Frontal (alprazolam): para que serve, como tomar e efeitos colaterais

Atualizado em junho 2021

O Frontal é um remédio que contém na sua composição o alprazolam, um tipo de ansiolítico, que age diminuindo as funções do cérebro, causando um efeito tranquilizante ou sonolência, sendo indicado para transtornos de ansiedade, com sintomas como dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia, tensão ou medo, por exemplo. 

Este remédio está disponível em farmácias ou drogarias, na forma de comprimidos contendo alprazolam 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg ou 2 mg, e também pode ser encontrado como o nome comercial Frontal XR, contendo comprimidos de liberação lenta, ou seja, a quantidade de alprazolam do comprimido é liberada lentamente no organismo, tendo um efeito mais prolongado.

O Frontal deve ser sempre usado com indicação médica e é vendido somente com prescrição e retenção de receita pela farmácia.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

O Frontal é indicado para o tratamento de transtornos de ansiedade causada por síndrome do pânico ou síndrome de abstinência ao álcool.

Como tomar

O Frontal deve ser tomado por via oral, sempre no horário orientado pelo médico, no entanto, se esquecer de tomar uma dose na hora certa, tomar assim que lembrar, mas deve-se pular a dose esquecida se estiver quase na hora de tomar a próxima dose. Não é recomendado tomar dois comprimidos de uma vez para compensar a dose esquecida.

A forma de uso do Frontal para adultos com mais de 18 anos varia de acordo com a indicação e inclui:

  • Transtornos de ansiedade: a dose recomendada de Frontal é de 0,25 a 0,5 mg até três vezes por dia. No caso do Frontal XR, a dose recomendada é de 1 mg por dia de 1 a 2 vezes por dia. A dose máxima diária não deve ultrapassar 4 mg;
  • Síndrome do pânico: a dose recomendada de Frontal ou Frontal XR é de 0,5 ou 1 mg antes de dormir ou 0,5 mg 3 vezes ao dia no caso do Frontal ou 0,5 mg duas vezes ao dia no caso do Frontal XR. A dose máxima nesses casos pode alcançar 10 mg.

As doses do Frontal devem ser adaptadas pelo médico de forma individual de acordo com cada caso, avaliando a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. No caso de idosos as doses devem ser reduzidas.

A duração do tratamento também varia de acordo com a avaliação médica e, geralmente, pode durar até 6 meses para os transtornos de ansiedade ou até 8 meses para a síndrome do pânico.

É importante não parar o tratamento por conta própria e sem a orientação do médico, pois esse remédio pode causar dependência, e para interromper o tratamento, a dose do Frontal deve ser reduzida lentamente para não causar sintomas de abstinência como palpitação, agitação, confusão ou até convulsão.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com Frontal são sonolência, tontura, alterações de memória, dificuldade para articular as palavras ou de coordenação motora, dor de cabeça, prisão de ventre, boca seca, cansaço ou irritabilidade. Por isto, deve-se ter precaução ou evitar atividades como dirigir, utilizar máquinas pesadas ou realizar atividades perigosas. Além disso, o uso de álcool pode aumentar os efeitos de sonolência e tontura se consumido ao mesmo tempo que estiver em tratamento com o Frontal, desta forma, é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

O Frontal pode causar reações alérgicas graves que necessitam de atendimento médico imediato. Por isso, deve-se interromper o tratamento e procurar o pronto socorro mais próximo ao apresentar sintomas como dificuldade para respirar, tosse, dor no peito, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, ou urticária. Saiba mais sobre sintomas de reação alérgica.

Deve-se procurar atendimento médico imediato também caso se tome o Frontal em doses maiores do que as recomendadas e surgirem sintomas de overdose como respiração fraca, sensação de tontura como se fosse desmaiar, convulsão, alucinação, agitação, visão dupla ou pele ou olhos amarelados.

Quem não deve usar

O Frontal não deve ser usado por mulheres grávidas ou em amamentação, crianças com menos de 18 anos ou por pessoas que tenham miastenia gravis, glaucoma ou problemas no fígado ou rins.

Este remédio também não deve ser usado por pessoas que tenham alergia ao alprazolam ou qualquer outro ansiolítico como diazepam ou lorazepam, por exemplo, ou que estejam em tratamento com remédios antifúngicos como cetoconazol ou itraconazol.