Colchicina: o que é, para que serve e como usar

Atualizado em junho 2023

A colchicina é um medicamento com propriedades anti-inflamatórias que serve para prevenir as crises agudas de gota e está indicado no tratamento da gota crônica, amiloidose, pericardite e pseudogota. Além disso, também pode ser utilizado juntamente com medicamentos que diminuem o ácido úrico.

A dose de colchicina depende da doença a ser tratada, de forma que é importante consultar o reumatologista ou clínico geral para que seja indicada a dose mais adequada e o tempo de tratamento de acordo com a evolução dos sintomas e resultados de exames laboratoriais.

Este medicamento pode ser comprado em farmácias, em genérico ou com o nome comercial Colchis, em embalagens de 20 ou 30 comprimidos, mediante apresentação de receita médica.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A colchicina é um medicamento usado no tratamento de:

  • Crise aguda de gota;
  • Artrite gotosa crônica;
  • Escleroderma;
  • Febre familiar do mediterrâneo;
  • Doença de Peyronie.

Além disso, o tratamento com esse medicamento pode ser indicado em poliarterite associada à sarcoidose ou a psoríase.

Como usar

O comprimido de colchicina deve ser tomado por via oral, com um copo de água, antes ou após uma refeição. É importante evitar a ingestão da colchicina junto com suco de toranja, pois essa fruta pode impedir a eliminação do remédio, aumentando o risco de complicações e efeitos colaterais.

As doses da colchicina para adultos variam de acordo com a condição a ser tratada e inclui:

1. Antigotoso 

A colchicina como antigotoso pode ser usada para prevenção ou alívio das crises de gota, sendo que as doses recomendadas para adultos são:

  • Prevenção de crises de gota: 1 comprimido de 0,5 mg, de 1 a 3 vezes por dia. No caso de pessoas com gota submetidos à cirurgia, a dose recomendada é de 1 comprimido de 0,5 mg, 3 vezes por dia, ou seja, a cada 8 horas, iniciando 3 dias antes da cirurgia e continuar tomando 3 dias depois da intervenção cirúrgica.
  • Alívio do crise aguda de gota: a dose inicial é de 0,5 mg a 1,5 mg, seguido de 1 comprimido em intervalos de 1 hora, ou de 2 horas, até que ocorra o alívio da dor. A dose nunca deve ser aumentada sem orientação do médico, mesmo que os sintomas não melhorem.

Nos casos de gota crônica, o médico pode recomendar a continuação do tratamento com uma dose de manutenção de 1 comprimido de 0,5 mg, a cada 12 horas, por até 3 meses, a critério do médico.

A dose máxima alcançada não deve ultrapassar os 7 mg diários.

2. Doença de Peyronie

O tratamento deve ser iniciado com 0,5 mg a 1,0 mg ao dia, administrada em 1 a 2 doses, podendo ser aumentada pelo urologista até 2 mg por dia, administrada em 2 a 3 doses.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer com o uso deste medicamento são vômitos, náuseas, fadiga, dor de cabeça, gota, cólicas, dor abdominal e dor na laringe e na faringe. Outro efeito colateral muito importante é a diarreia que, caso surja, deve ser imediatamente informada ao médico, pois indica que o tratamento deve ser interrompido.

Além disso, embora seja mais raro, também pode ocorrer queda de cabelo, depressão medular, dermatite, alterações na coagulação e no fígado, reações alérgicas, aumento da creatina fosfoquinase, intolerância à lactose, dor muscular, redução do número de espermatozoides, púrpura, destruição das células musculares e doença neuromuscular tóxica.

Quem não deve usar

Este remédio não deve ser usado em pessoas com alergia a qualquer um dos componentes presentes na fórmula, pessoas a fazer diálise ou pessoas com doenças gastrointestinais, hematológicas, hepáticas, renais ou cardíacas graves.

Além disso, também não deve ser usado em crianças, grávidas ou mulheres que estejam amamentando.

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