Hirsutismo: o que é, principais sintomas e tratamento

Atualizado em setembro 2020

O hirsutismo é uma condição que pode acontecer nas mulheres e que é caracterizada presença de pelos em regiões no corpo que normalmente não possuem pelos, como rosto, peito, barriga e na parte interna da coxa, por exemplo, podendo ser identificada durante a puberdade ou na menopausa.

Essa situação está normalmente relacionada com alterações hormonais, havendo maior produção de testosterona ou diminuição da produção de estrogênio, o que resulta no aumento da quantidade de pelos no corpo.

Como a presença de pelos em excesso pode ser desconfortável para algumas mulheres, é importante que siga o tratamento indicado pelo ginecologista, dermatologista ou endocrinologista, que podem indicar o uso de medicamentos para regular os níveis hormonais e procedimentos estéticos para remover o excesso de pelos.

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Principais sintomas de hirsutismo

Os sinais e sintomas indicativos de hirsutismo podem aparecer durante a puberdade ou na menopausa, podendo ser notados no rosto, barriga, ao redor dos seios, parte interna das coxas e costas. Os sintomas costumam variar com os níveis hormonais circulantes, principalmente os níveis de testosterona. Quanto mais alto o nível de testosterona circulante mais baixo o de estrogênios, mais características masculinas a mulher pode desenvolver.

De forma geral, os sinais e sintomas de hirsutismo são:

  • Surgimento de pelos na lateral do rosto, buço, costas, glúteos, parte inferior do abdômen, ao redor dos seios e parte interna da coxa;
  • Sobrancelhas grossas e muitas vezes unidas;
  • Aumento da acne;
  • Caspa e queda de cabelo;
  • Aumento do clitóris;
  • Aumento da massa muscular ou do peso;
  • Modificação do tom de voz;
  • Menstruação irregular;
  • Infertilidade.

Na presença desses sinais e sintomas, é interessante que a mulher consulte o ginecologista, dermatologista ou endocrinologista para que seja feita uma avaliação geral, seja concluído o diagnóstico e iniciado o tratamento.

O diagnóstico inicial é feito pelo médico por meio da avaliação da quantidade de pelos presentes nas regiões da mulher que normalmente não possuem pelo, sendo a região classificada de 1 a 4 de acordo com a quantidade de pelos. Assim, a pontuação entre 0 e 8 é considerada normal, entre 8 e 15 é classificado como hirsutismo moderado e acima disso é indicado que a pessoa possui hirsutismo grave.

Além disso, para complementar o diagnóstico, o médico pode também observar a presença de características masculinas, além de solicitar a realização de ultrassonografia transvaginal e de exames de laboratório, como dosagem de testosterona, prolactina, TSH e FSH circulantes no sangue, sendo assim também possível identificar a causa relacionada com o hirsutismo.

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Principais causas

O hirsutismo está frequentemente associado com o desbalanço entre os níveis de testosterona circulante, o que pode acontecer devido a alterações nas glândulas adrenais ou nos ovários. Além disso, é comum que mulheres com síndrome do ovário policístico desenvolvam hirsutismo, uma vez que essa situação é caracterizada por alterações hormonais. Conheça mais sobre a síndrome do ovário policístico.

Outras condições que podem favorecer o desenvolvimento de hirsutismo são alterações na tireoide, hiperplasia adrenal congênita, síndrome de Cushing e uso de alguns medicamentos, como minoxidil, fenotiazinas e danazol, por exemplo. Além disso, mulheres que possuem histórico na família de hirsutismo, são obesas ou fazem uso de suplementos anabolizantes para ganho de massa muscular, por exemplo, possuem maior risco de desenvolver hirsutismo.

Como é feito o tratamento

O tratamento para hirsutismo tem como objetivo regular os níveis hormonais, o que ajuda a diminuir a quantidade de pelos no corpo. É importante também que sejam feitos exames para identificar a causa do hirsutismo, isso porque muitas vezes essa situação tem solução quando a causa é tratada.

Assim, além do tratamento da doença de base, o médico pode indicar o uso de contraceptivos hormonais, que promovem a diminuição da produção de testosterona, ajudando a regular os níveis de hormônios circulantes no sangue. Em alguns casos, o médico pode indicar o uso em conjunto o uso de Espironolactona, Acetato de ciproterona ou Finasterida de acordo com a causa do hirsutismo.

Além dos remédios, pode ser recomendado também a realização de procedimentos estéticos para eliminar o excesso de pelos, podendo ser indicado o uso de cremes depilatórios ou realização de procedimentos mais definitivos e que diminuem a quantidade de pelos ao longo das sessões como eletrólise, tratamento com luz pulsada ou depilação a laser. É importante que o método de remoção dos pelos seja escolhido de acordo com a orientação do dermatologista para que possam ser prevenidas lesões e inflamações na pele.