Gonorreia na gravidez: riscos e como deve ser o tratamento

Atualizado em abril 2024

A gonorreia durante a gravidez, quando não é identificada e tratada corretamente pode representar risco para o bebê no momento do parto, isso porque o bebê pode adquirir a bactéria ao passar pelo canal vaginal infectado, podendo desenvolver lesões no olhos, cegueira, otite média e infecção generalizada, por exemplo.

Por isso, é importante que caso a mulher tenha sinais e sintomas de gonorreia durante a gravidez, vá ao obstetra para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado, que normalmente é feito com antibióticos.

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que é transmitida através de relação sexual vaginal, oral ou anal desprotegida e, na maioria das vezes é assintomática, no entanto pode também levar ao aparecimento de alguns sinais e sintomas como corrimento vaginal com mau cheiro e dor ou ardor para urinar. Confira outras IST's na gravidez.

Imagem ilustrativa número 1

Riscos da gonorreia na gravidez

A gonorreia na gravidez é perigosa para o bebê, especialmente se o nascimento for por parto normal, pois a criança pode ser contaminada pela bactéria presente na região genital da mãe infectada, correndo o risco de causar ao bebê conjuntivite neonatal e, por vezes, cegueira e infecção generalizada, com necessidade de tratamento intensivo.

Durante a gravidez, embora a probabilidade de o bebê ser infectado seja menor, a gonorreia está associada ao risco aumentado de aborto espontâneo, infecção do líquido amniótico, nascimento antes do tempo, rompimento prematuro de membranas e morte do feto.

A gonorreia também é uma das maiores causas de doença inflamatória pélvica, que danifica as trompas de Falópio, levando à gravidez ectópica e à esterilidade.

Leia também: 27 sintomas de gonorreia (feminina, masculina e no bebê) e teste online tuasaude.com/sintomas-da-gonorreia

No pós-parto há um risco acrescido de doença inflamatória pélvica e de disseminação da infecção com dores nas articulações e lesões na pele. Por isso, é importante que a mulher fique atenta aos sintomas da gonorreia para que o tratamento possa ser iniciado rapidamente e o risco de transmitir para o bebê diminuam. Conheça mais sobre a gonorreia.

Teste online de sintomas

Para saber a possibilidade de ter gonorreia, por favor, indique abaixo os sintomas que apresenta:

  1. 1. Ardência ou desconforto para urinar
  2. 2. Corrimento amarelado saindo do pênis ou vagina
  3. 3. Dor no pé da barriga, região genital ou anal
  4. 4. Inchaço da região genital
  5. 5. Febre acima de 37.2°C
  6. 6. Teve alguma relação sexual desprotegida?

Este teste é uma ferramenta que serve apenas como meio de orientação, não tendo a finalidade de dar um diagnóstico e nem substituir a consulta com o obstetra ou infectologista.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da gonorreia na gravidez é feito pelo obstetra através dos exames pré-natais. Veja os principais exames pré-natais.

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Além disso, caso a grávida apresente sintomas de gonorreia, o obstetra deve fazer um exame físico e colher uma amostra da secreção vaginal para ser analisada no laboratório e identificar a presença da bactéria Neisseria gonorrhoeae,

Como é feito o tratamento

O tratamento para gonorreia na gravidez consiste no uso de antibióticos de acordo com a orientação do obstetra por um período de tempo que varia de acordo com o tipo e a gravidade da infecção.

Normalmente, a gonorreia, se detectada precocemente, limita-se à região genital e o tratamento mais eficaz é através do uso de uma dose única de antibiótico. Algumas opções de tratamento, que devem ser recomendados pelo médico, para gonorreia são os seguintes antibióticos:

  • Penicilina;
  • Ofloxacina 400 mg;
  • Tianfenicol granulado 2,5 g;
  • Ciprofloxacina 500 mg;
  • Ceftriaxona 250 mg intramuscular;
  • Cefotaxima 1 g;
  • Espectinomicina 2 mg.

Diante das complicações que a gonorreia pode causar a mulher e ao bebê, é importante que o parceiro também seja tratado, deve-se evitar relações sexuais enquanto a doença não estiver resolvida, manter um único parceiro sexual, usar preservativos e seguir sempre todas as orientações médicas ao longo da gravidez.