Ertapenem: para que serve e como usar

Atualizado em dezembro 2023

Ertapenem é um antibiótico indicado para o tratamento de infecções do cólon, do intestino delgado, das vias biliares, pé diabético ou pneumonia, por exemplo, pois age eliminando bactérias que causam essa infecções.

A dose e o tempo de tratamento com a ertapenem variam de acordo com a infecção a ser tratada e pode ser administrada diretamente no músculo ou na veia, no hospital, por um enfermeiro sob supervisão médica.

O ertapenem pode ser encontrado em apresentações de 1 g como genérico “ertapenem sódico” ou com o nome comercial Invanz, e deve ser usado com indicação médica.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

O ertapenem é indicado para o tratamento de:

  • Apendicite localizada complicada, infecções do cólon, do intestino delgado, das vias biliares peritonite generalizada;
  • Infecções por diabetes nas pernas, pés, tornozelos ou pé diabético;
  • Abscesso profundo de tecido mole, infecção de ferida pós-trauma e celulite bacteriana com pus;
  • Pneumonia adquirida na comunidade;
  • Infecções complicadas do trato urinário, como a pielonefrite;
  • Endomiometrite pós-parto, aborto séptico e infecções ginecológicas pós-cirúrgicas;
  • Sepse bacteriana.

Além disso, o ertapenem pode ser indicado para ser usado antes de cirurgia colorretal em pessoas com mais de 18 anos, para prevenir infecções pós-cirúrgicas.

O ertapenem deve ser usado somente com indicação médica, nas doses e pelo tempo de tratamento recomendado pelo médico.

Como usar

O ertapenem 1 g deve ser usado através de injeção aplicada diretamente na veia (intravenoso) ou no músculo (intramuscular) pelo enfermeiro no hospital.

As doses normalmente indicadas do ertapenem são:

  • Adultos e crianças com mais de 13 anos: a dose normalmente recomendada é de 1 g de ertapenem por dia, aplicado por via intravenosa ou intramuscular;
  • Crianças de 3 meses a 12 anos: 15 mg por kg de peso corporal, 2 vezes por dia, aplicado por via intravenosa ou intramuscular. A dose máxima diária não deve ultrapassar 1 g por dia.

O tempo de tratamento com ertapenem pode variar de 3 a 14 dias, o que depende do tipo de infecção a ser tratada, e deve ser orientado pelo médico.

Para prevenir infecções pós cirúrgicas de cirurgia colorretal em pessoas com mais de 18 anos, a dose normalmente recomendada é de 1 g de ertapenem diretamente na veia, 1 h antes da cirurgia, em dose única.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns do ertapenem são inchaço na barriga, náuseas, vômitos, diarreia, dor de cabeça, ou reações no local da injeção, como dor ou vermelhidão.

Além disso, o ertapenem pode causar crises convulsivas, especialmente em pessoas com histórico de lesões cerebrais, convulsões ou problemas nos rins.

O ertapenem também pode causar diarreia aquosa ou com sangue ou dor de estômago intensa, devendo ser comunicado ao médico imediatamente.

Esse remédio também pode causar reações alérgicas graves ou anafilaxia com sintomas que podem iniciar imediatamente após a injeção, como dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, ou urticária.

Por isso, o ertapenem deve ser aplicado em hospitais por um enfermeiro sob supervisão médica para que se possa prestar os primeiros socorros imediatamente.

Quem não deve usar

O ertapenem não deve ser usado por crianças com menos de 3 meses, mulheres grávidas ou lactantes, bem como a pessoas com colite ou insuficiência renal.

Este antibiótico também é contraindicado para pessoas que tenham alergia ao ertapenem, meropenem ou imipenem, antibióticos da classe das cefalosporinas, como cefalexina ou cefdinir, por exemplo, ou penicilinas.

Deve-se sempre informar ao médico se tiver tido uma reação alérgica leve ao ertapenem ou outros antibióticos semelhantes.

Além disso, pessoas que têm alergia à lidocaína ou choque ou bloqueio cardíaco grave, não devem usar o ertapenem por via intramuscular, pois é usado esse anestésico junto para reduzir a dor durante a aplicação.

O ertapenem deve ser usado com cautela e somente com orientação médica em pessoas com histórico de problemas renais, epilepsia, crises convulsivas ou lesões lesões cerebrais, devido ao maior risco de desenvolver crises convulsivas.