O que é a síndrome do Bebê Chiador e como tratar

Atualizado em dezembro 2023

A síndrome do bebê chiador, também conhecida como lactente sibilante, é caracterizada por episódios de chiado no peito e tosse que surgem de forma frequente, geralmente, provocados por uma hiper-reatividade dos pulmões do recém nascido, que se estreitam na presença de certos estímulos, como um resfriado, alergia ou refluxo, por exemplo.

Nem sempre a presença de chiado no peito acontece devido a esta síndrome, pois somente é considerado um bebê chiador aquele que tiver:

  • 3 ou mais episódios de chiado no peito, ou sibilância, ao longo de 2 meses; ou
  • Chiado no peito contínuo, que dura pelo menos 1 mês.

A cura desta síndrome costuma ocorrer de forma natural por volta dos 2 a 3 anos de idade mas, se os sintomas não desaparecerem, o médico deve considerar outras doenças, como asma. O tratamento das crises é orientado pelo pediatra, feito com medicamentos inalatórios, como corticoides ou broncodilatadores. 

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Principais sintomas

Os sintomas da síndrome do bebê chiador incluem:

  • Chiados no peito, conhecidos como sibilos ou sibilância, que é um som agudo que surge ao expirar ou soltar o ar;
  • Estridor, que é um som resultante da turbulência do ar nas vias respiratórias ao inspirar o ar;
  • Tosse, que pode ser seca ou produtiva;
  • Falta de ar ou cansaço;

Caso a falta de oxigênio no sangue seja persistente ou intensa, pode haver o arroxeamento das extremidades, como dedos e lábios, situação conhecida como cianose.

Como é feito o tratamento

Para tratar a síndrome do bebê chiador, é importante identificar se existe alguma causa e eliminá-la, como cuidar do resfriado ou alergia, conforme as orientações do pediatra.

Já nos períodos de crise, o tratamento é feito com medicamentos para diminuir a inflamação e a hiper-reatividade das vias respiratórias do bebê, nos períodos de crise, geralmente compostos por corticoides inalatórios, como Budesonida, Beclometasona ou Fluticasona, por exemplo, corticoides em xarope, como Prednisolona, e bombinhas de broncodilatadores, como Salbutamol, Fenoterol ou Salmeterol, por exemplo. Saiba como usar o fenoterol corretamente.

Além disso, é importante que seja feito um tratamento preventivo das crises, evitando-se a infecção por resfriados ao preferir manter a criança em locais ventilados, sem aglomerações, além de oferecer uma alimentação equilibrada, rica em vegetais, frutas, peixes e grãos e pobre em açúcar e alimentos processados. 

Tratamento com fisioterapia

A fisioterapia respiratória, através de técnicas para remover a secreção pulmonar ou melhorar a capacidade de expandir ou desinsuflar os pulmões, é muito útil no tratamento dos bebês portadores desta síndrome, já que diminui os sintomas, o número de crises e pode ajudar melhorar a capacidade respiratória.

Ela pode ser feita semanalmente ou sempre que houver uma crise, com indicação do médico ou do fisioterapeuta, e deve ser feito por um profissional especializado nesta área.

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Causas de chiado no peito

A síndrome do bebê chiador costuma ser causada pela hiper-reatividade e estreitamento das vias respiratórias, geralmente provocadas por resfriados, causadas por vírus como vírus sincicial respiratório, adenovírus, influenza ou parainfluenza, por exemplo, alergias ou reações a alimentos, apesar de poder acontecer sem uma causa esclarecida.

Entretanto outras causas de chiado no peito devem ser consideradas, e algumas são:

  • Reações à poluição ambiental, principalmente fumaça de cigarro;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Estreitamento ou mal formações da traqueia, vias respiratórias ou pulmões;
  • Defeitos nas cordas vocais;
  • Cistos, tumores ou outros tipos de compressões nas vias respiratórias.

Veja outras causas de chiado no peito e saiba o que fazer.

Assim, ao detectar os sintomas de chiado, o pediatra poderá investigar a sua causa, através da avaliação clínica e da solicitação de exames como Raio-X de tórax, por exemplo.

Além dos chiados, outro tipo de som que indica problemas respiratórios no bebê é o ronco, por isso é importante identificar as principais causas e complicações desta situação.