Como deve ser a alimentação do bebê com intolerância à lactose

Atualizado em janeiro 2023

A alimentação do bebê com intolerância à lactose varia de acordo com o tipo de intolerância. Bebês com menos de 6 meses e com intolerância à lactose congênita, não podem receber o leite materno, sendo recomendado o uso de fórmulas infantis sem lactose, conforme a orientação do pediatra.

Já os bebês com menos de 6 meses e com intolerância à lactose secundária, um tipo de intolerância que surge devido a lesões no intestino causadas por rotavírus ou gastroenterite, por exemplo, podem receber o leite materno.

A partir dos 6 meses, que é a fase de introdução de outros alimentos na dieta do bebê, é importante também oferecer alimentos ricos em cálcio como sardinha, agrião, grão-de-bico e espinafre. Veja outros alimentos ricos em cálcio.

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Como deve ser a alimentação

A alimentação do bebê com intolerância à lactose varia conforme o tipo de intolerância.

1. Intolerância congênita à lactose

Este tipo de intolerância é uma alteração genética rara que acontece quando o organismo do bebê não consegue produzir a lactase, que é a enzima responsável pela digestão e absorção da lactose. Conheça mais sobre os tipos de intolerância à lactose.

Neste caso, o bebê não deve receber o aleitamento materno, sendo indicado o uso de fórmulas infantis sem lactose, como Nan SL, Aptamil ProExpert sem lactose ou Enfamil O-Lac Premium, conforme a prescrição do pediatra.

Já na fase de introdução dos alimentos, a partir dos 6 meses, é importante incluir na dieta do bebê alimentos fonte de cálcio, como sardinha, espinafre, feijão e grão-de-bico. Entretanto, deve-se evitar oferecer alimentos com lactose para o bebê, como iogurte, queijo e leite.

2. Intolerância secundária à lactose

Este tipo de intolerância pode ser temporária e é causada por danos nas células do intestino que são responsáveis pela produção da lactase, como no caso da prematuridade, rotavírus ou gastroenterite, por exemplo.

Na alimentação de bebês com intolerância secundária à lactose deve-se manter o aleitamento materno, ou a fórmula infantil sem lactose, de acordo com a prescrição do pediatra.

A partir dos 6 meses, o nutricionista, ou pediatra, pode recomendar a ingestão de pequenas porções de alimentos com lactose e observar se a criança apresenta sintomas. Isso porque o grau desse tipo de intolerância varia de um bebê para outro.

Além disso, os alimentos ricos em lactose, como leite e derivados, também são ótimas fontes de cálcio e vitamina D, que são nutrientes fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do bebê.

Diferença da cólica normal e intolerância a lactose

A principal diferença entre a cólica normal dos bebês para os sintomas de intolerância à lactose, é a intensidade dos sintomas e a frequência com que eles aparecem.

Os bebês que mamam somente no peito podem ter cólicas ao longo do dia, mas estas cólicas não surgem após todas as mamadas. Já os bebês com intolerância à lactose podem apresentar distensão abdominal, excesso de gases e diarreia que começam cerca de 30 minutos após cada mamada.

Como é o diagnóstico da intolerância à lactose em bebês

O diagnóstico da intolerância à lactose em bebês deve ser feito pelo pediatra, que vai avaliar os sinais e sintomas apresentados pela criança.

Além disso, o pediatra também pode pedir alguns exames para confirmar o diagnóstico e a quantidade de lactase que o organismo ainda produz, como teste respiratório e teste de acidez nas fezes. Conheça os exames e testes de intolerância à lactose.