que é icterícia e como identificar.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico de insulinoma é feito através de análises sanguíneas, que devem ser realizadas em jejum, para detectar a quantidade de glicose e de insulina no sangue e, geralmente, os valores de glicose estão baixos e de insulina ficam altos. Veja como é feito o exame de glicemia de jejum e os valores de referência normais.

Para saber a localização exata, o tamanho e o tipo do tumor no pâncreas e verificar se o insulinoma se espalhou para outras partes do corpo são indicados, pelo endocrinologista ou oncologista, exames de imagem como a tomografia computadorizada, ressonância magnética ou pet scan.

Em algumas situações, o médico também poderá solicitar outros exames para complementar o diagnóstico e saber a extensão do tumor como a endoscopia, que serve para examinar se o tumor atingiu o interior do estômago ou intestino, e a arteriografia, que identifica o fluxo de sangue no pâncreas.

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Opções de tratamento

O insulinoma é um tipo de tumor no pâncreas, que pode ser benigno ou maligno, que leva a alterações dos níveis de glicose no sangue, sendo que se for tratado precocemente pode ser curado. O tratamento para este tipo de doença é indicado pelo oncologista e depende da localização, tamanho e estágio do tumor, assim como, da presença de metástases, podendo ser recomendado:

1. Cirurgia

A cirurgia é o tipo de tratamento mais indicado para o insulinoma, no entanto, se o tumor no pâncreas for muito grande, se espalhou para outras partes do corpo ou a pessoa não tiver condições de saúde, o médico pode não recomendar a realização de uma operação. Caso seja feita a cirurgia, o paciente poderá precisar usar um dreno, chamado de penrose, para eliminar os líquidos acumulados durante o procedimento cirúrgico. Veja mais como cuidar do dreno após a cirurgia.

2. Medicamentos hormonais e reguladores de insulina

Alguns medicamentos podem ser usados para tratar o insulinoma, como remédios que reduzem ou retardam a produção de hormônios que fazem o tumor crescer, como os análogos da somatostatina, chamados de octreotida e lanreotida.

Outros medicamentos que são indicados no tratamento deste tipo de doença são os remédios que ajudam a reduzir os níveis de insulina no sangue, evitando a diminuição excessiva da glicose. E ainda, pode-se fazer uma dieta com alto teor de açúcar para que os níveis de glicose fiquem mais normais.

3. Quimioterapia

A quimioterapia é recomendada pelo oncologista para tratar o insulinoma com metástase e consiste na aplicação de medicamentos na veia com objetivo de destruir as células anormais, que levam ao crescimento do tumor, sendo que a quantidade de sessões e o tipo de remédios a ser usados dependem das características da doença, como tamanho e localização.

Entretanto, os medicamentos mais usados para eliminar as células do insulinoma são doxorrubicina, fluorouracil, temozolomida, cisplatina e etoposídeo. Esses remédios, geralmente, são administrados no soro, através de um cateter na veia e, em alguns casos, podem ser utilizados mais de um deles, dependendo do protocolo estabelecido pelo médico.

4. Ablação e embolização arterial

A ablação por radiofrequência é o tipo de tratamento que utiliza o calor, produzido por ondas de rádio, para matar as células doentes do insulinoma e é muito indicado para tratar tumores pequenos que não se espalham para outras partes do corpo.

Assim como a ablação, a embolização arterial é um procedimento seguro e minimamente invasivo, recomendado pelo oncologista para tratar insulinomas pequenos e envolve a aplicação de líquidos específicos, por meio de um cateter, para bloquear o fluxo de sangue no tumor, ajudando a eliminar as células doentes.

Possíveis causas

As causas exatas do insulinoma ainda não são totalmente definidas, mas tendem a se desenvolver mais em mulheres do que homens, em pessoas entre 40 e 60 anos e que têm alguma doença genética como neurofibromatose tipo 1 ou esclerose tuberosa. Saiba mais o que é esclerose tuberosa e como é feito o tratamento.

Além disso, ter outras doenças como neoplasia endócrina, que provoca o crescimento anormal das células do sistema endócrino, e a síndrome de Von Hippel-Lindau, que é hereditária e leva ao surgimento de cistos em todo o corpo, pode aumentar as chances de aparecimento do insulinoma.