Cirurgia para parar de suar (simpatectomia): como é feita e riscos

Atualizado em setembro 2021

A cirurgia para parar de suar, também conhecida como simpatectomia, é utilizada nos casos em que não é possível controlar a quantidade de suor apenas com o uso de outros tratamentos menos invasivos, como cremes anti-transpirantes ou aplicação de botox, por exemplo.

Geralmente, a cirurgia é mais utilizada nos casos de hiperidrose axilar e palmar, pois são os locais de maior sucesso, no entanto, ela também pode ser usada em pacientes com hiperidrose plantar quando o problema é muito grave e não melhora com nenhuma forma de tratamento, embora os resultados não sejam tão positivos.

A cirurgia para hiperidrose pode ser realizada em qualquer idade, mas, normalmente, é indicada após os 14 anos para evitar que o problema volte a surgir, devido ao crescimento natural da criança.

Imagem ilustrativa número 1

Como é feita a cirurgia para hiperidrose

A cirurgia para hiperidrose é feita com anestesia geral no hospital através de 3 pequenos cortes em baixo da axila, que permitem a passagem de um pequeno tubo, com uma câmera na ponta, e outros instrumentos para retirar uma pequena porção do nervo principal do sistema simpático, que é a parte do sistema nervoso que controla a produção de suor.

Uma vez que os nervos do sistema simpático passam de ambos os lados da coluna vertebral, o médico precisa fazer a cirurgia nas duas axilas para garantir o sucesso da cirurgia e, por isso, a cirurgia, normalmente dura, pelo menos, 45 minutos.

Riscos da cirurgia para hiperidrose

Os riscos mais comuns da cirurgia para hiperidrose são os mais frequentes em qualquer tipo de cirurgia e incluem sangramento ou infecção no local da cirurgia, com sintomas como dor, vermelhidão e inchaço, por exemplo.

Além disso, a cirurgia também pode provocar o surgimento de alguns efeitos colaterais, sendo que o mais comum é o desenvolvimento de transpiração compensatória, isto é, o excesso de suor desaparece no local tratado, mas pode surgir em outros locais como rosto, barriga, costas, bumbum ou coxas, por exemplo.

Em casos mais raros, a cirurgia pode não apresentar os resultados esperados ou piorar os sintomas, sendo necessário manter outros tipos de tratamento para hiperidrose ou voltar a repetir a cirurgia 4 meses após a anterior.