Câncer de pele: o que é, sintomas, tipos e tratamento

Atualizado em janeiro 2024

O câncer de pele é uma doença onde as células da pele se multiplicam rapidamente e formam um tumor maligno, podendo causar sintomas como presença de pintas, manchas ou lesões elevadas na pele transparentes, vermelhas, castanhas ou multicoloridas, que podem coçar ter crosta e sangrar.

O câncer pele pode ser do tipo melanoma, que é menos frequente, sendo o tipo mais grave, ou não-melanoma, incluindo o carcinoma basocelular, o espinocelular e o carcinoma de Merkel, que são mais frequentes e têm grandes chances de cura, quando identificados na fase inicial. Conheça melhor sobre os diferentes tipos de câncer de pele.

Na presença de sinais e sintomas que possam indicar o câncer de pele, é recomendado consultar o dermatologista, para que seja feito o diagnóstico na fase inicial e, se necessário, seja recomendado o tratamento que inclui a cirurgia, a quimioterapia, a imunoterapia e a radioterapia.

Imagem ilustrativa número 1
Foto de câncer de pele

Principais sintomas

Os principais sintomas do câncer de pele são:

  • Manchas elevadas na pele de cor brilhante, transparente, rosa, vermelha, marrom, preta ou com várias cores;
  • Lesão na pele com crosta, que sangra facilmente e não cicatriza;
  • Pinta na pele que muda de cor e textura;
  • Pinta com contorno irregular e que aumenta de tamanho;
  • Mancha ou ferida na pele que coça ou arde.

O câncer de pele é mais frequente em regiões da pele que são mais expostas à radiação ultravioleta do sol ou bronzeamento artificial, como rosto, pescoço, couro cabeludo e orelhas. No entanto, embora seja mais raro, o câncer de pele também pode surgir nos olhos, unhas, boca, nariz, garganta, ânus, vagina ou trato gastrointestinal.

Saiba como identificar os sinais do câncer de pele, no vídeo a seguir:

Câncer de pele coça?

Em alguns casos, o câncer de pele pode coçar, pois esse tipo de tumor pode causar inflamação, irritando as terminações nervosas da pele e causando, assim, uma sensação de coceira.

Os principais tipos de câncer de pele que podem causar coceira são o basocelular e o espinocelular

Tipos de câncer de pele

Os principais tipos de câncer de pele são o melanoma e o não-melanoma, que variam conforme a frequência e a gravidade dessa condição.

1. Câncer de pele melanoma

O melanoma é um câncer de pele maligno que se desenvolve nos melanócitos, que são as células da pele responsáveis pela produção de melanina. Alguns dos sintomas desse tipo de câncer são pintas, manchas ou sinais na pele assimétricas, com bordas irregulares e cores diferentes, por exemplo.

Além disso, no caso de metástase para outros órgãos, como no caso do melanoma metastático, a pessoa também pode apresentar sintomas como caroços na pele, falta de ar, dor na barriga e de cabeça, por exemplo. Conheça todos os sintomas do melanoma metastático.

2. Câncer de pele não-melanoma

O câncer de pele não-melanoma se desenvolve nas células basais ou escamosas da pele, sendo o tipo mais frequente e que apresenta menor mortalidade, quando tratado adequadamente.

Os principais tipos de câncer de pele não-melanoma são:

  • Carcinoma basocelular: é o tipo de câncer de pele mais comum e que causa o surgimento de uma pequena mancha vermelha que cresce lentamente ao longo do tempo, uma ferida que não cicatriza ou uma elevação na pele esbranquiçada, no rosto, costas ou pescoço. Saiba reconhecer os sintomas do carcinoma basocelular.
  • Carcinoma espinocelular, ou epidermoide: um tipo de câncer de pele que surge principalmente na boca, língua e esôfago e causa sintomas como feridas que não cicatrizam e sangram facilmente, e manchas ásperas na pele, com bordas irregulares e de coloração vermelha ou marrom.

Além disso, existe também o carcinoma de Merkel, um tipo raro de câncer de pele que acontece quando as células chamadas células de Merkel crescem descontroladamente e que podem causar sinais e sintomas como caroços rosados, vermelhos ou roxos na pele, que não doem e podem sangrar no rosto, pescoço, braços ou pernas, por exemplo.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do câncer de pele deve ser feito pelo dermatologista por meio da avaliação da cor, formato e tamanho das manchas ou pintas e através do histórico de saúde da pessoa.

Se deseja verificar o risco de câncer de pele, marque uma consulta com o dermatologista mais perto de você:

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Para confirmar o diagnóstico, o dermatologista também faz a dermatoscopia, um exame em que é usado um aparelho chamado dermatoscópio que permite a ampliação da imagem da pele em até 400 vezes, sendo útil para avaliar e diagnosticar possíveis alterações. Entenda melhor para que serve e como é feita a dermatoscopia.

Além disso, o médico também pode recomendar a realização da biópsia de pele, que é feita retirando-se a lesão para ser analisada em laboratório para confirmar ou descartar o diagnóstico de câncer de pele.

