Glaucoma congênito: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em agosto 2023

O glaucoma congênito, ou glaucoma primário infantil, é uma doença rara dos olhos que pode afetar o bebê desde o nascimento e crianças até os 3 anos de idade, causada por anormalidades no sistema de drenagem de líquidos no olho, levando ao seu acúmulo dentro do olho e ao aumento da pressão intra-ocular, que pode  danificar o nervo óptico e levar à perda da visão quando não tratada.

O glaucoma congênito pode ser diagnosticado através do teste do olhinho, feito ainda na maternidade, logo após o nascimento do bebê, ou na primeira consulta com o pediatra, para avaliar as estruturas do olho. No entanto, nos locais em que não há o teste do olhinho só costuma ser detectado por volta dos 6 meses ou até mais tarde, o que pode atrasar o início do tratamento e aumentar o risco de complicações. Saiba como é feito o teste do olhinho.

O tratamento do glaucoma congênito deve ser feito com orientação do oftalmologista que pode indicar o uso de colírios para diminuir a pressão intra-ocular e cirurgia para criar um novo sistema de drenagem do líquido dentro do olho, de forma a evitar danos permanentes no nervo óptico que podem causar complicações, como a cegueira.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

O glaucoma congênito pode afetar um ou os dois olhos do bebê e estar presente desde o nascimento ou se desenvolver até os 3 anos de idade, sendo geralmente percebido através de sintomas como:

  • Lacrimejamento excessivo;
  • Espasmos na pálpebra ou piscar os olhos excessivamente;
  • Sensibilidade à luz;
  • Dor no olho;
  • Inchaço ou vermelhidão no olho;
  • Visão turva.

Além disso, devido a pressão aumentada dentro do olho e inchaço na córnea, a criança pode apresentar olhos grandes.

Na presença de qualquer um dos sintomas, é importante consultar o pediatra ou o oftalmologista para que o glaucoma congênito seja diagnosticado e iniciado o tratamento mais adequado.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico precoce do glaucoma congênito é complicado, pois os sintomas são considerados inespecíficos e podem variar de acordo com a idade do aparecimento dos sintomas e o grau de malformações.

Geralmente, o diagnóstico do glaucoma congênito é feito pelo pediatra através do teste do olhinho, ainda na maternidade, após o nascimento do bebê, mas também pode ser realizado na primeira consulta do bebê após a saída da maternidade.

No caso de suspeita de glaucoma congênito, ou de aparecimento dos sintomas que podem surgir até os 3 anos de idade, o pediatra pode encaminhar a criança para uma consulta com o oftalmologista, para realização de um exame oftalmológico completo que inclui medição da pressão dentro do olho e exame de todas as partes do olho, como córnea e nervo óptico, por exemplo. Veja os principais exames indicados para o glaucoma.  

Saiba mais sobre o diagnóstico do glaucoma no vídeo a seguir:

youtube image - GLAUCOMA: diagnóstico e tratamento

Possíveis causas

O glaucoma congênito é causado por malformações no sistema de drenagem de líquidos no olho, chamado de humor aquoso, que não pode ser drenado para fora do olho, ficando acumulado dentro do olho e, assim, a pressão intra-ocular aumenta.

Esse aumento da pressão dentro do olho pode danificar o nervo óptico de forma permanente, e levar à perda da visão, se não for tratado adequadamente.

Como é feito o tratamento

O tratamento do glaucoma congênito deve ser feito com orientação do oftalmologista para reduzir a pressão dentro do olho, e geralmente é indicada fazer cirurgia, como a goniotomia, trabeculotomia ou colocação de implantes de próteses de drenagem do líquido intra-ocular.

Em alguns casos, o médico pode indicar o uso de colírios para diminuir a pressão intra-ocular antes da cirurgia. Conheça os principais colírios para tratar o glaucoma.

É importante que o tratamento seja feito de forma precoce, pois assim é possível prevenir complicações, como a cegueira.