Esclerite: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em julho 2021

A esclerite é uma condição caracterizada pela inflamação da esclera, que é a camada branca do olho, levando ao aparecimento de vermelhidão no olho, dor ao movimentar os olhos e diminuição da capacidade visual, em alguns casos.

A esclerite pode atingir um ou os dois olhos e é mais frequente em mulheres jovens e de meia idade, sendo muitas vezes consequência de complicações de doenças como artrite reumatoide, lúpus, hanseníase ou tuberculose.

A esclerite tem cura, principalmente se o tratamento for iniciado logo no início. Assim, é importante consultar o oftalmologista quando surgem sinais e sintomas que sejam indicativos de esclerite, para que possa ser iniciado o tratamento mais adequado. Para tratar, podem ser utilizados medicamentos como antibióticos ou imunossupressores, além de cirurgia, em alguns casos.

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Principais sintomas

Os principais sintomas relacionados com a esclerite são a vermelhidão no olho e a dor ao movimentar os olhos, que pode ser tão intensa ao ponto de interferir no sono e no apetite.

Outros sintomas de esclerite incluem:

  • Inchaço no olho;
  • Alteração de branco para tons amarelados no olho;
  • Aparecimento de um nódulo doloroso, que pode não se movimentar um pouco;
  • Diminuição da visão;
  • Perfuração do globo ocular, sendo sinal de gravidade.

No entanto, quando a esclerite afeta a parte de trás do olho, os sintomas da esclerite podem não ser logo identificados, o que prejudica o seu tratamento e a prevenção de complicações.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico é feito com a avaliação dos sintomas e da estrutura do olho por um oftalmologista, que também pode recomendar exames como instilação, teste da fenilefrina a 10% ou ultrassonografia ocular.

Quando não tratada adequadamente, a esclerite pode causar complicações como glaucoma, descolamento de retina, inchaço no nervo óptico, alterações na córnea, catarata, perda progressiva de visão e cegueira.

Possíveis causas

A esclerite surge principalmente como uma complicação de doenças como artrite reumatoide, gota, granulomatose de Wegener, policondrite recidivante, lúpus, artrite reativa, poliarterite nodosa, espondilite anquilosante, hanseníase, sífilis, síndrome de Churg-Strauss ou tuberculose.

Além disso, a condição pode surgir após cirurgias oculares, acidentes ou presença de corpos estranhos no olho ou infecções locais causadas por microrganismos.

Como é feito o tratamento

O tratamento para esclerite é feito sob orientação do oftalmologista que indica o uso de medicamentos de acordo com a causa da esclerite, podendo ser recomendado o uso de antibióticos ou imunossupressores, por exemplo.

Em casos de complicações como catarata e glaucoma que não conseguem ser controlados apenas com o uso de medicamentos, o médico também pode recomendar cirurgia. Além disso, deve-se tratar e controlar outras doenças que podem ter causado a esclerite, como lúpus e tuberculose, para favorecer a cicatrização do olho e evitar o reaparecimento do problema.

No entanto, é importante lembrar que os casos de esclerite anterior necrosante com inflamação e esclerite posterior são os mais graves, com maiores chances de perda de visão.