Blastomicose: o que é, sintomas, tipos e tratamento

Atualizado em abril 2023

A blastomicose é uma doença infecciosa causada pelos esporos do fungo Blastomyces dermatitidis. Pode afetar os pulmões ou espalhar-se pela corrente sanguínea, causando sintomas como febre, tosse seca, dor no peito e dificuldade para respirar.

A transmissão da blastomicose acontece através da inalação dos esporos do fungo que encontram-se dispersos no ar. O Blastomyces dermatitidis é considerado um fungo oportunista, o que significa que afeta principalmente pessoas com o sistema imune comprometido, como pode acontecer em pessoas com doenças autoimunes, infecções ou doenças crônicas.

A blastomicose pulmonar, que é a forma mais frequente da blastomicose, tem cura desde que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível, pois caso contrário, o fungo consegue multiplicar-se facilmente e atingir outros órgãos, como pele, osso e sistema nervoso, podendo causar a morte.

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Principais sintomas

Os sintomas mais comuns da blastomicose são:

  • Febre;
  • Tosse seca ou com carro;
  • Dor no peito;
  • Dificuldade para respirar;
  • Calafrios;
  • Suores excessivos.

No entanto, os sintomas podem variar de acordo com o local afetado. Na presença de sinais e sintomas indicativos de blastomicose, é importante consultar um clínico geral ou infectologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da blastomicose é feito pelo médico a partir da avaliação dos sintoma, e do resultado de exames de diagnóstico como raio X do tórax e dos exames de sangue.

Tipos de blastomicose

Quando o fungo atinge a corrente sanguínea, é possível que chegue mais facilmente a outros órgãos e sistema, resultando no aparecimento de sinais e sintomas mais específicos. Assim, de acordo com o local em que o fungo se encontra, é possível classificar a blastomicose em alguns tipos, sendo os principais:

  • Blastomicose cutânea, em que o fungo atinge a pele e leva ao aparecimento de lesões únicas ou múltiplas na pele, que à medida que crescem, formam cicatrizes atrofiadas;
  • Blastomicose osteoarticular, que acontece quando o fungo atinge ossos e articulações, deixando o local inchado, quente e sensível;
  • Blastomicose genital, que é caracterizada por lesões genitais e é mais frequente nos homens, podendo haver inchaço do epidídimo e aumento da sensibilidade da próstata, por exemplo;
  • Blastomicose nervosa, em que o fungo atinge o sistema nervoso central e provoca o aparecimento de abscessos e, se caso não tratada, pode resultar em meningite.

O desenvolvimento desses tipos é indicativo de que a infecção está em uma fase mais avançada, o que pode tornar o tratamento mais complicado e aumentar as chances de complicações. Por isso, é fundamental que o médico seja consultado assim que surgirem os primeiros sintomas de blastomicose.

Como é feito o tratamento

O tratamento da blastomicose é feito de acordo com o estado geral de saúde da pessoa e gravidade da doença. Normalmente, os pacientes que não são considerados graves são tratados com Itraconazol por via oral. No entanto, as pessoas cuja doença está em uma fase mais avançada ou possuem contraindicação quanto ao uso do Itraconazol, o médico pode recomendar o uso de Anfotericina B.

A prevenção da blastomicose nem sempre é possível, pois os esporos dos fungos circulam facilmente no ar. As zonas perto dos rios, lagos e pântanos são zonas onde frequentemente existe este tipo de fungo.