Cleptomania: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em dezembro 2021

A cleptomania, também conhecida como furto compulsivo, é uma alteração psiquiátrica em que a pessoas não consegue resistir ao impulso de furtar pequenos objetos, havendo sensação de tensão antes do furto e de alívio e prazer após o ato.

Além disso, é comum que a pessoa sinta também sensação de culpa e remorso após o furto, assim como vergonha, o que pode fazer com que a pessoa não busque tratamento psicológico, tornando o problema crônico.

É possível tratar a cleptomania por meio de sessões de psicoterapia, através do método de terapia cognitivo-comportamental, ou com o psiquiatra, que poderá avaliar a necessidade do uso de algum medicamento.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de cleptomania

A cleptomania costuma aparecer na infância e adolescência, sendo mais comum em mulheres, sendo os principais sintomas: 

  • Incapacidade frequente de resistir aos impulsos de furtar objetos desnecessários.
  • Sensação crescente de tensão antes do furto;
  • Prazer ou alívio no momento do furto;
  • Sensação de culpa, remorso, vergonha e depressão após o furto.

Diferentemente de um ladrão, a pessoa com cleptomania furta objetos sem pensar no seu valor. Na maior parte dos casos desta doença, os objetos furtados nunca são usados ou chegam a ser devolvidos para o verdadeiro dono.

É importante que a cleptomania seja identificada e tratada de acordo com as orientações do psicólogo ou psiquiatra, pois, caso contrário, pode levar a complicações psicológicas, como depressão e excesso de ansiedade, e complicações na vida pessoal, pois a vontade de cometer furtos atrapalha a concentração e o relacionamento saudável no ambiente de trabalho e com a família.

Possíveis causas

As causas de cleptomania não estão totalmente claras, no entanto parece estar relacionada com alterações na função de alguns neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, que são responsáveis pelo controle das emoções, estado de ânimo e sensação de prazer, além de um sistema no cérebro chamado sistema opioide, que está relacionado com a regulação dos impulsos.

Como é feito o tratamento

Para controlar o impulso de roubar normalmente é aconselhado consultar um psicólogo, para tentar identificar o problema e iniciar psicoterapia. Porém, pode também ser aconselhado pelo psicólogo a consulta de psiquiatra, já que existem medicamentos que também podem ajudar a controlar a vontade de roubar. Alguns desses remédios incluem antidepressivos, anticonvulsionantes ou remédios para a ansiedade.

A psicoterapia, também chamada de terapia cognitivo-comportamental, são muito importantes para desenvolver métodos que ajudem a pessoa a se controlar e evitar o furto, como frases que relembram a culpa sentida após o roubo e o perigo que é roubar. No entanto, esse tratamento é demorado e é importante o apoio da família para ajudar o paciente a controlar a sua doença.