Escleroterapia: o que é, quando é indicada, tipos e como é feita

Atualizado em abril 2023

A escleroterapia é um tratamento para varizes e vasinhos nas pernas, feito com a aplicação de injeção de espuma ou glicose, ou através do laser, o que favorece o redirecionamento da circulação sanguínea, promovendo a eliminação das varizes ou vasinhos.

Esse tipo de tratamento é feito pelo dermatologista ou angiologista com finalidade estética, para melhorar o aspecto da pele das pernas com vasinhos, ou quando apresenta sintomas de varizes como dor nas pernas, inchaço ou cãibras noturnas, por exemplo. Veja outros sintomas das varizes.

Após o tratamento com escleroterapia, a veia tratada tende a desaparecer ao longo de algumas semanas e, por isso, pode ser preciso até um mês para observar o resultado final. Este tratamento pode também ser usado em outros casos de veias dilatadas, como hemorroidas ou hidrocele, por exemplo, embora seja mais raro.

Imagem ilustrativa número 1

Quando é indicada

A escleroterapia é indicada nas seguintes situações:

  • Todos os casos de vasinhos e varizes;
  • Veias varicosas ou varizes que causam sintomas;
  • Desconforto estético com os vasinhos nas pernas.

A escleroterapia é um tipo de tratamento invasivo, e deve ser feito apenas quando outros métodos, como o uso de meias elásticas, não conseguem diminuir as varizes.

No entanto, como as veias ficam muito dilatadas, o fluxo sanguíneo fica mais lento, o que pode levar a formação de coágulos e, posteriormente, trombose, e por isso o tratamento com a escleroterapia pode ser indicado pelo médico para reduzir os riscos à saúde.

Idealmente, a pessoa que vai fazer escleroterapia não deve ter excesso de peso, pois assim é possível garantir uma melhor cicatrização e o surgimento de outros vasinhos.

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Tipos de escleroterapia

Os principais tipos de escleroterapia são:

1. Escleroterapia com glicose

A escleroterapia com glicose, também conhecida como escleroterapia por injeção, é feita com a aplicação de injeção diretamente nas varizes ou microvarizes de até 2 mm, contendo uma solução concentrada de glicose, geralmente 50% ou 75%.

A escleroterapia com glicose é um tipo de tratamento feito pelo angiologista que consiste em aplicar glicose diretamente nas varizes ou microvarizes de até 2 mm de diâmetro, pois causa irritação e inflamação do vaso, resultando em cicatrizes que acabam por fechá-lo.

A escleroterapia com glicose não é indicada para pessoas diabéticas, pois pode interferir nos níveis de açúcar no sangue. Entenda melhor como funciona a escleroterapia com glicose e os possíveis efeitos colaterais.

2. Escleroterapia com espuma

A escleroterapia com espuma é feita com aplicação de uma injeção contendo espuma de polidocanol, diretamente nas varizes, fazendo com que desenvolva cicatrizes, fechando a veia. Veja como funciona a escleroterapia com espuma.

Esse tipo de escleroterapia é um tratamento eficaz para varizes de pequeno calibre, sendo mais indicado para os vasinhos de até 4 mm de diâmetro ou para as microvarizes.

A escleroterapia com espuma não deve ser feita por mulheres grávidas, idosos ou por pessoas que tenham histórico de embolia pulmonar.

3. Escleroterapia com laser

A escleroterapia laser, também chamada de laserterapia ou escleroterapia térmica, é indicado para eliminação dos vasos pequenos e médios que aparecem no nariz, bochechas, tronco ou pernas.

Neste tipo de escleroterapia, o médico utiliza um pequeno laser, que converte a energia luminosa em energia térmica, aquecendo e destruindo a parede do vaso sanguíneo. Entenda melhor como funciona a escleroterapia com laser.

A escleroterapia com laser não é um procedimento invasivo, no entanto, pode ser necessária a realização de um tratamento complementar para aumentar a eficácia do tratamento.

O tipo de escleroterapia deve ser discutido com o angiologista ou dermatologista, pois é importante avaliar todas as características da pele e da própria variz, para escolher o tipo com melhor resultado para cada caso.

