Principais infecções genitais na diabetes

Atualizado em novembro 2022

A diabetes descompensada aumenta o risco do desenvolvimento de infecções, principalmente as do sistema urinário, devido à hiperglicemia constante, isso porque a grande quantidade de açúcar circulante no sangue favorece a proliferação de microrganismos e diminui a atividade do sistema imunológico, favorecendo o aparecimento dos sintomas de infecção.

Os microrganismos normalmente relacionados com as infecções genitais na diabetes são Escherichia coli, Staphylococcus saprophyticus e Candida sp., que fazem parte da microbiota normal da pessoa, mas que devido ao excesso de açúcar circulante, têm sua quantidade aumentada.

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Principais infecções

As principais infecções geniturinárias na diabetes que podem acontecer tanto em homens quanto em mulheres são:

1. Candidíase

A candidíase é uma das infecções mais frequentes na diabetes e é causada pelo fungo do gênero Candida sp., mais frequentemente pela Candida albicans. Esse fungo está presente naturalmente na microbiota genital tanto de homens quanto de mulheres, mas devido à diminuição do sistema imune, pode haver aumento da sua quantidade, resultando na infecção.

A infecção por Candida sp. é caracterizada por coceira, vermelhidão e placas esbranquiçadas na região afetada, além da presença de corrimento esbranquiçado e dor e desconforto durante o contato íntimo. Reconheça os sintomas da infecção pela Candida albicans.

O tratamento para a candidíase é feito com remédios antifúngicos, em forma de comprimidos ou pomadas que devem ser aplicadas no local, de acordo com a recomendação médica. Além disso, quando a infecção é recorrente, é importante que o parceiro da pessoa afetada também faça o tratamento, para prevenir novas contaminações. Saiba identificar os sintomas e como tratar todos os tipos de candidíase.

Conheça, no vídeo a seguir, um pouco mais sobre a candidíase no homem:

2. Infecção urinária

As infecções urinárias, além de também poderem acontecer devido à Candida sp., podem também a acontecer devido à presença de bactérias no sistema urinário, principalmente Escherichia coli, Staphylococcus saprophyticus, Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae. A presença desses microrganismos no sistema urinário leva o aparecimento de sintomas como dor, ardor e urgência para urinar, no entanto nos casos mais graves também pode haver sangue na urina e inflamação da próstata em homens.

O tratamento da infecção urinária é feito de acordo com a causa do problema, mas em geral são utilizados antibióticos como a amoxicilina, e o tempo de duração do tratamento varia de acordo com a gravidade da infecção. No entanto, como é comum que as pessoas com diabetes tenham infecções urinárias de repetição, é importante que vá ao médico todas as vezes que surgirem sintomas de infecção para que seja identificado o microrganismo e o perfil de sensibilidade, uma vez que é provável que o agente infeccioso tenha adquirido resistência ao longo do tempo. Veja como é feito o tratamento para a infecção urinária.

3. Infecção por Tinea cruris

A Tinea cruris é um fungo que também pode estar relacionado com a diabetes, podendo atingir a virilha, as coxas e as nádegas, resultando em alguns sinais e sintomas como dor, coceira, ardência vermelhidão e pequenas bolhas vermelhas nos órgãos atingidos.

O tratamento da micose genital é feito com pomadas antifúngicas como Cetoconazol e Miconazol, mas quando a infecção é recorrente ou quando o tratamento com pomadas não eliminam a doença, pode ser necessário tomar remédios em comprimidos, como o fluconazol para combater o fungo. Conheça o tratamento para esse tipo de infecção.

É importante lembrar que logo que os sintomas aparecem, deve-se procurar o médico para diagnosticar a causa das alterações na região genital e iniciar o tratamento, evitando que a progressão da doença e o aparecimento de complicações.

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Como prevenir as infecções recorrentes

Para prevenir as infecções recorrentes na diabetes, é importante que exista o controle dos níveis de açúcar circulante. Para isso, é recomendado:

  • Manter a glicemia controlada, para que o excesso de açúcar no sangue não prejudique o sistema imunológico;
  • Observar diariamente a região genital, procurando por alterações como vermelhidão e bolhas na pele;
  • Usar preservativo durante o contato íntimo, para evitar o contágio de doenças;
  • Evitar lavagens frequentes com duchas na região genital, para não alterar o pH da região e não favorecer o crescimento de micro-organismos;
  • Evitar usar roupas muito apertadas ou quentes durante todo o dia, pois favorecem a proliferação de micro-organismos nas genitálias.

No entanto, controlando a glicemia e tendo os cuidados necessários para evitar infecções, é possível ter uma vida normal e conviver bem com a diabetes.

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