Criptorquidia: o que é, causas e tratamento

Atualizado em julho 2022

A criptorquidia é uma situação em que os testículos do bebê não descem para o escroto, permanecendo na região abdominal, o que pode aumentar o risco de hérnias, torção e câncer de testículo.

Normalmente, os testículos descem para o escroto nos últimos meses de gestação, podendo também acontecer até os 6 meses de vida. Quando essa descida não acontece após esse período, o pediatra pode realizar a palpação da bolsa escrotal para verificar a ausência de um ou dos dois testículos e, assim, confirmar a criptorquidia.

É importante que a criptorquidia seja identificada e tratada logo nos primeiros meses de vida do bebê, pois assim é possível iniciar o tratamento logo em seguida, que pode envolver a terapia hormonal e a realização de cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Como identificar

A criptorquidia pode ser identificada pelo pediatra ao longo do desenvolvimento da criança, não havendo descida dos testículos para a bolsa escrotal até 1 ano de vida. Para saber a posição dos testículos, o pediatra pode realizar a palpação do escroto e, assim, verificar se há alterações e classificar a criptorquidia em dois tipos principais:

  • ​​Criptorquidia bilateral: quando estão ausentes os dois testículos no escroto;
  • Criptorquia unilateral: quando está ausente um testículo num dos lados do escroto.

É importante que a criptorquia seja identificada e tratada entre os 6 e 18 meses de vida do bebê, pois assim é possível prevenir complicações, como desenvolvimento de hérnias, torção do testículo e infertilidade, além do aumento do risco de câncer de testículo.

Possíveis causas

A criptorquia pode acontecer como consequência de alterações genéticas, deficiências hormonais do bebê, fraqueza ou ausência dos músculos abdominais, ou acontecer como consequência de fatores relacionados com a mãe, como obesidade ou diabetes gestacional, tabagismo, idade avançada e contato prolongado com pesticidas, por exemplo.

Além disso, o nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, paralisia cerebral e a síndrome de Down, por exemplo, podem também aumentar o risco de criptorquidia.

Como é o tratamento

O tratamento da criptorquidia deve ser orientado pelo pediatra, podendo inicialmente ser indicada a realização de terapia hormonal através de injeções de testosterona ou hormônio gonadotrofina coriônica, que ajudam a amadurecer o testículo fazendo com que ele desça até ao escroto, o que resolve até metade dos casos.

No entanto, quando os testículos não "descem" até 1 ano, é normalmente indicada a realização de cirurgia para colocar o testículo no local correto, sendo principalmente indicado no caso de criptorquidia unilateral.

Quando a ausência de testículos é detectada em fases tardias, a remoção dos testículos pode ser necessária para evitar complicações futuras para a pessoa, o que tem como consequência a esterilidade.