Dispraxia: o que é, tipos, sinais, causas e tratamento

Atualizado em fevereiro 2023

A dispraxia é um transtorno neurológico que causa dificuldade para coordenar os movimentos do corpo, podendo haver dificuldade em manter o equilíbrio e a postura e, em alguns casos, dificuldade para falar.

Esta condição costuma ser mais observada durante a infância, em que as crianças com dispraxia são, muitas vezes, consideradas como “crianças desajeitadas”, pois costumam quebrar objetos, tropeçar e cair sem motivo aparente. No entanto, é possível também que se desenvolva nos adultos, especialmente devido a um AVC ou traumatismo craniano.

É importante que a pessoa com dispraxia seja acompanhada por uma equipe multiprofissional, que deve ser composta por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. Assim é possível que seja estabelecido o melhor plano de tratamento, de acordo com o tipo de dispraxia, promovendo a qualidade de vida.

Imagem ilustrativa número 1

Tipos de dispraxia e sintomas

Dependendo do tipo de movimentos afetados, a dispraxia pode ser classificada em:

Dispraxia motora

  • Dificuldade para coordenar os músculos;
  • Dificuldade para realizar movimentos simples, como vestir, comer, andar ou escrever;
  • Lentidão para fazer movimentos simples

Dispraxia da fala

  • Dificuldade para desenvolver a linguagem;
  • Pronuncia errada de palavras;
  • Fala imperceptível.

Dispraxia postural

  • Dificuldade para manter uma postura correta;
  • Movimentos sem fluidez e pouco ritmados.

Possíveis causas

A dispraxia não possui uma causa muito bem definida, no entanto acredita-se que pode estar relacionada com alguma alteração genética que faz com que as células nervosas demorem mais para se desenvolver.

No entanto, a dispraxia também pode acontecer devido a traumas ou lesões cerebrais, como AVC ou traumatismo craniano, sendo essas situações mais frequentes em adultos.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico em crianças deve ser feito por um pediatra através da observação do comportamento e avaliação dos relatos dos pais e professores, uma vez que não existe um teste específico. Dessa forma, é recomendado que os pais anotem todos os comportamentos estranhos que observarem no seu filho, assim como conversem com os professores.

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Já nos adultos, esse diagnóstico é fácil de ser feito, já que surge após um trauma cerebral e pode ser comparado com o que a pessoa era capaz de fazer anteriormente, o que também acaba por ser identificado pela própria pessoa.

Como é feito o tratamento

O tratamento para dispraxia é feito através de terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia, pois são técnicas que ajudam a melhorar tanto os aspectos físicos da criança como a força muscular e equilíbrio, quanto os aspectos psicológicos, proporcionando mais autonomia e segurança. Deste modo, é possível ter um melhor desempenho nas atividades diárias, relações sociais e capacidade para lidar com as limitações impostas pela dispraxia.

É importante que seja feito um plano de intervenção individualizado, de acordo com as necessidades de cada pessoa. No caso das crianças, é ainda importante envolver os professores no tratamento e orientações dos profissionais de saúde, para que saibam lidar com os comportamentos e ajudam a ultrapassar obstáculo de forma contínua.

Exercícios para fazer em casa e na escola

Alguns exercícios que podem ajudar no desenvolvimento da criança e manter o treino das técnicas realizadas com os profissionais de saúde, são:

  • Fazer puzzles: além de estimularem o raciocínio, ajudam a criança a ter melhor percepção visual e do espaço;
  • Incentivar a criança a escrever no teclado do computador: é mais fácil que escrever manualmente, mas também requer coordenação;
  • Apertar uma bola anti-stress: permite estimular e aumentar a força muscular da criança;
  • Atirar uma bola: estimula a coordenação e a noção de espaço da criança.

Já na escola é importante que os professores tenham atenção para incentivar a apresentação de trabalhos orais em vez de escritos, não pedir trabalho em excesso e evitar apontar todos os erros cometidos pela criança no trabalho, trabalhando um de cada vez.