Como se preparar para a escleroterapia

Alguns cuidados são importantes para se preparar para a escleroterapia, como:

  • Informar ao médico se tem alguma alergia a medicamentos ou qualquer outra substância;
  • Informar ao médico sobre o uso de remédios anticoagulantes, como varfarina, heparina, rivaroxabana ou ácido acetilsalicílico, pois pode aumentar o risco de sangramentos;
  • Informar ao médico outros remédios ou suplementos alimentares que utiliza com frequência;
  • Informar se tem problemas de saúde, como problemas cardíacos ou histórico de trombose ou coágulos sanguíneos;
  • Informar se está grávida ou suspeita de gravidez, no caso de mulheres,
  • Fazer o exame de ultrassom com doppler e outros exames indicados pelo médico e levar o resultado no dia da escleroterapia.

Além disso, deve-se evitar fazer a depilação ou aplicar cremes no local onde vai ser feito o tratamento, no dia anterior e no dia da escleroterapia, pois pode interferir na eficácia do tratamento, além de aumentar o risco de efeitos colaterais.

Como é feita

A escleroterapia é um procedimento simples, que dura em média 30 minutos e que não necessita de anestesia geral ou internamento, no entanto, algumas pessoas podem solicitar a aplicação de uma pomada anestésica no local da injeção.

No caso da escleroterapia com glicose e com a espuma, o médico aplica uma injeção com essas substâncias diretamente no vaso, o que pode causar uma sensação de queimação no local.

Já no caso da escleroterapia com laser, há a emissão de uma luz que promove o aumento da temperatura dentro das varizes, o que estimula a deslocação para outro vaso e destruição e reabsorção do vaso pelo organismo.

O número de sessões de escleroterapia varia bastante de acordo com cada caso. Por isso, enquanto em alguns casos pode ser necessária apenas uma sessão de escleroterapia, existem casos em que pode ser preciso fazer outras sessões até obter o resultado pretendido.

De forma geral, quanto mais grossa e visível forem as varizes a serem tratadas, maior será o número de sessões necessárias.

Cuidados após a escleroterapia

Após a escleroterapia é importante que se tenha alguns cuidados para evitar possíveis efeitos colaterais e para garantir os resultados do procedimento.

Os principais cuidados após a escleroterapia são:

  • Usar uma meia de compressão elástica durante o dia por 2 a 3 semanas ou de acordo com a orientação do médico;
  • Evitar fazer depilação nas primeiras 24 horas após o tratamento;
  • Evitar praticar atividade física exaustiva durante 2 semanas;
  • Evitar a exposição solar por 2 semanas.

Apesar do tratamento ser eficaz, a escleroterapia, não impede a formação de novas varizes, e, por isso, se não existirem cuidados gerais como usar sempre a meia elástica e evitar permanecer muito tempo de pé ou sentado, outras varizes poderão reaparecer.

Possíveis efeitos colaterais

A escleroterapia é um procedimento considerado seguro, no entanto é possível que surjam alguns efeitos colaterais após a realização do procedimento, como:

  • Sensação de queimação no local imediatamente após a injeção, que tende a desaparecer em algumas horas;
  • Formação de pequenas bolhas ou feridas no local;
  • Manchas escuras na pele;
  • Hematomas, que surgem quando as veias são muito frágeis e tendem a desaparecer espontaneamente;
  • Inflamação e inchaço no local;
  • Reações alérgicas à substância usada no tratamento.

Além disso, embora seja raro, a escleroterapia pode levar a formação de coágulo dentro da veia, e resultar em trombose venosa profunda (TVP) ou embolia pulmonar. Nesses casos, é necessário tratamento médico imediato no hospital. Saiba identificar os sintomas de TVP e embolia pulmonar.

Como evitar que as varizes voltem

É importante após a escleroterapia tomar alguns cuidados para evitar que as varizes voltem a aparecer, como:

  • Evitar usar salto alto todos os dias, pois pode comprometer a circulação;
  • Evitar excesso de peso;
  • Realizar atividades físicas com acompanhamento profissional, pois a depender do exercício pode haver maior tensão nos vasos;
  • Usar meias de compressão elástica, principalmente após a escleroterapia com glicose;
  • Sentar ou deitar com as pernas para cima;
  • Evitar ficar sentada o dia todo;
  • Parar de fumar;
  • Buscar orientação médica antes de usar pílula anticoncepcional.

Outros cuidados que devem ser tidos após a escleroterapia são o uso de hidratantes, de filtro solar, evitar depilação e exposição da região tratada ao sol para que não haja o aparecimento de manchas.