Possíveis causas

O câncer de pele é causado principalmente pela exposição excessiva aos raios ultravioletas do sol, o que provoca o estresse oxidativo e altera o DNA das células da pele, favorecendo o surgimento do câncer.

Além disso, alguns fatores de risco que também favorecem o surgimento do câncer de pele são:

  • Ter pele e olhos claros, cabelos naturalmente ruivos ou loiros, ou ser albino;
  • História pessoal ou familiar de câncer de pele;
  • Trabalho sob exposição direta ao sol;
  • Exposição prolongada e repetida ao sol;
  • Uso de câmeras de bronzeamento artificial;
  • Presença de lesões graves ou prolongadas na pele.

Além disso, ter HPV, fumar, ter o sistema imunológico enfraquecido e ser exposto a radiação ou compostos químicos, como arsênico e petróleo, também podem favorecer o surgimento do câncer de pele.

Como é feito o tratamento

O tratamento do câncer de pele varia de acordo com o tipo e a gravidade dessa doença, incluindo cirurgia, quimioterapia, terapia fotodinâmica, imunoterapia e radioterapia.

1. Cirurgia

A cirurgia pode ser indicada pelo médico principalmente para tratar o câncer de pele não-melanoma, podendo incluir:

  • Cirurgia excisional: o tumor é removido com um bisturi, apresentando altos índices de cura e, por isso pode ser feita em casos de tumores recorrentes;
  • Curetagem e eletrodissecção: são usadas em tumores menores, através da raspagem da lesão com cureta e o uso do bisturi elétrico para destruir as células cancerígenas;
  • Criocirurgia: feito sem cortes ou sangramentos, esse procedimento destrói tumor através do congelamento com nitrogênio líquido, podendo ser uma boa opção em casos de tumores pequenos ou recorrentes;
  • Cirurgia a laser: remove as células cancerígenas  com o uso de laser de dióxido de carbono ou erbium YAG laser, sendo uma boa opção para pessoas com alterações sanguíneas.

Existe também a cirurgia Micrográfica de Mohs, um procedimento onde se retira o tumor e um pedaço de pele ao redor com uma cureta e, em seguida, analisa-se o material no microscópio. Esse procedimento é feito várias vezes, até não existirem mais células cancerígenas. Essa cirurgia geralmente é indicada em casos de tumores indefinidos ou em áreas delicadas, como o rosto.

2. Quimioterapia

A quimioterapia é um tipo de tratamento contra o câncer, que é feito com o uso de medicamentos, na forma de comprimidos, ou injeções, que eliminam ou bloqueiam o crescimento de células cancerígenas. Entenda melhor como é feita a quimioterapia.

As sessões de quimioterapia podem ser diárias, semanais ou a cada 2 a 3 semanas, por exemplo, podendo ser indicada para todos os tipos de câncer de pele, principalmente nos casos de melanoma ou outros tipos de câncer não-melanoma mais avançados.

3. Radioterapia

A radioterapia é um tratamento que tem como objetivo destruir ou impedir o crescimento das células cancerígenas, através da aplicação de radiação concentrada, diretamente no tumor. Saiba melhor para que serve a radioterapia.

A radioterapia pode ser feita sozinha, junto com a quimioterapia ou após cirurgias, para diminuir o risco do retorno do câncer de pele. Esse tratamento  pode ser recomendado em casos de câncer de pele que cobrem uma grande área, em regiões do corpo que são difíceis de operar, para pessoas que não podem ou querem passar por uma cirurgia ou ainda quando o câncer se espalhar para outros órgãos, como gânglios linfáticos ou pulmões.

4. Imunoterapia

A imunoterapia é um tratamento que fortalece o sistema imunológico, fazendo com que o corpo tenha maior capacidade para combater o câncer de pele, podendo ser indicado em casos de câncer de pele avançado ou que espalhou para outras partes do corpo, ou ainda para pessoas que não podem fazer cirurgia.

5. Terapia fotodinâmica

Na terapia fotodinâmica, o médico aplica um creme que contém um composto fotossensibilizante, como o ácido 5-aminolevulínico, na pele. Após algumas horas, a região a ser tratada é exposta a uma fonte de luz intensa para ativar o composto e destruir as células tumorais. Essa terapia é recomendada principalmente para tratar o câncer de pele não-melanoma.

Câncer de pele tem cura?

Tanto o câncer de pele melanoma como o não-melanoma têm cura, desde que sejam identificados e tratados na fase inicial dessa doença.

No entanto, o diagnóstico do câncer de pele em estágios mais avançados, aumenta as chances de o tumor se espalhar para outros órgãos, podendo diminuir as chances de cura.

Como prevenir o câncer de pele

Algumas dicas que importantes para prevenir o câncer de pele são:

  • Usar protetor solar frequentemente, sempre que sair de casa, mesmo em dias nublados;
  • Reaplicar o protetor solar a cada duas horas ou após nadar ou suar;
  • Evitar a exposição ao sol entre 10:00 e 16:00h, que é o horários de maior radiação;
  • Preferir os óculos de sol que tenham proteção UV.

Além disso, pode-se também usar protetores físicos, como chapéus, guarda-sol, sombrinhas e roupas com proteção UV.

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