Hidrocolonterapia: o que é, como é feita e riscos

Atualizado em novembro 2023

Hidrocolonterapia é um um tratamento natural e alternativo de limpeza do intestino que permite eliminar as fezes acumuladas, desintoxicando o corpo, o que pode trazer benefícios como melhora dos sistema imunológico, perda de peso ou aliviar sintomas de doenças inflamatórias intestinais.

Isto porque acredita-se que os resíduos presentes no intestino podem ser tóxicos, no entanto, esse método, também conhecido como colonterapia, não apresenta evidências científicas e está associada a algumas complicações, como perfuração do intestino ou do reto, e, por isso, não é recomendada pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

Para eliminar os resíduos de fezes e, assim, deixar o intestino limpo para realizar exames ou cirurgias, por exemplo, é indicado pelo médico a realização de uma lavagem intestinal, também chamada de enema, que é realizada no hospital e consiste na administração de uma solução para estimular os movimentos intestinais. Veja mais detalhes da lavagem intestinal.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve 

A hidrocolonterapia é indicada para desintoxicar o corpo, pois promove a eliminação de fezes do intestino.

Essa desintoxicação baseia-se no fato de que a exposição prolongada do corpo às fezes presentes no intestino, poderia interferir na saúde gastrointestinal e afetar também o sistema imunológico.

Além disso, acredita-se que a hidrocolonterapia pode promover a perda de peso, aliviar sintomas de doenças inflamatórias intestinais ou prevenir a prisão de ventre.

No entanto, não existem comprovações científicas de que a hidrocolonterapia tenha benefícios para a saúde, além de que esse tipo de tratamento tem muitos riscos como perfuração do intestino, desequilíbrio de eletrólitos no corpo, remoção de bactérias boas do intestino e disbiose. Entenda o que é disbiose.

Por isso, a hidrocolonterapia não é aprovada pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

Caso a pessoa apresente problemas intestinais ou prisão de ventre, o recomendado é consultar o proctologista ou o gastroenterologista para uma avaliação e indicação do tratamento mais adequado.

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Como é feita a hidrocolonterapia

A hidrocolonterapia é considerada um tipo de tratamento alternativo que deve ser realizado no hospital, por um profissional de saúde, que deverá operar uma máquina capaz de realizar o procedimento ao mesmo tempo que o paciente é monitorado. 

  1. Colocação de um lubrificante à base de água no ânus e equipamento;
  2. Inserção de um fino tubo no ânus para passar a água;
  3. Interrupção do fluxo de água quando a pessoa sente desconforto na barriga ou aumento da pressão;
  4. Realização de uma massagem abdominal para facilitar a saída das fezes;
  5. Remoção das fezes e toxinas através de outro tubo ligado ao tubo da água;
  6. Abertura de novo fluxo de água para o interior do intestino.

Geralmente, este processo dura cerca de 20 minutos e, durante esse tempo, os últimos dois passos são repetidos até que a água retirada saia limpa e sem fezes, significando que o intestino também está limpo.

De acordo com a FDA (Food and Drug Administration), não existem máquinas aprovadas para realização da hidrocolonterapia, sendo apenas recomendada a realização da lavagem intestinal.

Quem não deve fazer

A hidrocolonterapia não deve ser feita por crianças, mulheres grávidas ou em amamentação ou por pessoas que tenham pressão alta, anemia grave, problemas no coração, fígado, rins ou pulmões.

Além disso, esse enema não deve ser feito em pessoas que tenham hemorroida, obstrução ou perfuração intestinal, prolapso intestinal, fissura anal, fístula anal ou perianal, íleo paralítico, colite ulcerativa, doença de Crohn, síndrome do intestino irritável ou câncer de colorretal.

A hidrocolonterapia também não deve ser feito em pessoas que tenham feito cirurgias recentes no intestino, que usam bolsa de colostomia ou que tenham diabetes ou epilepsia não controlados.

Riscos da hidrocolonterapia

Os principais riscos da hidrocolonterapia são:

  • Perfuração do intestino e do reto;
  • Desequilíbrio da flora intestinal ou disbiose;
  • Peritonite;
  • Desidratação;
  • Diminuição dos níveis de sódio (hiponatremia) e potássio (hipocalemia);
  • Infecção intestinal por bactérias ou ameba.

Além disso, foram relatados casos de insuficiência cardíaca ou renal, pancreatite e confusão mental após a hidrocolonterapia.

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